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29 outubro 2018

BRASIL - Jair Bolsonaro é eleito presidente com 57,8 milhões de votos

Candidato do PSL derrotou o petista Fernando Haddad no segundo turno, com 55% dos votos, e foi eleito o 38º presidente do Brasil
Conheça suas propostas feitas durante campanha.

Capitão reformado do Exército e deputado federal desde 1991, Bolsonaro se elegeu com promessas de reformas liberais na economia e um discurso conservador, contrário à corrupção, ao PT e ao próprio sistema político.


                  Jair Messias Bolsonaro, do PSL, foi eleito o 38º presidente da República do Brasil neste Domingo (181028) ao derrotar em segundo turno o petista Fernando Haddad, interrompendo um ciclo de vitórias do PT que vinha desde 2002.

                  A vitória foi confirmada às 19:18 horas, quando, com 94,44% das seções apuradas, Bolsonaro alcançou 55.205.640 votos (55,54% dos válidos) e não podia mais ser ultrapassado por Haddad, que naquele momento somava 44.193.523 (44,46%). 
                  Com 99% das seções apuradas, Bolsonaro recebeu 57.797.466 votos (55,13%) e Haddad, 47.040.859 (44,87%).

Veja o resultado da apuração: no total do país:

Jair Bolsonaro (PSL) - 57.797.847 Votos (55,13%). (Eleito)
Fernando Haddad (PT) - 47.040.906 Votos - (44,87%).

Total de Votos Válidos: 104.838.753 Votos (90,43%).

Brancos: 2.486.593 Votos (02,14%).
Nulos: 8.608.105 Votos (07,43%).
Abstenções: 31.371.704 Votos (21,30%).

TOTAL: 115.933.451 Votos (100,00%).

                No discurso da vitória, Bolsonaro afirmou que o novo governo será um "defensor da Constituição, da democracia e da liberdade".

                O Presidente eleito fez transmissão ao vivo no Facebook após TSE confirmar resultado da eleição, na qual derrotou Fernando Haddad (PT) no 2º turno
                Depois, pronunciou discurso da vitória.

                O presidente da República eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste Domingo (181028), ao ler o discurso da vitória na porta da casa dele, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que o novo governo será um "defensor da Constituição, da democracia e da liberdade".

                Jair Bolsonaro derrotou Fernando Haddad (PT) no segundo turno e tomará posse como presidente da República em 1º de Janeiro de 2019
                De acordo com a apuração do Tribunal Superior Eleitoral - TSE, com 96,27% das urnas apuradas, ele havia recebido 56.100.000 de votos (55,49%).

"Faço de vocês minhas testemunhas de que esse governo será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade. Isso é uma promessa, não de um partido, não é a palavra vã de um homem, é um juramento a Deus"
                Afirmou.

                Bolsonaro afirmou no discurso que assumiu o compromisso de fazer um “governo decente”, formado por pessoas com o propósito de transformar o Brasil em uma “grande, próspera, livre e grande nação”.

                Bolsonaro declarou que a “liberdade é um princípio fundamental” e citou como exemplos a liberdade de ir e vir, político e religiosa, de informar e de ter opinião e de fazer escolhas.

“Como defensor da liberdade, vou guiar um governo que defenda e proteja os direitos do cidadão que cumpre seus deveres e respeita a leis. Elas são para todos porque assim será o nosso governo: constitucional e democrático”
                Declarou o presidente eleito.

                O presidente eleito declarou que a futura administração precisa criar condições para “que todos cresçam”. Segundo ele, o governo federal vai reduzir estrutura e burocracia e cortará “desperdícios e privilégios”.

“Nosso governo vai quebrar paradigmas, vamos confiar nas pessoas, vamos desburocratizar, simplificar e permitir que o cidadão, o empreendedor, tenha mais liberdade e construir o seu futuro. Vamos desamarrar o Brasil”
                Declarou.

                Bolsonaro declarou que seu governo “respeitará de verdade a federação”, garantindo que os recursos federais cheguem aos estados e municípios. 

“Precisamos de mais Brasil e menos Brasília”
                Disse.

                Ele reafirmou a defesa do direito de propriedade e destacou a intenção de realizar de reformas, mas não disse no discurso quais seriam.

                O presidente eleito declarou que seu governo quebrará o “ciclo vicioso do crescimento da dívida” para estimular investimentos e gerar empregos.

“Emprego, renda e equilíbrio fiscal é o nosso compromisso para ficarmos mais próximos de oportunidades e trabalho para todos”
                Afirmou.

                No discurso, Bolsonaro ainda agradeceu às equipes da Santa Casa de Juiz de Fora-MG e do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, locais pelos quais passou após o atentado no qual recebeu uma facada em Setembro, durante ato de campanha.

                Bolsonaro disse que os jovens do país vivem um período de estagnação econômica e prometeu que isso mudará, já que, afirmou que governará “com os olhos nas futuras gerações, e não na próxima eleição”.

                Sobre as relações com outros países, disse que libertará o “Brasil e o Itamaraty”, o presidente eleito é crítico do apoio dos governos petistas a países como Venezuela e Cuba
                Ele ainda defendeu buscar relações bilaterais com países que agreguem valor econômico e tecnológico aos produtos brasileiros.

“Libertaremos o Brasil e o Itamaraty das relações internacionais com viés ideológico a que foram submetidos nos últimos anos. 
O Brasil deixará de estar apartado das nações mais desenvolvidas”
                Declarou.

                Questionado após a leitura do discurso sobre a divisão do Brasil, Bolsonaro disse que trabalhará para “pacificar o Brasil”.

“Não sou Caxias [Duque de Caxias], mas sigo o exemplo desse grande herói brasileiro. Vamos pacificar o Brasil e, sob a Constituição e as leis, vamos constituir uma grande nação”
                Declarou.

                Sobre a montagem do futuro governo, o presidente eleito afirmou que três nomes estão acertados, em entrevistas anteriores, Bolsonaro havia declarado que Onyx Lorenzoni será o ministro da Casa Civil, Paulo Guedes o ministro da Fazenda e o general Augusto Heleno, ministro da Defesa.

                O presidente eleito ainda disse que “está quase certo” que o Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro a ir para o espaço, fará parte do governo.

                Bolsonaro não citou qual seria o cargo ocupado por Pontes, cotado nos bastidores para assumir um ministério na área de ciência e tecnologia. 
                Os demais integrantes do governo será anunciado “com muita cautela”, segundo o presidente eleito.

Pelo Facebook

                Antes do discurso da vitória, Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo pelo Facebook na qual disse que pretende "resgatar o Brasil".

"Estou muito feliz, e missão não se escolhe nem se discute, se cumpre. Nós juntos cumpriremos a missão de resgatar o nosso Brasil"
                Declarou o presidente eleito.

                Bolsonaro afirmou que terá condições de governabilidade e cumprirá todos os compromissos assumidos.

"Temos tudo para sermos uma grande nação. Temos condições de governabilidade dados aos contatos que fizemos nos últimos anos com parlamentares, todos os compromissos assumidos serão cumpridos com as mais variadas bancadas, com o povo em cada local do Brasil que me estive presente"
                Declarou.

                Depois da transmissão no Facebook, Bolsonaro participou de uma corrente de oração conduzida pelo senador Magno Malta, na porta da casa dele.

Trump

                Bolsonaro fez uma segunda transmissão pelo Facebook neste Domingo, na qual informou ter recebido um telefonema de felicitações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Acabei de receber ligações de alguns líderes, entre eles o presidente dos Estados Unidos acabou de nos ligar, nos desejou boa sorte e, obviamente, foi um contato bastante amigável”
                Disse Bolsonaro.

                O presidente eleito reafirmou a intenção de fortalecer relações com países “sem viés ideológico” e apontou a necessidade de nomear um ministro das Relações Exteriores que “conversa com o mundo todo” de olho em um projeto para o Brasil incrementar o seu comércio.

                Bolsonaro também abordou planos para o Ministério da Educação. Seu governo quer um “ensino de qualidade” para que os jovens sejam bons profissionais e patrões. 
                Ele defendeu “deixar de lado” temas relacionados à ideologia no ensino.

“Vamos também, junto ao Ministério da Educação, deixar de lado qualquer temática voltada para ideologia ou voltada para o desgaste dos valores familiares. 
A família estará em primeiro lugar”
                Afirmou o presidente eleito.


                Aos 63 anos, capitão reformado do Exército, deputado federal desde 1991 e dono de uma extensa lista de declarações polêmicas, Jair Bolsonaro materializou em votos o apoio que cultivou e ampliou a partir das redes sociais e em viagens pelo Brasil para obter o mandato de presidente de 2019 a 2022.


                Na campanha, por meio das redes sociais e do aplicativo de mensagens WhatsApp, apostou em um discurso conservador nos costumes, de aceno liberal na economia, de linha dura no combate à corrupção e à violência urbana e opositor do PT e da esquerda.

                Com isso, se tornou um fenômeno eleitoral ao vencer a corrida presidencial filiado a uma legenda sem alianças formais com grandes partidos, com pouco tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV e distante das ruas na maior parte da campanha, em razão do atentado no qual sofreu uma facada que o perfurou no abdômen.

                Após quatro vitórias consecutivas do PT em eleições presidenciais (2002, 2006, 2010 e 2014), o novo presidente eleito se apresenta como um político de direita.

