Ela é uma das 53 internas do Lar das Velhinhas, em Montes Claros; todas foram vacinadas. Outros 47 funcionários também foram imunizados, entre eles uma colaboradora de 88 anos.
A idosa Beata Maria, de 109 anos, recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nesta Sexta-feira (210122), em Montes Claros-MG, na Região Norte de Minas Gerais.
Beatinha, como é conhecida, apresenta os sinais da idade e parece não entender muito bem o que é a pandemia causada pelo novo coronavírus, mas, mesmo assim, exibe um sorriso largo ao ser imunizada.
“Ela entende que a vacina é uma forma de cuidado da nossa parte”
Afirma Giselle Cavalcante, psicóloga do Centro Feminino de Longa Permanência Lar das Velinhas, onde a idosa mora junto a outras 52 mulheres.
Com a fala pausada, Beatinha relembra que a imunização é um hábito antigo:
"Lá em casa todo mundo sempre tomou vacina. Estou muito feliz”
Comemora.
Quase tão antigo quando Beatinha, o Lar das Velhinhas já é quase centenário. Ele foi fundado em 1922 e nunca foi tão protegido. Desde o início da pandemia, as visitas dos familiares foram suspensas, as festas canceladas e as medidas de segurança reforçadas.
De acordo com Giselle Cavalcante, as idosas tem sentido os efeitos negativos do isolamento social:
“Com a suspensão das visitas, muitas se sentem sozinhas, quase que abandonadas. Também sentem ansiedade e angústia”.
Os funcionários que trabalham no local torcem para que esse cenário logo mude.
“Todas as idosas aqui têm algum tipo de comorbidade e essa vacina veio para nos encher de esperança. Também nos traz uma tranquilidade que há muito tempo não vínhamos tendo com o medo deste vírus. Ainda assim, as medidas de segurança vão continuar”
Afirma a médica do lar, Patrícia Antunes.
Além das 53 internas, 47 funcionários do lar foram imunizados. Uma delas é Maria Catarina Verona que, mesmo com 88 anos, não deixou de ser colaboradora da instituição.
Ela começou a trabalhar como assistente social no Lar das Velhinhas na década de 80. Após anos no exercício da profissão, ela não conseguiu se afastar do que chama de sua segunda casa.
“Hoje eu ainda colaboro, venho para realizar alguns trabalhos administrativos durante meio período, mas é que esse lugar é muito bom, cheio de gente de luz. Eu sou muito grata a Deus por essa vacina. Veio para nos libertar de tanto sofrimento e de tantas mortes prematuras, morte de gente que ainda poderia viver muitos anos”
Destaca Maria.
Com Informações de: G1.