Quantas doses vão chegar ao estado? Que horas? Elas serão suficientes? Quando começa a imunização? Qual o público-alvo deste primeiro momento? O G1 selecionou as dúvidas mais frequentes sobre a vacinação contra a Covid-19 em Minas Gerais.
Foi selecionado as dúvidas mais frequentes sobre a vacinação contra a Covid-19 em Minas Gerais. Confira abaixo as perguntas e respostas que conseguimos apurar até o momento:
Quantas doses de vacinas chegaram a Minas Gerais?
Segundo o Ministério da Saúde, foram enviadas 577.680 doses de vacina para Minas Gerais. A previsão é que cheguem, ao Aeroporto de Confins-MG, agora às 18:50 horas desta Segunda-feira (18). Essa chegada acontece com atraso, já que, inicialmente, o governo tinha expectativa de que receberia as doses às 16:00 horas.
Quando começa a vacinação em Minas Gerais?
Haverá um "ato simbólico", com vacinação de um primeiro morador ou moradora de Minas Gerais, assim que a vacina chegar ao estado, no Aeroporto de Confins, na noite desta Segunda-feira (210118). Em seguida, segundo o governador Romeu Zema, aeronaves e helicópteros serão usados pelo governo para distribuir as doses às 28 regionais do estado, "com maior agilidade possível".
Ainda segundo o governador, as prefeituras terão que fazer as retiradas nessas regionais, iniciando as vacinações em cada município. Em Belo Horizonte-MG, a previsão, segundo a secretaria de Saúde, é de que o início da vacinação ocorra na noite de Terça-feira (210119), 24 horas após o recebimento das doses.
Qual o público-alvo da vacinação neste primeiro momento?
O público-alvo estipulado pelo Ministério da Saúde é o seguinte:
Pessoas com 60 anos ou mais que estejam em asilos ou instituições de longa permanência (38.578 em Minas Gerais, segundo o Ministério da Saúde);
Pessoas com deficiência que estejam em instituições de longa permanência (1.160 em Minas Gerais);
População indígena vivendo em terras indígenas (7.878 em Minas Gerais);
Trabalhadores de saúde na linha de frente contra a Covid-19 (o cálculo foi para 34% desses profissionais, que, em Minas Gerais, representam 227.472)
Belo Horizonte decidiu que, num primeiro momento, vai gastar suas 60.000 doses apenas com 30.000 dos profissionais de saúde da linha de frente (duas doses para cada um), que serão vacinados direto nos hospitais.
Outras pessoas que fazem parte do público prioritário receberão a vacina em um segundo momento, com a chegada de mais doses.
A quantidade de doses é suficiente para atender o público-alvo da primeira fase no estado?
Considerando esse cálculo do Ministério da Saúde, que contabiliza apenas 34% dos profissionais de saúde na linha de frente, Minas Gerais tem 275.088 no público-alvo da primeira fase de vacinação. Se cada um receber as duas doses preconizadas, serão usadas 550.176 doses.
E o estado deve receber 577.680 doses, ou seja, haverá quantidade suficiente para o público emergencial estimado.
Quando essas primeiras doses acabarem, o que vai acontecer?
A autorização para uso emergencial do imunizante concedida neste Domingo (210117) pela ANVISA refere-se às 6.000.000 de doses que já chegaram prontas da China e que começaram a ser distribuídas pelo Ministério da Saúde na manhã desta segunda, sendo mais de 577.000 a Minas Gerais. Segundo o governador Romeu Zema, a expectativa é de que uma segunda remessa chegue aos estados na próxima semana.
Mas ainda não há nem autorização para isso.
O diretor-presidente do Butantan, Dimas Covas, disse que enviou na manhã desta Segunda-feira (210118) um novo pedido de uso emergencial da CoronaVac à Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, desta vez solicitando autorização para uso de todas as doses envasadas pelo instituto. Atualmente, o Butantan tem 4.800.000 de doses prontas aguardando liberação.
Em nota, a ANVISA confirmou que recebeu o segundo pedido de uso emergencial enviado pelo Butantan e afirmou que a solicitação "está em análise para checagem dos documentos".
Ainda segundo Dimas Covas, a autorização, uma vez concedida, não deverá ser limitada ao estoque atual.
"Não haverá necessidade de todo lote ser requisitado. Poderemos chegar aí à produção adicional de 35.000.000, já descontando essas 4.000.000. E, eventualmente, [também] no acréscimo que inclusive já foi mencionado ao Ministério de 56.000.000 de doses adicionais. Esperamos que essa autorização aconteça o mais rapidamente possível"
Disse Dimas Covas.
Ele destacou ainda que a própria ANVISA orientou que as solicitações para uso emergencial fossem enviadas separadamente.
Ainda não sabemos:
Até a última atualização desta reportagem, ainda não estava claro se os municípios teriam total autonomia para dar início à vacinação, para escolher como distribuir as doses dentro do público-alvo determinado pelo governo federal e para definir como seria feita a vacinação, se em hospitais ou nos postos de saúde, por exemplo.
Também não havia sido informado qual documento o paciente deveria levar no momento da vacinação e qual o critério para escolha dos profissionais de saúde a serem vacinados.
O G1 perguntou ao governo de Minas Gerais a quantidade de doses destinada a cada um dos 853 municípios e também aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.