                Vitorioso na primeira vez em que se candidatou a presidente, Bolsonaro sucederá Michel Temer (MDB), vice de Dilma Rousseff (PT) que assumiu o governo em 2016 devido ao impeachment da petista.


Primeiro turno

                A campanha eleitoral teve início em agosto com 13 candidatos à Presidência da República, o maior número de concorrentes desde 1989, quando houve 22 postulantes:

                Jair Bolsonaro (PSL) - Reeleito deputado federal em 2014 pelo PP, Bolsonaro saiu em busca de um partido para concorrer à Presidência. 

                Passou pelo Partido Social Cristão - PSC e, em Março, filiou-se ao então nanico Partido Social Liberal - PSL. Bolsonaro teve dificuldade para encontrar um vice. 

                O general Hamilton Mourão (PRTB) foi a quarta opção, após convites ao senador Magno Malta (PR), ao general Augusto Heleno, do PRP, e à advogada Janaína Paschoal, do PSL. Bolsonaro também não conseguiu alianças com grandes partidos e teve pouco tempo na propaganda eleitoral gratuita. 

                O candidato compensou a desvantagem com forte presença nas redes sociais e no aplicativo de troca de mensagens WhatsApp. Bolsonaro encerrou o primeiro turno como o candidato mais votado, com 49.276.990 votos (46,03% dos válidos).

                Fernando Haddad (PT), O candidato foi registrado como vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em Agosto liderava as pesquisas de intenção de votos mesmo preso desde Abril em Curitiba-PR devido à condenação a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP)

                Haddad assumiu a cabeça da chapa em Setembro, depois que o TSE rejeitou o registro da candidatura de Lula. A estratégia do PT foi vincular a imagem de Lula à de Haddad, a fim de assegurar a transferência de votos. 

                No começo, Haddad tinha 4% nas pesquisas e passou da faixa dos 20% – metade das intenções de voto que o padrinho vinha obtendo. O petista recebeu 31.300.000 de votos (29,28% dos votos válidos) no primeiro turno e passou ao segundo turno.

Ciro Gomes (PDT) - O PDT concorreu coligado ao PT nas duas últimas eleições presidenciais, mas na deste ano reapareceu com candidatura própria, a de Ciro Gomes, que se apresentou como uma terceira via, na esperança de obter votos no centro e na esquerda, como alternativa aos eleitores desencantados com o PT e refratários a Bolsonaro. Ciro Gomes terminou o primeiro turno em terceiro lugar, com 12,4% dos votos. 

                No segundo turno, embora o PDT tenha anunciado "apoio crítico" a Haddad, Ciro Gomes se manifestou contra Bolsonaro, mas não quis declarar apoio a Fernando Haddad.

                Geraldo Alckmin (PSDB) - O ex-governador de São Paulo também se apresentou como opção de "terceira via" a Bolsonaro e Haddad

                Fechou uma aliança com oito partidos, apoio que incluiu legendas do "Centrão" (DEM, PP, PR, PRB e SD), o que garantiu a ele quase metade do tempo na propaganda de rádio e TV.

                Mas terminou o primeiro turno com menos de 5% dos votos.
                Marina Silva (Rede) - Em sua terceira candidatura presidencial, agora pela Rede, Marina Silva foi outra candidata que tentou se colocar como alternativa ao PT e a Bolsonaro

                Ela começou bem nas pesquisas, mas perdeu força e teve desempenho bem inferior ao terceiro lugar registrado em 2014, quando obteve mais de 22.000.000 de votos. Desta vez, alcançou pouco mais de 1.000.000 e terminou em oitavo lugar.

                Alvaro Dias (Podemos) - O senador e ex-governador do Paraná centrou o discurso no combate à corrupção. Tentou seduzir sem sucesso o eleitor com um convite, caso eleito, para que o juiz Sergio Moro assumisse o Ministério da Justiça

                Terminou o primeiro turno em novo lugar, com 859.000.000 votos (0,8% do total).
                Henrique Meirelles (MDB) - Ministro da Fazenda do governo Michel Temer, Henrique Meirelles tirou R$54.000.000,00 do próprio bolso para financiar a campanha a presidente. Apostou no discurso de recuperação da economia, mas não decolou. 
                Obteve 1.200,000 de votos (1,2% do total).

                João Amoêdo (Novo) - Candidato com origem no mercado financeiro, João Amoêdo, do Partido Novo, que estreou em eleições com discurso liberal na economia. Chegou em quinto lugar no primeiro turno, com mais de 2.600.000 de votos (2,5%), e considerou o desempenho "sensacional".

                Cabo Daciolo (Patriota) - Foi dos candidatos com maior repercussão nas redes sociais, repetindo sempre que podia a expressão "Glória a Deus". Ele até optou por jejuar e orar em um monte durante parte da campanha. Terminou o primeiro turno em sexto lugar, com mais de 1.300.000,00 de votos, à frente de nomes mais conhecidos como Marina Silva e Henrique Meirelles.

                Demais candidatos, A corrida presidencial ainda teve as candidaturas à esquerda de Guilherme Boulos (PSOL) e Vera Lúcia (PSTU). O primeiro obteve pouco mais de 617.000 votos. A segunda, 55,700

                João Goulart Filho (PPL), filho do ex-presidente Jango, também tentou a sorte. Foi o último colocado entre os 13 que disputaram o primeiro turno, com 30.100 votos.
                O “democrata cristão” José Maria Eymael (DC) foi o penúltimo, com 41.700. Durante a campanha, ele usou o bordão “Sinais, fortes sinais”.

Atentado contra Bolsonaro


                Em uma campanha marcada por ânimos exaltados nas redes sociais e nas ruas, Jair Bolsonaro foi vítima de um atentado no qual levou uma facada, em 6 de Setembro, durante ato de campanha em Juiz de Fora-MG. O candidato do PSL teve o abdômen perfurado, passou por cirurgias e ficou 23 dias internado.

                Em razão do atentado, o deputado concentrou a campanha nas redes sociais por meio de mensagens de texto e vídeos, após o primeiro turno, por exemplo, a campanha marcou uma entrevista coletiva no Rio de Janeiro, mas o candidato optou por um discurso transmitido ao vivo pelo Facebook.

                Bolsonaro recebeu 49.200.000 de votos no primeiro turno, contra 31.300.000 de votos de Haddad.

                O resultado do primeiro turno ainda encerrou a polarização entre PT e PSDB das últimas seis eleições, o PSDB venceu em 1994 e 1998, e o PT em 2002, 2006, 2010 e 2014.

Segundo turno

                Jair Bolsonaro e Fernando Haddad repetiram ao longo do segundo turno declarações nas quais alertaram que a vitória do rival traria riscos ao Brasil. Haddad apontou possível retrocesso na democracia e reproduziu elogios de Bolsonaro à tortura. O candidato do PSL, em tom de combate ao comunismo, criticou o apoio do PT aos governos de Cuba e Venezuela.

                Ao longo do segundo turno, Bolsonaro permaneceu no Rio de Janeiro, onde mora com a família. Apesar dos desafios de Haddad e de ter sido liberado pelos médicos, o deputado decidiu não participar de debates. A votação no primeiro turno e a liderança nas pesquisas reforçaram a estratégia de evitar confrontos.

                Na busca de aliados no segundo turno, partidos mais à esquerda fecharam apoio, mesmo que “crítico” em alguns casos, a Haddad. Apesar de muitos partidos anunciarem neutralidade, políticos tradicionais e candidatos a governador abriram o voto no favorito Bolsonaro, interessados em colar suas imagens à do candidato, que recebeu o apoio de bancadas temáticas do Congresso, entre as quais, a ruralista.

                Na campanha de segundo turno, se acentuou o debate sobre o fluxo de mensagens com conteúdo falso, as chamadas “fake news”. Circularam nas redes sociais e em aplicativos de trocas de mensagens conteúdo com informações incorretas sobre diversos assuntos, entre os quais, supostas fraudes nas urnas eletrônicas, desmentidas pelo TSE.

                O uso do WhatsApp nas campanhas foi parar na Justiça Eleitoral, após reportagem da "Folha de São Paulo" relatar casos de empresas apoiadoras de Bolsonaro que teriam comprado pacotes de “disparo em massa” de mensagens contra o PT. O candidato do PSL negou as irregularidades.

Propostas de Bolsonaro

                Bolsonaro criou uma espécie de alto comando da campanha que o levou à Presidência, composto pelos três filhos que são políticos (Carlos, Flávio e Eduardo); o advogado Gustavo Bebianno, presidente do PSL; o economista Paulo Guedes, e generais da reserva, com destaque para o general Augusto Heleno.

                Guedes assumiu o papel de embaixador de Bolsonaro junto ao mercado financeiro, e os generais ajudaram a conter resistências ao nome do capitão nas Forças Armadas.

                Políticos também apoiaram Bolsonaro, a exemplo do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), já anunciado como ministro da Casa Civil no novo governo. A soma do trabalho desse grupo mais restrito resultou no plano de governo e em propostas apresentadas durante a campanha:

Jair Bolsonaro: as promessas do candidato do PSL à Presidência

                Veja as promessas feitas por Bolsonaro em eventos de campanha, redes sociais, entrevistas, debates e no programa de governo.

                O G1 fez um levantamento das promessas de campanhas dos candidatos à Presidência que disputam o segundo turno das eleições. Veja abaixo o que Jair Bolsonaro (PSL) afirma que vai fazer, uma vez escolhido para subir a rampa do Planalto em 1º de Janeiro de 2019.

