Vítima e suspeito eram vizinhos no Vale do Amanhecer. Corpo da estudante Caroline Macêdo Santos foi encontrado 3 dias após desaparecimento, no ano passado.
A Polícia Civil do Distrito Federal decidiu nesta Quinta-feira (190829) reabrir o inquérito sobre a morte da estudante Caroline Macêdo Santos, de 15 anos, por encontrar indícios suficientes de que Marinésio Olinto possa ser o responsável pelo desaparecimento e morte da jovem.
A medida exige autorização judicial.
O suspeito é tratado como "maníaco em série" e, segundo a polícia, era vizinho da jovem. As duas famílias moravam a cerca de 800 metros, em uma rua do Vale do Amanhecer.
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Caroline desapareceu em 14 de Maio de 2018, e o corpo dela foi encontrado boiando no Lago Paranoá três dias depois, próximo à Ponte JK. Até então, o caso era tratado como suicídio (veja detalhes abaixo).
Já Marinésio foi preso na Segunda-feira (190826) pela morte da funcionária do Ministério da Educação - MEC Letícia Sousa Curado Melo.
Na delegacia, ele confessou o assassinato de uma segunda vítima, a empregada doméstica Genir Pereira de Souza.
Ao G1, o delegado Fabrício Paiva, da 31ª Delegacia de Polícia - Planaltina-DF, disse que novas diligências estão sendo feitas para apurar se, de fato, a morte de Caroline tem evidência da autoria.
Foi o ex-padrasto da garota quem retornou à delegacia, nesta semana, após saber das notícias sobre a prisão do ex-vizinho. De acordo com parentes da estudante, Carolina era amiga da filha do cozinheiro, uma adolescente de 16 anos.
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O delegado adjunto da 10ª DP - Lago Sul-DF, Eder Charneski, que investigava o caso, contou à reportagem que, na época, não havia indícios da participação de Marinésio no caso.
"Marinésio estava acima de qualquer suspeita,
até porque era conhecido da família."
"Mas podem ter ocorrido situações que passaram desapercebidas. Agora, por exemplo, é possível tentar rastrear o veículo que ele utilizava na época a partir de câmeras de segurança.
O mesmo [será feito] com o telefone."
Vítimas potenciais
Até esta Quarta-feira (190828), ao todo, 10 casos estavam relacionados à atuação do suspeito no DF, com ao menos 11 vítimas envolvidas.
A informação foi confirmada ao G1 pela Polícia Civil.
Boletins de ocorrência já foram registrado para os seguintes casos:
Feminicídio de Letícia Sousa Curado Melo, de 26 anos.
Ela desapareceu em 23 de Agosto e o corpo foi encontrado três dias depois.
Homicídio de Genir Pereira de Sousa, de 47 anos.
Ela desapareceu em 2 de Junho e o corpo dela foi encontrado 10 dias depois.
Abuso sexual contra duas irmãs, de 18 e 21 anos.
Elas usaram uma panela de ferro para conseguir fugir do carro.
Abuso sexual contra uma jovem de 23 anos.
Ela pulou do carro em movimento para evitar ser estuprada.
Além disso, a polícia passou a investigar uma possível relação entre o suspeito e crimes cometidos em 2014 e 2015, mas nunca solucionados.
Relembre o caso
Marinésio Olinto foi preso na Segunda-feira (190826), após o carro em que ele usava ser gravado por uma câmera de segurança em Planaltina-DF.
Em depoimento, o suspeito disse que matou a vítima porque ela se recusou a manter relações sexuais. Marinésio, que levou os policiais até o local onde estava o corpo, contou que enforcou Letícia.
O corpo dela foi enterrado nesta Terça-feira (190827).
Já a empregada doméstica Genir Pereira de Sousa desapareceu em 2 de Junho e o corpo dela foi encontrado 10 dias depois.
Assim como Letícia, Genir foi vista pela última vez enquanto caminhava até uma parada de ônibus. Câmeras de segurança flagraram o momento em que a empregada doméstica deixava a casa da patroa, no Paranoá-DF.
A autoria do crime também foi confessada por Marinésio.