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05 novembro 2018

PADRE CARVALHO-MG - Carreta tomba e dois homens morrem em acidente na BR-251

De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma vítima não identificada morreu no local. Segundo envolvido chegou a ser socorrido e encaminhado a hospital, mas não resistiu.

                  Dois homens morreram no início da tarde desta Segunda-feira (181105) durante o tombamento de uma carreta no Km 352 da BR-251, próximo ao município de Padre Carvalho-MG

                  Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o veículo transportava uma carga de vidros temperados e o condutor pode ter perdido o controle da direção; não há informações sobre o que provocou o acidente. 
                  Uma vítima não identificada morreu no local.

                  O segundo envolvido chegou a ser socorrido pelo SAMU e encaminhado ao Hospital de Salinas-MG, mas morreu na unidade de saúde. 
                  O G1 fez contato com o pronto-socorro do hospital. A enfermeira chefe confirmou que o homem sofreu traumatismo craniano e não resistiu aos ferimentos.

                  De acordo com o Corpo de Bombeiros, não é possível saber qual dos dois homens conduzia a carreta, porque os dois foram ejetados para fora do veículo. A suspeita é de que a vítima que chegou a ser levada ao hospital, de 35 anos, ocupasse o banco do passageiro da carreta. Foi encontrado com ele apenas a carteira de habilitação categoria “A”, que não permite condução a veículos de grande porte.

                  Até esta publicação, a perícia da Polícia Civil compareceria à rodovia para investigar as causas do acidente e liberar que o corpo da vítima não identificada fosse removido ao IML de Salinas
                  O corpo do homem de 35 anos permanece no hospital.


Atolamento

                  Durante a tentativa de resgate dos envolvidos no acidente, o Corpo de Bombeiros precisou ainda utilizar cabos de aço para arrastar uma segunda carreta que não tinha relação com a ocorrência. 

                  O condutor teria percebido o bloqueio da pista ocasionado pelo tombamento e tentou cortar caminho pelo acostamento às margens da BR-251, quando o veículo ficou atolado e atravessado na via.

                  A parte traseira bloqueou o acesso ao local onde a carreta do acidente tombou e as ambulâncias foram impedidas de passar, por isso foi necessária à remoção através dos cabos do Corpo de Bombeiros para que a vítima fosse encaminhada ao hospital. 
                  O trânsito ficou impedido por alguns minutos.

                  Com Informações de: G1.

MINAS GERAIS - Pai e filho são presos em operação de combate ao furto de gado em cidades da Zona da Mata

Prisões vão auxiliar nas investigações de crimes registrados na região.

                  A Polícia Civil divulgou nesta Segunda-feira (181105) o resultado de uma operação desencadeada na semana passada de combate ao furto de gado em propriedades rurais de cidades da Zona da Mata

                  Um homem de 40 anos e o filho dele de 19 anos, foram presos próximo ao Trevo de Paiva-MG.

                  De acordo com a Polícia Civil, a dupla era investigada pela Agência de Inteligência de Ubá-MG e a força-tarefa, que resultou na prisão dos suspeitos, contou com uma ação conjunta feita por policiais das cidades de Mercês-MG, Rio Pomba-MG, Piraúba-MG e Tocantins-MG.

                  No momento da prisão, um deles conduzia um caminhão com seis vacas leiteiras na carroceria e outro dirigia uma caminhonete para dar cobertura à ação. O cerco foi realizado em uma estrada sem saída que dá acesso apenas a uma fazenda abandonada.

                  A Polícia Civil informou que a prisão da dupla vai auxiliar na investigação de pelo menos sete crimes de furto a propriedades rurais nas cidades de Mercês, Silverânia, Dores do Turvo-MG, Piraúba-MG, Guarani-MG, Rio Pomba, Tocantins e de outras cidades da região.

                  Os suspeitos foram levados para o Presídio de Ubá.

                  Com Informações de: G1.

