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30 janeiro 2021

MINAS GERAIS - Médico do Hospital Universitário chama atenção para ataques de animais peçonhentos nesta época do ano

Dados do Hospital Universitário Clemente de Faria - HUCF, referência em atendimentos de vítimas de animais peçonhentos, apontam que os primeiros meses do ano são os que têm maior incidência desse tipo de caso. Em função disso, os cuidados devem ser redobrados.


               Dados do Hospital Universitário Clemente de Faria - HUCF, referência em atendimentos de vítimas de animais peçonhentos, apontam que os primeiros meses do ano são os que têm maior incidência desse tipo de caso. 
               Em função disso, os cuidados devem ser redobrados.

               Segundo o HUCF, quatro pessoas morreram ao serem picadas por animais peçonhentos em 2020. 
               Veja a divisão dos casos que chegaram ao hospital por tipo de bicho:

               Escorpião: 2.689, sendo 705 em Janeiro,
               Cobras: 252,
               Aranhas: 54,
               Abelhas e vespas: 54.


               O pediatra Carlos Lopo destaca que essa época do ano, com clima mais úmido e quente, é propícia à reprodução desses animais.

“O envenenamento por contato acidental com o escorpião, responsável pelo maior número de casos notificados, ocorre principalmente dentro das casas. Não pode se esquecer, também, da prevenção também com aranhas e cobras. Os primeiros cuidados após o acidente são determinantes. Felizmente, com a conscientização e os cuidados, já é possível considerar a redução do registro de óbitos e no número de pacientes internados”
               Explicou Lopo.

               Se por um lado, a pandemia obrigou as pessoas a ficarem em casa, o que as deixaria mais vulneráveis aos ataques, por outro, é também uma oportunidade para dar mais atenção à limpeza dos ambientes, principal medida para evitar a proliferação desse bichos, de acordo com o médico.

“É preciso evitar acúmulo de materiais de construção, lixo e mato. Manter os ambientes limpos é a principal medida para evitar acidentes com animais peçonhentos de forma geral”
               
               Lopo ainda destacou que as pessoas têm o costume de criar galinhas, mas esse tipo de ave têm hábito diurno, enquanto os escorpiões são noturnos. A aplicação de produtos para o controle desses animais peçonhentos também não é recomendada, já que não provoca a morte e pode fazer com que eles deixem os esconderijos, aumentando a chance de acidentes.

               O veneno do escorpião oferece maiores riscos para pessoas abaixo dos sete anos e acima dos 65 anos. Segundo o médico, nessas faixas de idades o metabolismo é mais lento. No caso das crianças, a relação entre peso e a quantidade de veneno é um complicador. Já para os idosos, doenças preexistentes, como diabetes e hipertensão, podem agravar a situação.

               Nos casos moderados ou graves, pode haver sintomas como sudorese, palidez, alteração da circulação, vômitos, entre outros. O agravamento do quadro pode levar a edema do pulmão, insuficiência cardíaca, convulsão e derrame.

“Uma vez ferroado, o paciente deve ser levado o mais rápido para a unidade de saúde. Não deve-se passar nada no local, nem fazer torniquete ou cortes, que aumentam as chances de infecção. O soro é utilizado dentro da faixa de risco. Fora dela, avaliamos o quadro para verificar a necessidade”
               Falou o médico, Carlos Lopo.

               Com Informações de: G1.



JISOHDE FOTOGRAFIAS

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