Economia

Abertura e fechamento de empresas em 30 dias:

"Uma de nossas sugestões é a simplificação de abertura/fechamento de empresas. Será criado o Balcão Único, que centralizará todos os procedimentos para a abertura e fechamento de empresas. Os entes federativos teriam, no máximo, 30 dias para dar a resposta final sobre a documentação. Caso não dessem a resposta nesse prazo a empresa estaria automaticamente autorizada a iniciar ou encerrar suas atividades."
                 Plano de governo

Fazer uma reforma administrativa para reduzir gastos:

"Pretendemos realizar uma reforma administrativa no governo, reduzindo e remanejando gastos desnecessários, destinando recursos para áreas essenciais, combatendo fraudes e possibilitando a melhora de programas sociais, tudo sem custo. 
Isso é possível com independência e nós temos!"
                Post no Twitter, 11/10

Reduzir a carga tributária para atrair empresas para o Brasil:

“Ele [Donald Trump, presidente dos Estados Unidos] quer uma América grande. Eu quero o Brasil grande também. Ele está preocupado com seu país. Ele diminuiu a carga tributária dos empresários, muitos criticaram, mas com isso voltou o emprego. As empresas que estavam fora do seu país voltaram para o seu país. A Inglaterra fez isso há 20 anos atrás. E o que nós queremos é isso."
                Entrevista à TV Globo, 20/10.

Diminuir o preço do gás 'com seriedade':

"Ele [Fernando Haddad] diz que vai passar o preço do gás para R$49,00. Eu quero que ele passe para R$30,00. 

Agora, da mesma forma como Dilma [Rousseff] diminuiu a tarifa da energia elétrica lá atrás, onde você consumidor tem que pagar três vezes mais lá na frente por aquilo que deixou de pagar lá atrás. 

Nós queremos sim diminuir o preço do gás, mas com seriedade. 
O máximo possível, mas com seriedade. Não na base da canetada enganando pessoas mais pobres que vivem realmente em uma situação bastante complicada. Sabemos que o preço do gás está batendo aí R$75,00, R$80,00. É um absurdo o preço do gás isso tudo. 

Vamos lutar para diminuir, mas não na canetada. 
Se não, o preço disso tudo vai recair em cima do colo dos mais pobres."
                Live no Facebook, 24/10.

Privatizações

Privatizar ou extinguir estatais:

"Assumi compromisso de reduzir o número de ministérios, extinguir e privatizar grande parte das estatais que hoje existem."
                Post no Twitter, 23/09

"As estatais ociosas, com toda a certeza, serão privatizadas."
                Entrevista à rádio Jovem Pan, 24/09

"O que for estratégico não será privatizado. 
Ninguém vai privatizar a Caixa Econômica e o Banco do Brasil. (...) 
Furnas nem passa pela nossa cabeça a palavra privatização."
                Post de Facebook, 1/10

"De aproximadamente 150 estatais, no primeiro ano, no mínimo 50, ou nós privatizamos ou extinguimos."
                Post de Facebook, 7/10

                O candidato repetiu a promessa em entrevista ao SBT, em 16/10.

Praticar comércio com o mundo com responsabilidade

"Nós só não vamos fechar aqui as portas do BNDES para eles [outros países], bem como não vamos abrir, na prática, para que todos tenham acesso às condições que foram feitos empréstimos. 

Até porque, pelo que eu sei, não tenho certeza, não existe qualquer garantia de pagamento no futuro desses empréstimos. O governo do PT abriu o BNDES para exatamente para prosseguir naquele grande plano de pátria bolivariana: um só país em toda a América do Sul e parte da América Central. 

Quando se fala em comércio com o mundo todo, alguns acham que eu vou simplesmente baixar tarifas de importações e praticar aí uma importação sem responsabilidades. Sabemos das dificuldades das empresas brasileiras e nós queremos sim fazer comércio com o mundo todo com responsabilidade"
                Entrevista ao Canal Terça Livre, divulgada no Twitter do candidato, 25/10.

Correios podem entrar no radar das privatizações

"A equipe econômica tem um planejamento estratégico, já estão praticamente distribuídas as estatais, aquelas que são onerosas, aquelas que encontram-se similares na iniciativa privada, essas aí você vai privatizar ou até mesmo extinguir. 

Mas tem outras que você tem que analisar o modelo. Não quero nominá-las aqui agora. Então conforme você analisar pode privatizar como tivemos a Embraer no passado, uma pequena parte que seria estratégica. Nenhum país do mundo abre mão de suas estatais. 

O que eu tenho conversado muitas vezes é que se você abre para um capital externo, você não está privatizando, está estatizando para outro país. Então, o que eu posso garantir ao mercado, aos funcionários, aos servidores, é que tudo será feito com muito critério, e nós buscaremos o melhor para o Brasil, sem levar qualquer percalço aos funcionários ou aos seus acionistas (...) 

Os Correios têm grande chance de entrar sim, até porque o seu fundo de pensão foi simplesmente implodido pela administração petista. Hoje, os Correios têm muitas reclamações, diferentemente do passado. Então, os Correios, tendo em vista a não fazer um trabalho aquilo que eu acho que nós poderemos estar recebendo, podem entrar nesse radar da privatização."
                Entrevista à Band, divulgada pelo candidato no Facebook em 23/10.

Vender ativos da Petrobras

"A questão da energia, por exemplo, eu entendo como estratégico. 
É estratégico Banco do Brasil e Caixa Econômica. (...) 
A Petrobras dá pra você privatizar”
                Entrevista à rádio CBN, 11/10

"Deveremos promover a competição no setor de óleo e gás, beneficiando os consumidores. Para tanto, a Petrobras deve vender parcela substancial de sua capacidade de refino, varejo, transporte e outras atividades onde tenha poder de mercado."
                Plano de governo

Não mexer no setor de geração de energia elétrica

"Temos cerca de 150 estatais. As que dão prejuízos nós temos que imediatamente partir para privatizar ou até mesmo extinguir. 
Para mim, energia elétrica [Eletrobras], a gente não vai mexer. 
Até converso com o Paulo Guedes. O que é que dá errado lá? 

É indicação política. 
Quem leva a ineficiência? 
A corrupção. 
Nós vamos indicar a pessoa para compor isso. 
Quando você vai privatizar, vai privatizar para qualquer capital do mundo? A China não está comprando no Brasil, está comprando o Brasil (...) Nós vamos deixar a energia na mão de terceiros? 
Sim, você pode até conversar sobre distribuição, mas sobre geração de jeito nenhum."
                Entrevista ao Jornal da Band, 9/10

Golden share

“Nós queremos o estado necessário. 
O PT criou aproximadamente 50 estatais. 
Quase todas elas serão privatizadas ou extintas. 
Mas temos que ter responsabilidade nas demais privatizações. 
Tem lá servidores e tem lá a função social das estatais. 
E tem a questão estratégica também. 

Não vejo com bons olhos você entregar o miolo, a geração de energia, por exemplo, e privatizar. Para que capital? Se você for vender para o capital chinês, você não está privatizando, você está estatizando para a China. 

As questões de Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco do Nordeste, entre outros, a mesma coisa. Agora, temos muitas estatais que se pode realmente privatizar, são até lucrativas, mas temos que ter um modelo adequado, como por exemplo, o que foi feito com a Embraer no passado, a golden share [ação que garante poder de veto ao governo]. 

Continua conosco. O governo tem o poder de veto, de modo que os seus acionistas não podem fazer o que bem entender por ela. Vamos sim diminuir o peso do estado, diminuir estatais com responsabilidade até para combater a corrupção."
                Entrevista à Rede TV, 11/10

Dar mais autonomia financeira a estados e municípios

"Ninguém entende melhor os problemas de uma região do que seu próprio povo, por isso vamos descentralizar os recursos e dar mais autonomia financeira aos estados e municípios. 
Além da melhor aplicabilidade, a medida facilita a fiscalização e o combate à corrupção de perto"
                Post no Twitter, 17/10

Impostos

                IR com alíquota única de 20% e isenção na faixa até 5 salários mínimos

"A proposta do Paulo Guedes do Imposto de Renda, eu até falei: 
'Você está sendo ousado'. 
A proposta dele é o seguinte: quem ganha até cinco salários mínimos não paga imposto de renda. 
E, dali para frente, uma alíquota única de 20%."
                Entrevista à rádio Jovem Pan em 24/09

"Nossa proposta para aliviar o brasileiro com menos impostos é de longe a mais ousada. Obteremos receita fomentando a economia como fez a Inglaterra há 20 anos e EUA hoje, cortando ministérios e estatais.”
                Post no Twitter, 1/10

                O candidato também fez a promessa em 8/10 e 11/10.