MONTES CLAROS-MG - Mulher que conduzia motocicleta morre ao ser atropelada por caminhão

Condutor do caminhão teria tentado manobra de ultrapassagem e atingiu a vítima pela direita. ela morreu no hospital após sofrer múltiplos traumas e parada cardiorrespiratória.

                  Uma mulher de 50 anos morreu nesta Segunda-feira (181105) ao sofrer um acidente no Bairro Carmelo, em Montes Claros-MG

                  De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima, Sônia Holanda Siqueira, conduzia uma motocicleta pela Rua Lagoa São João quando foi atingida por um caminhão, que seguia no mesmo sentido. 

                  A moto estava do lado direito da via quando o condutor do maior veículo teria tentado uma ultrapassagem e passou com as rodas direitas do caminhão por cima da mulher.

                  O SAMU foi acionado e chegou conduzir a vítima à Santa Casa de Montes Claros com traumas no tórax e na pélvis; a unidade hospitalar informou que a mulher deu entrada em estado gravíssimo e em parada cardiorrespiratória. 
                  Ela não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 10:50 horas.

                  O condutor do caminhão, de 33 anos, foi conduzido pela Polícia Militar à delegacia. Para a PM, o homem disse não saber informar de onde a motocicleta teria vindo. Ele relatou ainda que tentou desviar de um veículo estacionado na hora do atropelamento. 

                  Uma testemunha também contou à polícia que o homem teria tentado uma ultrapassagem e não percebeu que a moto seguia no mesmo sentido. Ao retornar à mão do lado direito, ele não conseguiu finalizar a manobra, quando teria ocorrido o atropelamento.

Investigações da PC

                  A perícia da Polícia Civil foi até o local. O representante informou aos policiais militares que encontrou alterações no tacógrafo do caminhão, aparelho que registra a velocidade do veículo. Segundo a PM, ele deve ser autuado nos próximos dias; por conta do problema, não vai ser possível saber se o caminhão estava mais rápido do que deveria.

                  O G1 fez contato com a Polícia Civil de Montes Claros. O delegado responsável, Rodrigo Andersem, informou que o homem foi ouvido e liberado da delegacia em cumprimento ao Código de Trânsito

“Ele foi ouvido e liberado porque a lei estabelece que quando autor presta socorro, não deve ser preso em flagrante. O motorista alegou que tentou desviar de um carro estacionado e a moto teria colidido na parte traseira”
                  Afirma. 
                  A PC informou ainda que vai ser instaurado inquérito para apurar as circunstâncias do acidente.

                  A Santa Casa de Montes Claros confirmou que o corpo de Sônia Holanda foi encaminhado ao IML e deve ser velado no Bairro Carmelo, onde ocorreu o acidente na manhã desta Sexta-feira.

                  Com Informações de: G1.

MANGA-MG - Corpo é encontrado em avançado estado de decomposição no Rio São Francisco

PM informou não ser possível saber identidade da vítima devido à putrefação do corpo. Suspeita é de que trate-se de rapaz que desapareceu em Matias Cardoso na última Sexta-feira (02).

                 O corpo de um homem foi encontrado por um pescador nesta Segunda-feira (181105) nas águas do Rio São Francisco, próximo à cidade de Manga-MG

                 Segundo informações da Polícia Militar, a vítima foi vista às margens da Ilha de Corculho, que fica na divisa dos municípios de Matias Cardoso-MG e Manga. A perícia foi ao local e localizou o corpo em avançado estado de decomposição; de acordo com a PM, foi impossível reconhecer a identidade da vítima.

                 A suspeita é de que o homem trate-se de um morador de Matias Cardoso que desapareceu na última Sexta-feira (181102). A perícia da Polícia Civil informou ainda à PM que não é possível saber se o homem foi vítima de algum crime violento ou sofreu um afogamento. 
                 Para chegar ao local, os órgãos envolvidos no resgate precisaram utilizar barcos emprestados por moradores ribeirinhos.

