Laudo pericial apontou substância tóxica que pode explicar "doença misteriosa de BH". Até agora, uma pessoa morreu por suspeita da contaminação; outros casos são investigados.
Os órgãos municipais de defesa do consumidor de Uberlândia-MG, Uberaba-MG e Patos de Minas-MG já se mobilizam para monitorar a comercialização da Cerveja Belorizontina. Até o momento, foram encontrados produtos tóxicos em diferentes lotes da bebida.
A Polícia Civil de Minas Gerais investiga se o consumo da bebida, produzida pela Cervejaria Backer, tem relação com a internação de oito homens e uma mulher por uma doença misteriosa que recebeu o nome de síndrome nefroneural.
Um paciente de Ubá-MG morreu e um laudo aponta que foi encontrado dietilenoglicol no sangue dele, mesmo produto identificado em lotes da bebida. Os casos podem ter começado em Belo Horizonte-MG.
Vigilância Sanitária recolhe cervejas de lote investigado
Triângulo Mineiro
O presidente do PROCON em Uberaba, Marcelo Venturoso, disse em entrevista à TV Integração que acionou as equipes de fiscalização para identificar quais comércios na cidade vendem a cerveja para posteriormente programar recolhimento das garrafas que, por ventura, sejam dos lotes suspeitos.
"Até agora não foi encontrada nenhuma garrafa destes lotes indicados, mas continuamos com as fiscalizações para identificar os produtos nos estabelecimentos aqui em Uberaba"
Afirmou.
Em nota enviada nesta Segunda-feira (200113), o órgão informou que tomou todas as providências necessárias para que os lotes:...
L1 1348
L2 1348
... da cerveja fossem retirados de comercialização e que, na Sexta-feira (200110), "realizou operações de verificação em todos os estabelecimentos que se têm notícias de revenda do produto, não encontrando uma garrafa sequer de qualquer dos lotes".
Uberlândia
Por meio de nota enviada na tarde desta Segunda-feira (200113), a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor - PROCON confirmou que vai fiscalizar os produtos nos comércios da cidade, e a circulação e comercialização deve ser interrompida imediatamente.
Estabelecimentos que descumprirem a determinação serão autuados.
O PROCON informou, ainda, que qualquer cidadão que tiver a cerveja Belorizontina poderá depositá-la na sede da superintendência, localizado na Rua Benjamin Magalhães, número 3, Bairro Tibery. Conforme o órgão de defesa do consumidor, a população também pode denunciar estabelecimentos que comercializem a marca, por meio do telefone 151 e do "Fale com o PROCON" no portal da Prefeitura.
Alto Paranaíba
Em Patos de Minas, o PROCON chegou a suspender a venda da cerveja na cidade. O coordenador do órgão, Rafael Godinho, informou que foram encontrados quatro estabelecimentos que comercializava a bebida no município e, de imediato, as unidades foram guardadas para serem devolvidas para o fabricante.
Doença misteriosa
O Instituto de Criminalística encontrou em duas garrafas do lote 1348, das linhas de produção L1 e L2, uma substância tóxica chamada dietilenoglicol, usada em serpentinas no processo de refrigeração de cervejas.
A Polícia Civil de Minas Gerais investiga se o consumo de cerveja Belorizontina tem relação com a internação de oito homens e uma mulher por uma doença desconhecida - um deles morreu.
Um dos pacientes está internado em São Lourenço-MG, na Região Sul de Minas Gerais. O dentista havia viajado para Belo Horizonte.
Uma mulher de Viçosa-MG, na Região da Zona da Mata, também está hospitalizada. A Prefeitura da cidade notificou a Superintendência de Saúde sobre a suspeita de um caso. A informação foi confirmada, nesta Sexta-feira (200110), pela assessoria do Executivo ao G1 e para a produção da TV Integração. O Executivo emitiu uma nota sobre o assunto.
Ela não teria ido à capital mineira.
Perícia
Na última Quinta-feira (200109), investigadores recolheram material para fazer perícia na cervejaria Backer, no Bairro Olhos D'Água, na Região Oeste de Belo Horizonte.
A polícia informou que o material passa por perícia.
Já o laudo que confirmou a presença de dietilenoglicol foi feito após perícia nas garrafas recolhidas nas casas dos pacientes que estão internados. Segundo a Polícia Civil, ainda não há como confirmar a responsabilidade da empresa no caso.
O que diz a cervejaria
Na última semana, a cervejaria afirmou que nunca usou a substância tóxica encontrada em garrafas da bebida que foram recolhidas em casas de pacientes internados com síndrome misteriosa. A Backer não informou, no entanto, quantas garrafas desse lote foram produzidas.
O PROCON em Minas pediu que os consumidores que têm cervejas destes lotes em casa não consumam os produtos.
Estado
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais - SES-MG recebeu nove notificações da síndrome até então chamada de nefroneural.
De acordo com a pasta, um caso foi descartado.
Com Informações de: G1.
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