Rediscutir impostos estaduais sobre energia, inclusive combustíveis

"Na formulação do preço da energia, inclusive dos combustíveis, há uma forte influência dos tributos estaduais, que precisará ser rediscutido entre todos os entes federativos, com o objetivo de não sobrecarregar o consumidor brasileiro."
                Plano de governo

Diminuir os impostos sobre a folha de pagamento

"A ideia da nossa equipe econômica é desonerar a folha de pagamento e diminuir a carga tributária também, porque ninguém aguenta mais pagar impostos. Quando fala em desoneração fiscal, muitas vezes você tem que dar, porque senão o cara vai quebrar. A ideia é diminuir a carga tributária de forma abrangente, e não apenas para um setor da sociedade."
                Rio de Janeiro, 27/08

"Vamos desonerar a folha de pagamento."
                Post de Facebook, 7/10

Sem aumento de imposto, mesmo para ricos, e sem CPMF

"Não vai ter aumento de imposto, não vai ter CPMF, não terá nada disso. No Brasil, a gente não pode falar de aumentar impostos para os mais ricos, pois está todo mundo sufocado. Se você aumentar a carga tributária para os mais ricos, como a França fez no governo anterior, o capital foi para a Rússia. O capital vai fugir daqui, pois a carga tributária é enorme e quase tudo é progressivo no país."
                Entrevista ao SBT, 16/10.

Unificação de tributos

"Nossa reforma visa a unificação de tributos e a radical simplificação do sistema tributário nacional." 
                Plano de governo

Emprego

Criar carteira de trabalho verde e amarela

"Criaremos uma nova carteira de trabalho verde e amarela, voluntária, para novos trabalhadores. Assim, todo jovem que ingresse no mercado de trabalho poderá escolher entre um vínculo empregatício baseado na carteira de trabalho tradicional (azul) – mantendo o ordenamento jurídico atual –, ou uma carteira de trabalho verde e amarela (onde o contrato individual prevalece sobre a CLT, mantendo todos os direitos constitucionais)." 
                Programa de governo

Desburocratizar e desregulamentar

"O maior incentivo que a gente pode dar com o setor produtivo é tirar o Estado do cangote do produtor. Por outro lado, conversando com a nossa equipe econômica, nós temos que desburocratizar e desregulamentar muita coisa, de forma que aquela pessoa que queira empregar não seja refém do Estado."
                Entrevista à TV TEM, 25/8

                O candidato também fez a promessa em 21/09

Agricultura

Trazer a tecnologia usada por Israel para o semiárido

"Queremos trazer de Israel, porque estive lá, a tecnologia para a agricultura em região de semiárido."
                Entrevista para o Jornal do Commercio, 5/10

Manter inalterada lei que dá isenção de ICMS para exportação

"O homem do campo precisa de segurança jurídica, precisa a garantia da sua propriedade privada. Não podemos mexer na Lei Kandir para cobrar mais ainda dos produtores rurais." 
                Araçatuba, 23/08

Infraestrutura

                Não começar obras novas e buscar concluir as inacabadas no Nordeste

‘'Não queremos começar nenhuma nova obra (no Nordeste). Temos que priorizar essas que estão inacabadas e buscar concluí-las. Acredito que a transposição do São Francisco seja a obra mais importante."
                Entrevista à rádio Jornal do Commercio, 5/10

Máquinas israelenses para dessalinização das águas

"Chega de vamos ter caminhão pipa, lógico vai ter que continuar, não tem como acabar com caminhão pipa. Mas se for possível substituir máquinas para dessalinizar a água do mar, máquinas israelenses, você vai colocar naquele local. Não só a água do mar que você pode puxar, bem como águas dos nossos aquíferos que são salobras. 

Dá para fazer isso, porque o mundo aí fora, no caso Israel, tem tecnologia para tal e nós queremos isso para o nosso semiárido para o nosso povo nordestino"
                Entrevista à TV Cidade Verde, divulgada no Twitter do candidato, 24/10

Melhorar a eficiência portuária e reduzir custos

"É necessário melhorar a eficiência portuária e reduzir custos, além de atrais mais investimentos para atender a demanda crescente no país. A melhoria nesse setor vai além das estruturas portuária e deve ter integração com uma vasta malha ferroviária e rodoviária ligando as principais regiões, assim como é feito em outros países. 

Devemos ter como objetivo a redução de cursos e prazos para embarque e desembarque e sabemos que atracar um navio no Brasil a média é 20 vezes mais custosa que a maioria dos outros países"
                Post no Twitter, 25/10

Previdência

                Aumentar idade mínima da aposentadoria do serviço público para 61 anos

"Se quiser mexer de uma vez só [na reforma da Previdência], não vai atingir seu objetivo. Por exemplo, serviço público: o homem com 60 anos de idade e 35 [anos] de contribuição. 
Passa para 61 [anos] e 36 [anos de contribuição]. Deixa o futuro presidente alterar para 62 e 37, quem sabe. A mesma coisa para a mulher: é 60 e 30. 
O serviço público nosso é bastante pesado."
                Barretos, 25/08

Introduzir modelo de capitalização

"Há de se considerar aqui a necessidade de distinguir o modelo de previdência tradicional, por repartição, do modelo de capitalização, que se pretende introduzir paulatinamente no país. E reformas serão necessárias tanto para aperfeiçoar o modelo atual como para introduzir um novo modelo.
A grande novidade será a introdução de um sistema com contas individuais de capitalização. Novos participantes terão a possibilidade de optar entre os sistemas novo e velho. E aqueles que optarem pela capitalização merecerão o benefício da redução dos encargos trabalhistas. 

Obviamente, a transição de um regime para o outro gera um problema de insuficiência de recursos, na medida em que os aposentados deixam de contar com a contribuição dos optantes pela capitalização. Para isto será criado um fundo para reforçar o financiamento da previdência e compensar a redução de contribuições previdenciárias no sistema antigo"
                Plano de governo


Política

Acabar com a reeleição e diminuir número de parlamentares

“Pretendo fazer, vou conversar com o Parlamento também, é ter uma excelente reforma política. Você acabar com o instituto da reeleição. 
No caso, começa comigo se eu for eleito. 
E diminuir um pouco em 15, 20% a quantidade de parlamentares"
                Entrevista ao Jornal Nacional, 20/10

"Eu já tenho conversado com eles, o número [de parlamentares] é exagerado. Se você baixar aí 20%, passa de 513 para 400, é um bom número. Eu botaria na balança o fim do instituto da reeleição. 

É a reforma política que você pode propor ao Parlamento. 
Agora, se eles não quiserem, não tem problema. 
Reforma política tem que vir do Parlamento e não do Executivo (...). 

O mandato de cinco anos é bem-vindo, mas não começaria comigo. Não posso, no meu entender, fazer qualquer proposta na qual eu seria beneficiado"
                Entrevista à Band, divulgada no Twitter do candidato, 23/10

Relação entre União, estados e municípios

Enviar mais recursos para estados e municípios

“Menos Brasília e mais Brasil. 
Queremos descentralizar os recursos e mandar para os estados, para os governadores ou para os prefeitos."
                Entrevista à rádio Jornal do Commercio, 5/10.

                O candidato fez a mesma promessa em 8/10.

Educação

Criar colégios militares nas capitais que ainda não têm

"Agora, essas escolas têm que servir de modelo, como no estado do Amazonas, estado de Goiás. O que eu pretendo, já que está na minha alçada, não sei, se eu for presidente, é: capital do estado que, por ventura, não tenha uma escola, um colégio militar do Exército, nós vamos criar. E o maior colégio militar do Exército será no Campo de Marte, em São Paulo."
                Declaração durante visita a Presidente Prudente, 22/08.

                O candidato também fez a promessa em 10/10.

Impedir a aprovação automática

"Além de mudar o método de gestão, na Educação também precisamos revisar e modernizar o conteúdo. Isso inclui a alfabetização, expurgando a ideologia de Paulo Freire, mudando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), impedindo a aprovação automática e a própria questão de disciplina dentro das escolas."
                Plano de governo

Usar ensino a distância como alternativa nas áreas rurais

"Educação a distância: deveria ser vista como um importante instrumento e não vetada de forma dogmática. Deve ser considerada como alternativa para as áreas rurais onde as grandes distâncias dificultam ou impedem aulas presenciais."
                Plano de governo

"[Dizem] que eu vou implementar o ensino à distância, acabando aqui com o quadro de professores, merendeiras e outras coisas mais. O ensino à distância que eu estudei é para as comunidades rurais. Na fazenda, onde por ventura tenha sinal de internet, a garotada em vez de viajar 20, 30 quilômetros, já chega cansada, volta cansada para casa, não aprende nada. Vê se é possível levar esse ensino à distância para essa garotada"
                Transmissão no Facebook, 18/10

Saúde

                Criar a carreira de médico do Estado para atender áreas remotas e carentes

"Será criada a carreira de Médico de Estado, para atender as áreas remotas e carentes do Brasil."
                Plano de governo

"Criaria a carreira de estado e, logicamente, com a criação da carreira o médico teria estabilidade quando estivesse naquele município. Não podemos deixar que cubanos, onde você não faz qualquer teste pra saber minimamente se ele entende algo de medicina, ficar atendendo os mais pobres. Nós entendemos que isso estaria enganando os mais pobre."
                Entrevista ao Jornal Nacional, 19/10.