                 A polícia acredita que a vítima tinha idade próxima aos 40 anos. Os ferimentos e estado de decomposição do corpo não permitem que a própria família do homem que desapareceu em Matias Cardoso confirmem a identidade dele. 
                 A PC confirmou que exames serão feitos nos próximos dias.

                 O corpo foi removido da água pela perícia e encaminhado ao IML de Januária-MG. Até esta publicação, o corpo da vítima permanece no local.

                 Com Informações de: G1.

UBERLÂNDIA-MG - Homem morre eletrocutado após tentar arrumar fios da rede elétrica

Com o impacto da descarga elétrica, vítima foi jogada ao chão e morreu na hora.

                   Uma pessoa do sexo masculino, com idade não informada, morreu eletrocutada na tarde deste Domingo (181104), em Uberlândia-MG
                   A vítima estava tentando arrumar fios da rede elétrica.

                   Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o fato ocorreu por volta das 16:30 horas, nas Chácaras Beira Rio, na MGC-497. O vizinho da vítima informou à Polícia Militar - PM que os fios elétricos das propriedades estavam se encostando e isso causava queda de energia constante.

                   A testemunha relatou ainda, que o homem propôs colocar uma escada em cima de uma caminhonete e instalar um espaçador entre as redes elétricas. No momento em que se aproximou dos fios, a vítima foi atingida por uma descarga e caiu no chão sem os sinais vitais.

                   A perícia a Polícia Civil compareceu ao local para realizar os trabalhos e o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal - IML.

                   Com Informações de: G1.

FORMIGA-MG - Jovem morre em acidente na BR-354

Segundo a PMR, ele invadiu a rodovia e bateu a moto conduzida por ele em um caminhão.

                  Um jovem de 21 anos morreu em um acidente na BR-354, em Formiga-MG, na noite do último Sábado (181103). De acordo com a Polícia Militar Rodoviária - PMR, a moto em que ele estava atingiu um caminhão que seguia sentido Campo Belo-MG
                  O Corpo de Bombeiros, que também atendeu à ocorrência, afirmou que ele morreu ainda no local.

                  Segundo a PMR, o motorista do caminhão disse que o jovem saiu de uma estrada vicinal e cruzou a rodovia sem se atentar à sinalização ou movimentação do local. O motorista afirmou, ainda, que tentou desviar do motociclista, que acabou atingindo o para-choque do caminhão, informou a PMR.

                  O local precisou ser interditado para ser periciado pela equipe da Polícia Civil, mas, de acordo com a PMR, foi liberado no início da madrugada de Domingo (181104).

                  Com Informações de: G1.

                  

PERDIZES-MG - Carro bate em caminhões na MGC-462 e duas pessoas morrem

Uma pessoa que estava em pé fora de um caminhão foi atingida e morreu no hospital. O motorista do carro morreu no local.

                   Dois homens morreram um acidente MGC-462, em Perdizes-MG, no Alto Paranaíba, na noite deste Domingo (181104).

                   Segundo a Polícia Militar Rodoviária - PMR, os sobreviventes relataram que o motorista de 43 anos seguia de Gol no sentido crescente da rodovia quando, no Km 76, freou repentinamente, perdeu o controle da direção e bateu a lateral esquerda de um caminhão que seguia no sentido contrário.

                   Depois, o Gol rodou na pista e bateu a traseira na frente de outro caminhão que estava parado em uma estrada vicinal, prensando um homem de 45 anos que estava em pé ao lado do veículo estacionado.
                   O motorista do carro morreu no local, ficando preso às ferragens. 

                   O Corpo de Bombeiros fez o trabalho de desencarceramento. 

                   O perito da Polícia Civil de Araxá-MG esteve no local, fez os trabalhos de costume e removeu o corpo da vítima ao Instituto Médico Legal - IML.

                   O homem de 45 anos, que era o passageiro do caminhão estacionado, foi socorrido até a Santa Casa de Perdizes, mas não resistiu e morreu no hospital.

