Jairo Lopes, de 44 anos, negou autoria do crime durante o júri, que terminou por volta das 18:30 horas; advogado do réu afirmou que não vai recorrer da decisão.
O julgamento de um crime bárbaro que comoveu o Norte de Minas teve conclusão no fim da tarde desta Quinta-feira (180419) em Buenópolis-MG.
Jairo Lopes, de 44 anos, foi condenado a 36 anos de prisão por estuprar e matar a garota Rayane Aparecida Cândida; o crime ocorreu em 2016, quando a menina tinha 10 anos.
O autor, que está preso desde a época do crime, cumprirá a pena pelos crimes de estupro de vulnerável, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
O advogado de Jairo Lopes, Décio Marílio Dias, afirmou que não tem intenção de recorrer da decisão da Justiça.
A sessão de júri popular, formada por sete jurados, começou por volta das 9:45 horas no Fórum de Buenópolis e terminou por volta das 18:30 horas.
Segundo o advogado de Jairo Lopes, o autor deve seguir preso em Ribeirão das Neves-MG.
O G1 entrou em contato com uma tia da vítima na tarde desta Quinta-feira, que acompanhou o julgamento ao lado do pai, tios e avós de Rayane.
Por telefone, ela contou que ficou angustiada durante o andamento do júri e com a postura do autor.
“Na época do crime, ele confessou tudo o que fez com minha sobrinha. Agora, na frente do juiz, ele tem inventado histórias mirabolantes, dizendo que encontrou com a Rayane à beira de um rio e que não lembra de ter feito nada contra ela. É tudo mentira”
Desabafou.
Preso suspeito de estuprar e matar criança de 10 anos em Buenopólis-MG.
Entenda o caso
Jairo Lopes foi identificado pela polícia como autor do estupro e assassinato de Rayane, quando as botas dele foram encontradas sujas pelo sangue da menina, dias posteriores ao crime.
Ele conseguiu se esconder nas matas próximas à comunidade rural em que morava por quase uma semana. O corpo da menina só foi encontrado após a prisão, quando o acusado indicou aos militares onde havia escondido.
Ela tinha marcas de violência e o corpo estava sem o coração.
Usando o nome de “Adauto”, Jairo Lopes morou na zona rural de Buenópolis por dois anos. A fazenda do pai da vítima fica na mesma região onde o acusado morava.
O caso gerou comoção e um grupo de pessoas tentou agredir o acusado quando ele foi levado para a Delegacia de Curvelo-MG.
Jairo chegou de helicóptero e foi mantido dentro da aeronave até que a polícia conseguiu controlar o tumulto na Praça Central.