"Nós queremos uma carreira típica de Estado para que nesses locais mais distantes o médico nosso vá para lá. Enquanto ele estiver lá, ele tem estabilidade no emprego. 
Se por acaso voltar pro grande centro, não"
                Entrevista à RedeTV!, 11/10

Incluir profissional de educação física no Programa Saúde da Família

"Inclusão dos profissionais de educação física no programa de Saúde da Família, com o objetivo de ativar as academias ao ar livre como meio de combater o sedentarismo e a obesidade e suas graves consequências à população como AVC e infarto do miocárdio."
                Plano de governo

Expulsar médicos cubanos

"Vamos expulsar com o Revalida os cubanos do Brasil. 
(...) Nós não podemos botar gente de Cuba aqui sem o mínimo de comprovação de que eles realmente saibam o exercício da profissão"
                Presidente Prudente, 22/08

                Criar programa para informatizar e interligar prontuários médicos pelo país

"Muitas vezes uma pessoa que está no Rio de Janeiro e fez seus exames no hospital público, mas foi para Fortaleza. Lá ela precisa de atendimento médico, mas os exames feitos ficariam perdidos se ele não levasse para lá. Por isso tenho a ideia de informatizar tudo isso aí para que não se repita exames, não se façam novos exames que causariam ônus à Saúde. Essa é a intenção do [Programa] Prontuário Eletrônico."
                Entrevista à TV Globo, 19/10.

                O candidato fez a mesma promessa em 23/10

Criação de um 'credenciamento universal de médicos' para atendimento no SUS

"Toda força de trabalho da saúde poderá ser utilizada pelo SUS. 
Isso permitira compartilhar e esforços nas áreas em que as demandas fossem maiores em cada momento"
                Post no Twitter, 23/10

Repasse de recursos da União para estados e municípios investirem em saneamento básico

"Nós temos quase a totalidade do orçamento comprometido com despesas obrigatórias. Se houvesse recurso, nós buscaríamos atender a todo mundo. Sabemos que, por falta disso, vem a mortalidade infantil, vem IDH que vai lá para baixo. 
Então, o saneamento básico é importantíssimo. O problema são os recursos. O que nos pretendemos fazer? O que for possível de recurso da União. Em vez de nós termos programa nesse sentido, jogarmos os recursos para estados e municípios para que eles, via prioridades, ataquem de melhor maneira esse problema"
                Entrevista à TV Globo, 22/10

Segurança

Buscar retaguarda jurídica de excludentes de ilicitudes para civis e policiais

"Nós temos que ter uma retaguarda jurídica. Se estamos em guerra, os dois lados podem atirar, e não apenas um lado. Quando é que se busca solução para isso daí? Se chama excludente de ilicitude, existe em muitos estados norte-americanos. O elemento, ao ser flagrado portando uma arma de forma ostensiva, o lado de cá pode atirar primeiro sem problema nenhum."
                Rio de Janeiro, 21/08

"Invadiu, não interessa se a propriedade é urbana ou rural, você armado, fogo neles, com excludente de ilicitude, com retaguarda jurídica. Afinal de contas, a propriedade privada é um dos pilares da democracia"
                Presidente Prudente, 22/08

                O candidato também fez a promessa em 28/08, 31/08, 10/10, 16/10, 20/10 e no plano de governo

"E defendo também, projeto nosso que existe em Brasília, caso presidente tem mais força pra aprovar, o excludente de ilicitude nesses momentos. Se alguém invadir a sua propriedade, você ao se defender, você responde, mas não tem punição"
                Facebook, 14/10

Buscar retaguarda jurídica para cidadão ser condecorado por ação de bravura ao reagir a assalto

"Vamos buscar retaguarda jurídica, não só para nossos policiais civis e militares, mas para o cidadão de bem também poder reagir à tentativa de alguém surrupiar seu patrimônio ou atentar contra sua vida. 
Ele poderá reagir e não será processado, muito pelo contrário, será condecorado por ação de bravura."
                Jaci, 24/08

                O candidato também fez a promessa em 5/10, em entrevista à Record.

Reformular o Estatuto do Desarmamento

"Reformular o Estatuto do Desarmamento para garantir o direito do cidadão à legítima defesa sua, de seus familiares, de sua propriedade e a de terceiros!" 
              Plano de governo

Tipificar ações do MST como terrorismo

"Eu pretendo tipificar como terrorismo as ações do MST"
                Presidente Prudente, 22/08

                O candidato também fez essa promessa no plano de governo, em 15/10, 18/10 e 24/10.

Fim da redução de pena de presos e saídas temporárias

"Você tem que, no meu entender, acabar com os saidões. Uma pena, uma vez dada ao elemento marginal, ele tem que cumprir aquela pena de forma integral."
                Rio de Janeiro, 28/08


"Por que a pena de uma tentativa de homicídio tem que ser abaixo de um homicídio? Vamos mudar isso no futuro, caso eu seja presidente, e mais ainda, acabar com a progressão de pena."
                Entrevista para Jovem Pan, 24/09

                O candidato também fez a promessa em 28/09, em 13/10 e em 15/10.

Acabar com audiência de custódia

"Ficamos sabendo de um caso agora de um cara acusado de ter abusado da própria filha e, após audiência de custódia, foi para a rua, voltou e matou a filha. Vamos botar um fim na audiência de custódia."
                Facebook, 3/10

Redução da maioridade penal para 16 ou 17 anos

"Vamos nos empenhar junto ao parlamento para reduzir a maioridade penal."
                Entrevista para CBN - PE, 5/10

                O candidato também fez essa promessa em 8/10, 9/10, 12/10
                Em duas ocasiões, cogitou reduzir para 17 anos, e não 16, como consta do plano de governo.

Dar posse de arma de fogo para o cidadão de bem

"Quero dar posse de arma de fogo para o cidadão de bem, o porte, obviamente, com algum critério."
                Entrevista para a Band, 28/09

"Pretendo sim, no que depender de mim, pois isso passa pelo parlamento, fazer com que todo cidadão de bom, homem ou mulher, caso queiram ter uma arma dentro de casa, cumprindo alguns critérios, possam tê-la. Quanto ao porte, ele não pode ser tão rígido como temos no momento"
                Entrevista à Rede TV, 11/10

"Por que eu sempre defendi a posse de arma de fogo? É você, cidadão de bem, com algumas poucas exigências ter uma arma dentro da tua casa, do teu apartamento, da tua chácara, da tua fazenda. 
Isso chama posse de arma de fogo, é você poder reagir"
                Live no Facebook, 14/10

"[Dizem] que eu vou distribuir armas para toda a população. Não é verdade. Nós queremos fazer valer o referendo de 2005, onde o cidadão de bem optou, naquela época, deu quase 2/3 dos eleitores brasileiro, dizendo que quer sim o direito de comprar armas e munições com critérios. E não jogar para cima armamento e quem pegar pegou"
                Live no Facebook, 24/10

Manter a Lei do Abate

"A senhora DIlma Roussef em dezembro de 2014 teve em Quito e lá tomaram várias decisões, entre elas, buscar uma maneira de anular a lei do abate. E a lei do abate, como é uma realidade, você se preocupa em cometer um ato delituoso ocupando o espaço de outro país. (...) Essas medidas tomadas por países da América do Sul, sei que foram medidas verbais, mas eles cumprem, nós vamos revogar tudo isso aí"
                Entrevista à Record, 16/10

Seguir o caminho do dinheiro para sufocar o crime organizado

"A questão do crime organizado, você tem que ter um trabalho de inteligência para seguir o caminho do dinheiro. Ninguém faz nada sem dinheiro em lugar nenhum do mundo. Então as nossas instituições vão seguir esse dinheiro para poder sufocar esses criminosos dessa forma."
                Entrevista ao SBT, 16/10.

Programas sociais

Pagar 13º para quem recebe Bolsa Família.

"Olha, o meu vice, o general Mourão, levou uma proposta a quem de direito. O Paulo Guedes, que é o homem da economia. Ele propôs então criar o 13º para quem ganha Bolsa Família. 

Aí trouxeram para mim a sugestão. 
Daí eu falei: 'dinheiro da onde?' 
Daí eles falaram: 'do combate à roubalheira no Bolsa Família'. 
Então combatendo a corrupção, a roubalheira no Bolsa Família, sobra dinheiro para pagar o 13º para quem precisa. 

Então, amigos do Nordeste... 
E outra, sem criar despesas. Porque o Bolsa Família [se] transformou para o PT um projeto para criar currais eleitorais,e nessa época de campanha ficam levando o terror: 

'Ó, se o Bolsonaro ganhar, vai acabar'. Ao contrário, vai é melhorar e gastando menos. Combatendo a fraude, combatendo a corrupção e a roubalheira que existe no Bolsa Família. Você homem e mulher, senhor, senhora que recebe o Bolsa Família que precisa vai receber o ano que vem o ano que vem se Deus quiser caso sejamos presidente com o 13º."
                Post de Facebook, 10/10

"Proposta do general Mourão junto ao Paulo Guedes, o vice e o homem da economia: pagar o 13º para aqueles que recebem o Bolsa Família. 

Entre eles se acertaram, demorei um pouquinho mais, conversei com mais gente e dei o sinal verde. [E de onde sai esse dinheiro?] Do combate a fraude. 

Nós gastamos aproximadamente R$ 30 bilhões por ano com o Bolsa Família.Eu acho que R$ 7 ou R$ 8 bilhões é fraude. Dá pra você combater e pagar o 13º. todo mundo vai ganhar, quem precisa, ninguém pode pensar em acabar com o Bolsa Família, seria um ato de desumanidade. E a União também economiza porque vai ao evitar fraude vai gastar menos"
                Entrevista para a Record, 10/10

                O candidato voltou a fazer a promessa em 12/10, 20/10 e 24/10.

