O ministro Milton Ribeiro incorreu em falta grave? não, mas deu brecha - no Governo Bolsonaro não basta ser honesto, tem que parecer honesto. Isso tudo para acalmar a patrulha intensa da oposição e da imprensa engajada.
Com o aumento do desgaste público e da oposição midiática, o ministro da Educação Milton Ribeiro sinalizou que pretende se afastar da pasta pelo menos até o final das investigações sobre supostas irregularidades envolvendo líderes religiosos.
O objetivo da saída é escancar o 'sangramento público' do ministro e um prolongamento da repercussão negativa em torno do governo federal.
No último fim de semana, Ribeiro e o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), estiveram juntos e conversaram sobre o assunto. No encontro, o ministro teria afirmado que seria melhor tirar uma licença a fim de evitar danos à pré-campanha eleitoral.
O secretário-executivo Victor Godoy, numero 2 do Ministério da Educação - MEC, é quem deve assumir o posto.
Nos últimos dias, a bancada evangélica no Congresso Nacional manifestou apoio a um eventual afastamento de Milton Ribeiro.
Milton Ribeiro é pastor, bacharel em direito, doutorado pela USP, e perto de alguns de seus antecessores - Tarso Genro, Aloízio Mercadante, Jorge Bornhausen e o péssimo Fernando Haddad - é um anjo.
Mas, isso não basta, nesse Governo de ruptura com o passado, é preciso estar atento e forte.