Combater fraudes no Bolsas Família

"Vou combater as fraudes [no Bolsa Família], sei que a despesa é grande, R$ 30 bilhões aproximadamente, mas, ao reduzir as fraudes, dá para pagar um pouco melhor para quem necessita."
                Post de Facebook, 9/10

                O candidato voltou a fazer a promessa em entrevista à Rede TV, em 11/10.

Mulheres

Endurecer a legislação para quem comete crimes contra mulheres

"Vamos jogar pesado na segurança. É o que melhor nós podemos fazer para as mulheres do Brasil. Como tenho vários projetos, vou endurecer a legislação para quem comete crimes contra as mulheres e evitar saidões."
                Post de Facebook, 3/10

"Como parlamentar, propus penas mais severas para crimes passionais independentemente de sexualidade. Mulheres são as maiores vítimas destes crimes, que também atinge homossexuais. Seguirei defendendo que todos somos iguais perante a lei, e que assassinos sejam punidos duramente!"
                Post de Twitter, 10/10

LGBT

Proibir a adoção de crianças por casais homossexuais

"Várias lideranças LGBT estiveram na minha casa, outras estão por vir, isso aí potencializa essa questão em cima de mim. 
Em 2010, o governo tinha um plano de, ao combater a homofobia, levar um conteúdo para a sala de aula que os pais não podiam concordar com aquilo. 

Então a minha bronca é com o material escolar. Escola é um lugar onde a criança vai aprender algo que vai ser útil para sua formação profissional no futuro e não se preocupar precocemente com o sexo. 

O direito que está garantido até o momento é a questão da união civil [entre pessoas do mesmo sexo], queriam até punir padres e pastores que por ventura se negassem a unir pessoas do mesmo sexo, temos que respeitar as religiões. 

No tocante a adoção de crianças [por casais homossexuais], isso não existe ainda, no que depender de mim, isso não será possível"
                Entrevista à TV Globo, 18/10

Direitos Humanos

Cortar financiamento para organizações de direitos humanos

"Se ONGs de Direitos Humanos querem dedicar seus esforços na defesa da inversão de valores, aborto, bandidos etc, que o faça, mas não terão um centavo do governo se nós chegarmos lá."
                Post de Twitter, 23/08

Aborto

Vetar possíveis propostas para liberar o aborto no Brasil

"Repito: no que depender de mim, propostas para liberar o aborto no Brasil terão o meu veto e o dinheiro dos brasileiros não financiará ONGs que promovem esta prática"
                Post no Twitter, 12/10

Combate à corrupção

Acabar com indicações políticas

"Apoiar a Lava Jato é fundamental no combate à corrupção no Brasil. O fim da impunidade é uma das frentes que estanca o problema, outra é atacar a corrupção na sua raiz, pondo fim nas indicações políticas do governo em troca de apoio."
                Post de Twitter, 11/09


"Não vai ter mais indicação para BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste com esse critério, a indicação de um amigo para que use essas instituições em causas próprias."
                Entrevista para Jovem Pan, 24/09

"Eu vou nomear o meu time de ministros por critérios técnicos."
                Entrevista para a Band, 28/09

                O candidato também fez a promessa em 9/10.

Levantar o sigilo do BNDES

"BNDES é um que temos de levantar o sigilo."
                Entrevista para a Jovem Pan, 8/10

Resgatar o projeto 10 medidas contra a corrupção

"Iremos resgatar “As Dez Medidas Contra a Corrupção”, proposta pelo Ministério Público Federal e apoiadas por milhões de brasileiros, e encaminhá-las para aprovação no Congresso Nacional."
                Plano de governo

Justiça

Não nomear procurador-geral da República do Ministério Público Militar

"Eu quero alguém no MP, caso eu seja presidente, deles [Ministério Público]– obviamente, não vai ser do Ministério Público Militar, como tem sido dito por aí –, mas que tenha realmente uma visão macro e que respeite também a Constituição e os parlamentares que têm imunidade por suas opiniões palavras e votos"
                Entrevista para o Jornal Nacional, 16/10

Ministérios

Eliminar o Ministério das Cidades

"Pretendemos eliminar o Ministério das Cidades." 
                Post de Facebook, 27/08

"A questão do saneamento entra naquilo que eu falo: na extinção do Ministério das Cidades. É mandar o dinheiro diretamente para o município para construir casas e para o saneamento também. É a descentralização. É mandar o dinheiro para onde ele tem que ir de verdade. E lá o prefeito vai usar essa verba no que achar melhor, no que precisar. Saneamento, casa popular, e seja o que for"
                Entrevista à GloboNews, 28/8.

Ter no máximo 15 ministérios

"Nós temos tudo para ganhar no primeiro turno e ganharíamos três semanas para montar um ministério enxuto, com no máximo 15 ministros, que possa representar os interesses da população, não de partidos."
                Post de Facebook, 5/10

                O candidato também fez a promessa em 23/09, 7/10, 8/10 e 11/10

Transformar o Ministério da Cultura em uma secretaria

"Não precisamos acabar com o Ministério da Cultura, mas podemos transformar em uma secretaria. Porque não pode ser um secretaria? 
Vai ser fundido ao Ministério da Educação, assim como o Ministério das Cidades deixa de existir. 
O dinheiro vai ser mandado direto para as prefeituras."
                Rio de Janeiro, 3/09

                O candidato também fez a promessa em 23/09

Fundir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente

"Ter um superministério para a área [agronegócio], que seria a fusão do Ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente. Não haveria mais brigas. Esse ministro, uma pessoa competente, indicada pelo setor produtivo do campo, e aí agronegócio e agricultura familiar, será uma pessoa que facilite a vida de quem produz no campo."
                Post de Facebook, 2/10

"[A falta do Ministério do Meio Ambiente] Não dificulta nada, pois eu poderia colocar uma pessoa do mesmo perfil no Meio Ambiente e na Agricultura. O que não pode continuar acontecendo é uma briga entre ministérios. Então um partido indica um ministro para o Meio Ambiente, o outro para a Agricultura, e os problemas estão aí. 

É a indústria da multa. 
Para você tirar uma licença ambiental você tem que fazê-la com bastante cuidado, mas não pode levar 10 anos ou simplesmente não se conceder uma licença ambiental. O aeroporto de Maragogi, por exemplo, está aí há anos aguardando licença ambiental porque avança um pouquinho em uma área de mangue. 

A baía de Angra dos Reis, por exemplo, você tem de tudo para ganhar bilhões de reais por ano com turismo, mas, depois que demarcaram como Estação Ecológica de Tamoios, simplesmente inviabilizou-se a possibilidade de você, de forma sustentável, exercer o turismo nessa região. Então é essa forma xiita de tratarmos o meio ambiente é que estou preocupado, mas, sim, me preocupo com o meio ambiente."
                Entrevista à TV Globo, 18/10.

                No entanto, em uma live no Facebook, em 24/10, e em entrevista ao Jornal Nacional, no mesmo dia, o candidato recuou e disse que pode rever a fusão dos ministérios.

"Está havendo um certo atrito agora sobre fundir ou não o Ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente. Da minha parte, estou pronto para negociar. Eu falei para o pessoal do agronegócio que isso é super importante e eles concordaram. Alguns agora estão discordando. 

Vamos chegar ao meio termo. E se for mantidos os dois ministérios, eu vou botar como ministro de Meio Ambiente uma pessoa que não tem vínculo com o que há de pior nesse meio que nós sabemos. O coitado do agricultor, você produtor, seja você quem for, quer uma licença ambiental, isso leva aí 10 anos. 

Se é que você vai conseguir a licença ambiental. 
Então isso é um crime. 
Vamos preservar o meio ambiente? 

Vamos preservar o meio ambiente, mas não vamos atrapalhar a vida de quem quer produzir no Brasil. Somos 208.000.000 de habitantes e uma das poucas coisas que está dando certo no Brasil é a questão voltada para o agronegócio e para a agricultura familiar também. 
Não podemos atrapalhar o progresso do Brasil."

"Está havendo um ruído nessa área [da agricultura e meio ambiente]. Eu sou uma pessoa que está pronta pro diálogo. Pode ser que a gente não encampe essa proposta, realmente. Eu quero o que seja melhor pro campo e pro meio ambiente."

Indicar nome técnico para o Ministério do Meio Ambiente

“Como primeiro ato nosso, a nomeação de um ministério técnico [no Meio Ambiente] que realmente possa corresponder aos anseios do povo brasileiro e não de agremiações político partidário"
                Entrevista no Rio de Janeiro, 25/10.

Fundir os ministérios do Planejamento, da Fazenda e da Indústria

                O Ministério da Economia abarcará as funções hoje desempenhadas pelos Ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio, bem como a Secretaria Executiva do Programas de Parcerias de Investimentos - PPI. Além disso, as instituições financeiras federais estarão subordinadas ao Ministro da Economia
                Plano de governo

"No dia de ontem [Segunda-feira, 1º], o IBOPE mostrou uma pesquisa onde estamos dez pontos à frente do Haddad. A Bolsa de Valores subiu 4%, maior alta diária desde novembro de 2016, e o dólar recuou abaixo de R$ 4, em R$ 3,93. Isso, em grande parte, vem da confiança que eles têm no nosso, no que depender de mim, futuro ministro da Fazenda e do Planejamento, também um superministério, que é o Paulo Guedes."
                Post de Facebook, 2/10

                Apesar de ter dito no plano de governo que as funções do Ministério da Indústria e Comércio seriam abarcadas pelo Ministério da Economia, em 24 de Outubro Bolsonaro voltou atrás, e disse que irá mantê-lo. 
                Ele repetiu a promessa em entrevista ao Canal Terça Livre, divulgada em 25 de Outubro no Twitter do candidato:

"Recebemos a visita de homens da indústria do Brasil, falando dos problemas e como eu poderia resolver essas questões deles. Falaram na questão que gostariam que o Ministério da Indústria e Comércio continuasse existindo. Vamos atendê-los. Se esse é o interesse deles para o bem do Brasil, vamos atender. Vamos manter o Ministério da Indústria e Comércio, não tem problema nenhum."
                Live no Facebook, 24/10

"Estou vendo alguma crítica por parte da indústria pesada no Brasil, por exemplo, na questão do Ministério de Indústria e Comércio, que eles não querem que vá para o Ministério do Planejamento e Economia. Nós podemos reavaliar isso sim e manter esse ministério. Queremos é conversar com o mundo todo, e fazer comércio com o mundo todo, de modo que o nosso setor produtivo aqui não seja prejudicado."
                Entrevista ao Canal Terça Livre, divulgada pelo candidato em 25/10.

Fim de indicações políticas ao Ministério da Saúde

"As indicações políticas levam à ineficiência do Estado e a corrupção. Então, a gente tem que ter alguém, um médico de preferência, que seja um bom gestor. Que seja patriota, que tenha autoridade e iniciativa pra mexer nessa máquina. 

E nós acreditamos que se você conter os ralos da corrupção é a forma que você tem de sobrar recurso pra atender esta área tão necessitada que é a questão na saúde. Ele receberia um ministério, que a gente chama de porteira fechada. Ele que vai nomear os superintendentes. 

Ele vai correr atrás dos diretores de hospitais federais. Ele que vai fazer essa ação. Vai ter a sua rede de comandados onde ele possa saber que as ordens dadas serão cumpridas na ponta da linha."
                Entrevista ao Jornal Nacional, 19/10.

                Separar o Ministério de Ciências e Tecnologia que está unificado com Comunicações.

“O tenente-coronel da Aeronáutica Marcos Pontes está quase certo para o Ministério de Ciências e Tecnologia. A ideia é separar esse ministério do das Comunicações. Talvez fique junto da Educação."
                Entrevista à TV Globo, 20/10.

Servidores públicos

Diminuir o número de servidores comissionados

“Eu acho que ele [o deputado federal Onyx Lorenzoni, cotado para ser ministro da Casa Civil de Bolsonaro] extrapolou nos números, já conversei com ele. Pretendemos diminuir sim, mas os comissionados são muito importantes para a governabilidade. 

Tem ministério que você vai precisar sim do trabalho dos comissionados"
                Entrevista à Band, divulgada no Twitter do candidato, 12/10

                Na semana passada, o deputado federal Onyx Lorenzoni afirmou que extinguiria 20.000 cargos comissionados no primeiro dia do mandato.

Escolher ministros por critérios técnicos

“Tem que ser alguém que entenda daquele assunto. Assim como na Defesa vai ter um oficial quatro estrelas, no Itamaraty, alguém do Itamaraty, na Agricultura, alguém que venha indicado pelo setor produtivo, com a educação, não é diferente. A gente está escolhendo por critérios técnicos, né? Competência, autoridade, patriotismo e iniciativa."
                Entrevista ao Jornal Nacional, 20/11.

Tecnologia

Criação do Vale do Nióbio e Vale do Grafeno

"Por que não termos no Brasil o Vale do Nióbio, como o americano tem o Vale do Silício? Temos que ter o Vale do Nióbio, possivelmente aqui na região do Vale do Paraíba mas ramificações também em outros estados, como por exemplo no Ceará, um na Amazônia também. 

Ou o vale do Grafeno, as maravilhas disso. 
Fui muito criticado por alguns quando falava em nióbio ou grafeno, mas as maravilhas só desses dois elementos aqui aqui são incalculáveis."
                Post de Facebook, 6/10

Meio ambiente

Tirar o país do Acordo de Paris

"Eu saio do Acordo de Paris se isso continuar sendo objeto. Se nossa parte for para entregar 136 milhões de hectares da Amazônia, estou fora sim”
                Rio de Janeiro, 3/09

"A Amazônia tem que ser preservada, ninguém discute isso aí. Mas temos problemas na Amazônia. As enormes reservas indígenas que, há muito tempo, há uma determinação dos povos indígenas ao entrar nesse caldeirão nós podemos ter novos países dentro do Brasil. 

Temos que nos preocupar com isso. Uma coisa é muito importante, chamado de Triplo A. Antes da Amazônia, [Mata] Atlântica. 

É um grande corredor ecológico por cima das calhas dos rios Solimões e Amazonas, equivalente a 136 milhões de hectares, por ocasião da discussão do clima. Isso bota-se na balança como uma contrapartida do Brasil tornar essa grande área de interesse e administração internacional. Não podemos permitir isso aí. 

Se o acordo do clima, realmente, isso fizer parte do contrapeso da balança, temos que estudar muito bem o interesse externo sobre a Amazônia. Não é preservar, é apenas retirar da nossa soberania."
                Entrevista à TV Globo, 18/10.

                No entanto, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, em 25/10, o candidato voltou atrás e disse que, se eleito, o Brasil não vai ser retirado do Acordo de Paris:

"Não, não sai. Fica no Acordo de Paris (...) 
O Brasil poderia buscar essas metas [do acordo] não estando em acordo nenhum? Poderia. 

Por outro lado, o que está faltando a todos vocês é buscar a verdade. O que realmente está por baixo desse acordo. O que eu sei é que o 'triplo A' é uma grande faixa que passa pela Amazônia e vai até o Atlântico, de 136.000.000 de hectares, por sobre a cara do Solimões e do Amazonas, estaria não mais sob a nossa jurisdição, mas ficaria sob a jurisdição de outro país, como sendo ela essencial para a sobrevivência da humanidade."

Liberar a caça ao javali, mas não a outros animais

"Dizem que vou liberar a caça no Brasil. Aquele vídeo editado era caça ao javali, que destrói plantações, que mata gente, que é uma praga no campo. Tem estado que já liberou isso aí. 

É liberar caça ao javali e ponto final. Não temos como conviver com javalis (...) Alguns falam em castração, mas não tem como castrar. A velocidade de procriação é enorme, três crias por ano, uma fêmea chega a gerar 50 filhotes por ano"
                Transmissão no Facebook, 18/10

Indígenas

Titularizar terras indígenas e permitir que índios as explorem e até as vendam

"No que depender de mim, vocês serão emancipados. O índio norte-americano vive, em grande parte, de royalties de cassinos. Vocês aqui podem viver de royalties não só de minérios, mas da exploração da biodiversidade, bem como royalties de possíveis hidrelétricas que poderiam ser construídas nas terras. 

Então vocês [índios] são tão brasileiros como a gente e têm todo o direito de explorar a terra de vocês (...) O que nós queremos com essas terras indígenas é titularizá-las e, de acordo com a lei, logicamente aprovada pela Câmara e pelo Senado, fazer com que vocês [índios] possam explorar a terra e até vender parte dela se desejarem. 

O que nós queremos é que os índios usufruam dessas terras, que não podem continuar sendo preservadas para o bem não se sabe de quem. Essa terra tem que ser explorada de forma racional."
                Declaração feita durante encontro com índia Xingu, divulgada no Twitter do candidato em 26/10.

Transportes

Investimento em hidrovia e ferrovia

"[Hidrovia é o] transporte mais barato que temos. Devemos investir nessa área, como em outros modais, como o ferroviário. Pela ausência de recursos podemos conversar com iniciativa privada e oferecer todas as garantias para investir nessa área de transporte."
                Araçatuba, 23/08

Cultura

Acabar com incentivo para 'famosos'

"Incentivos à cultura permanecerão, mas para artistas talentosos, que estão iniciando suas carreiras e não possuem estrutura. O que acabará são os milhões do dinheiro público financiando 'famosos' sob falso argumento de incentivo cultural, mas que só compram apoio! Isso terá fim!"
                Post de Twitter, 23/09.

                O candidato também fez a promessa em 2/10.

Fazer auditoria na Lei Rouanet

"Vamos fazer uma auditoria, quem sabe até uma CPI, aí depende do parlamento, para apurar sim [os repasses de recursos da Lei Rouanet]. 

Esse dinheiro em vez de ir para o artista que está começando a sua carreira, aquele que faz a sua canção rural, o sertanejo, a cultura afro que temos no Brasil bastante, repente, enfim, quem tá começando, mas [o dinheiro] vai para esses figurões, R$600.000, R$700.000, R$1.000.000, R$5.000.000. 

Enquanto para esses artistas que estão começando R$40,000,00, R$50.000,00 já é mais do que suficiente para alavancar a carreira e ser alguém na vida. Então o Ministério da Cultura é Lei Rouanet. 
E vamos preservar a cultura brasileira"
                Transmissão no Facebook, 18/10.

“Tem que ter uma filtragem [o repasse de recursos da Lei Rouanet]. Não pode para artistas famosos dispensar vultosos recursos para os mesmos. Não tem que mudar a lei, tem quer ter uma pessoa lá que trate com carinho a questão dos recursos para os artistas."
                Coletiva no Rio de Janeiro, 25/10.

Política Externa

Reduzir alíquotas de importação e barreiras não-tarifárias

"Propomos, assim, a redução de muitas alíquotas de importação e das barreiras não-tarifárias, em paralelo com a constituição de novos acordos bilaterais internacionais."
                Plano de governo

Aproximação com Israel, EUA, Japão e Europa

"Pretendo viajar para Israel, para os EUA, para o Japão, para a Europa. Nos aproximarmos. Flertamos demais com a esquerda ao longo dos últimos 20 anos"
                Post de Facebook, 8/10.

"Tenho dito que a primeira viagem minha, caso eleito, será para Israel. A segunda, para os Estados Unidos."
                Entrevista para o Jornal Hora Extra, de Goiânia, em 15/10.

Transferir a embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém

                Segundo o jornal o Globo, Bolsonaro afirmou em 7 de Agosto que tem a intenção de mudar a embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém.
                Jornal O Globo, 7/08.

Fechar embaixada da Autoridade Nacional Palestina no Brasil

“Essa embaixada palestina sairia dali. A palestina é país? 
Nada contra o povo palestino. Quando estive em Israel conversei com muitos palestinos, porque trabalham, ganham quatro vezes mais do lado de cá. Palestina não é um país." 
                Jornal O Globo, 7/08.

Extradição de Cesare Battisti

"Como já foi falado, reafirmo aqui meu compromisso de extraditar o terrorista Cesare Battisti, amado pela esquerda brasileira, imediatamente em caso de vitória nas eleições."
                Post de Twitter, 22/09

                O candidato fez a mesma promessa em 16/10.

Mudanças nas relações com a China

"Não podemos ser inquilinos de nós mesmos. Tem um país aí fora, a China, que nós queremos manter relações comerciais, e até há interesse por parte deles, mas não podemos permitir que a China ou qualquer outro país em vez de comprar no Brasil venha comprar o Brasil."
                Entrevista para Jovem Pan, 24/09.

Afastar-se da Venezuela

"Nós devemos nos afastar da Venezuela. 
Dar um pé no traseiro do socialismo, no comunismo. Não podemos admitir essa ideologia em nosso Brasil."
                Entrevista para o Jornal da Record, 5/10.

Abrir comércio para o 1º mundo

"Continuamos fazendo contato com autoridades fora do país, visando a possibilidade de vitória [na eleição], e nós vamos abrir o nosso comércio para o mundo civilizado, o 1º mundo por assim dizer. E essa forma de diálogo por exemplo e confiança da nossa parte ajudará e muito a nossa economia."
                Entrevista para a Rede TV, 11/10.

Bilateralismo no comércio com outros países

“Vamos partir para o bilateralismo no que for possível. Conversei com Macri [presidente da Argentina] por telefone esses dias aí. 

Ontem [sexta, 19], rapidamente por telefone conversei com o presidente eleito do Paraguai, recebi a visita de três senadores do Chile, que não está no Mercosul. 

Mas nós vamos buscar uma forma de fazer comércio com toda a América do Sul, sem viés ideológico”
                Entrevista à TV Globo, 20/10.

Venda de terras para capital estrangeiro

"Todos os países, que for possível, vamos fazer que comprem no Brasil, mas que não comprem o Brasil. 

É esse o problema que nós temos e temos que adequar quando se fala em vender terra agricultáveis para o capital estrangeiro eu perguntaria: estamos colocando em risco a nossa segurança alimentar? É isso que eu tenho colocado na mesa quando eu visito pessoal do agronegócio. Então, temos que, sim, buscar parceria com todos os países, mas sem abrir mão da nossa soberania"
                Entrevista à TV Globo, 22/10.

Mídia e comunicação

Sem controle da imprensa e da internet

"Defendemos a liberdade de imprensa e internet pois trata-se de livre expressão e cabe às pessoas decidir no que acreditar, filtrando e buscando informações. Controlar estes meios, como quer abertamente a esquerda, faz parte do processo de implementação de um estado totalitário"
                Post no Twitter, 22/10.

Turismo

Adotar medidas para impulsionar o turismo no Brasil

"Enquanto nações, principalmente as subdesenvolvidas crescem sua economia com a exploração turística, o Brasil mantem sua taxa estável, com cerca de 5.000.000 de turistas ao ano, há cerca de 20 anos, mesmo com o Ministério do Turismo criado em 2003. 

Cerca de 95% do turismo no Brasil tem inacreditavelmente o giro apenas interno, sendo apenas 5% de estrangeiros. A falta de infraestrutura, a visão geral que o Brasil tem devido a violência e o desinteresse pela especialização da língua inglesa são outros problemas. 

Além de tudo mencionado, você sabia que atracar um navio, como os de cruzeiro, num porto brasileiro custa cerca de 20 vezes mais que em qualquer lugar do mundo, fora o problema da violência que desencadeia todo um processo de desconfiança e esvaziamento turístico? Soluções: desburocratização, combate ao crime e indicações técnicas sem o viés meramente político."
                Post de Facebook, 19/10.



Bolsonaro diz que vai usar Revalida para 'expulsar' médicos cubanos do Brasil

                O Presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez o comentário em agenda eleitoral em Presidente Prudente-SP. Cubanos atuam no Brasil sem validação do diploma desde que foi criado o Programa Mais Médicos, em 2013.

                Jair Bolsonaro afirmou na Quarta-feira (181022) no interior de São Paulo que, se eleito, vai "expulsar" os médicos cubanos do Brasil com base no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira, conhecido como Revalida.

                A atuação dos médicos da ilha caribenha no Brasil gera polêmica desde 2013, quando o governo da então presidente Dilma Rousseff (PT) criou o programa Mais Médicos para atender regiões carentes do país sem cobertura médica. Fora do Mais Médicos, os formados no exterior não podem atuar na medicina brasileira sem a aprovação no Revalida.

"Nós juntos temos como fazer o Brasil melhor para todos e não para grupelhos que se apoderaram do poder e [há] mais de 20 anos nos assaltam e cada vez mais tendo levado para um caminho que nós não queremos. Vamos botar um ponto final do Foro de São Paulo. 
Vamos expulsar com o Revalida os cubanos do Brasil"
                Declarou Bolsonaro em pronunciamento realizado ao chegar no aeroporto de Presidente Prudente-SP, onde ele cumpre agenda eleitoral na Quarta-feira (181022).

                Em Novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal - STF validou o Mais Médicos e autorizou a dispensa da validação de diploma de estrangeiros ao julgar ações que questionavam pontos do programa federal, como acordo que paga salários mais baixos para médicos cubanos.

                Levantamento divulgado em Março pelo G1 mostrou que, quase metade dos 7.821 médicos formados no exterior que fizeram o Revalida entre 2011 e 2016 para atuar no Brasil, foram reprovados. A edição que mais reprovou candidatos na primeira etapa foi a de 2013, quando nove em cada dez participantes foram eliminados.

                Mais tarde, em uma coletiva de imprensa em Presidente Prudente, Bolsonaro voltou a falar dos médicos cubanos. Ele argumentou que não se pode autorizar médicos cubanos a trabalharem no Brasil sem validação de diploma.

                No entanto, o Mais Médicos contrata profissionais de várias nacionalidades, e não apenas cubanos. Todos os estrangeiros que participam do programa federal têm autorização de atuar no Brasil mesmo sem ter se submetido ao Revalida.

“Qualquer estrangeiro vindo trabalhar aqui na área de medicina tem que aplicar o Revalida. Se você for pra qualquer país do mundo, também. Nós não podemos botar gente de Cuba aqui sem o mínimo de comprovação de que eles realmente saibam o exercício da profissão. Você não pode, só porque o pobre que é atendido por eles, botar pessoas que talvez não tenham qualificação para tal”
                Justificou Bolsonaro para a proposta de expulsar os médicos cubanos.

Terrorismo

                Na entrevista coletiva, Bolsonaro também afirmou que pretende criar uma “retaguarda jurídica” para que os fazendeiros reajam, inclusive armados, às invasões de suas propriedades por integrantes de movimentos sociais.

                Ele ainda voltou a dizer que, se eleito, quer tipificar invasões de propriedades privadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) como crime de "terrorismo".

“Eu pretendo tipificar como terrorismo as ações do MST. Invadiu, não interessa se a propriedade é urbana ou rural, você armado, fogo neles, com excludente de licitude, com retaguarda jurídica. Afinal de contas, a propriedade privada é um dos pilares da democracia”
                Argumentou.

Presídios na Amazônia

                Ao ser questionado por repórteres sobre o sistema carcerário e o crime organizado, o presidenciável do PSL disse, mais uma vez, que pretende construir presídios na região amazônica.

“Sei que um presídio custa caro. Raros são os municípios que topam fazer presídios nos seus limites. A gente pretende construir alguns presídios na região amazônica. Eu acho que você gastaria muito menos com a segurança e o elemento estaria realmente afastado do convívio da sociedade, que ele mantém via telefones celulares"
                Ressaltou Bolsonaro.

"Eu não quero que um presidiário sofra, seja espancado ou seja lá o que for. Quero que ele fique afastado do convívio da sociedade. 
Eu prefiro a cadeia cheia de vagabundo do que o cemitério cheio de inocente”
                Complementou.

LEIA SOBRE CAMPANHA DE BOLSONARO E ATENTADO:
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                Com Informações de: G1. G1. G1. G1.

JISOHDE FOTOGRAFIAS

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