                   Com Informações de: G1.

BOM DESPACHO-MG - Caminhão carregado com óleo diesel tomba na BR-262

Segundo o Corpo de Bombeiros, motorista perdeu o controle da direção e saiu da pista; rodovia ficou interditada.

                  Um caminhão carregado com óleo diesel tombou no início da manhã desta Segunda-feira (181105) na BR-262, próximo a Bom Despacho-MG.

                  De acordo com o Corpo de Bombeiros, o motorista do caminhão, de 37 anos, perdeu o controle da direção e saiu da pista. 
                  Ele não teve ferimentos.

                  A rodovia precisou ser completamente interditada devido ao perigo de explosão, segundo os bombeiros, e o tanque do caminhão, que tem capacidade para 30.000 litros, precisou ser preenchido com espuma.

                  No início da tarde, a Triunfo Concebra, administradora da rodovia, realizou a retirada da carreta do local.

                  Ainda conforme os bombeiros, após a retirada do veículo, foi realizada a lavagem da pista e óleo que escorreu do caminhão foi retirado para evitar novos acidentes.

                  O óleo não afetou a vegetação próxima à via. A rodovia, que ficou fechada por cerca de três horas, foi liberada no início da tarde.

                  Com Informações de: G1.

MARIANA-MG - Três anos após tragédia, sentir-se em casa novamente ainda é sonho de atingidos

Obras do novo Bento Rodrigues, distrito de Mariana, foram iniciadas e moradores começam a fazer projetos de imóveis e de vida. Já em Gesteira, distrito de Barra Longa, início dos trabalhos para reconstruir comunidade segue sem data definida.

                Na memória de Weberson Arlindo dos Santos, de 38 anos, a imagem da casa para qual nunca mais pôde voltar depois do dia 5 de Novembro de 2015 ainda é forte. Se em Bento Rodrigues, primeira localidade de Mariana-MG a ser atingida pelo mar de lama que jorrou da barragem de Fundão há três anos, o imóvel em que vivia o operador de equipamentos se transformou em escombros e ruínas, na esperança dele, o sonho de recriar sua morada resiste.

“Eu quero que seja semelhante ao que era antes, né? Com uma varanda, com telhado colonial como era antes, com janela de madeira e com bastante espaço que nem tinha”
               Planeja.


               Em agosto deste ano, mais de dois anos e meio depois do rompimento da barragem da SAMARCO, cujas donas são a Vale a BHP Billiton, o desejo de Weberson de voltar a se sentir em casa começou a ganhar fôlego com o início das obras para o reassentamento da comunidade. 

               No terreno conhecido como Lavoura, que fica a cerca de oito quilômetros da sede de Mariana-MG, e a nove quilômetros das ruínas de Bento Rodrigues, máquinas e trabalhadores preparam o local para a construção das casas, que ainda não começou.

               Atualmente, a obra está na fase de infraestrutura, com retirada da vegetação, iniciando a terraplenagem e a abertura de acessos. Ao mesmo tempo, moradores como Weberson começam a fazer os projetos dos imóveis.

               No terreno, ainda não é possível enxergar estruturas que lembrem o distrito destruído. De acordo com a gerente de reassentamento da Renova, fundação criada pelas empresas para os trabalhos de recuperação e atendimento aos atingidos, Patrícia Lois, a previsão é que os novos imóveis sejam entregues aos moradores em 2020, ano em que o maior desastre ambiental do país completará cinco anos.


               Mesmo assim, o operador de equipamentos revive sua esperança quando visita a área. 

“Eu sinto esperança de ver o pessoal trabalhando, as máquinas. Realmente, agora a gente está indo no lugar certo porque antes era incerteza porque chegava aqui [em Lavoura], era só mato, não tinha máquina, não tinha nada. Agora, a esperança é de, realmente, eu voltar para a minha nova casa, né?”
               Diz.

               Enquanto isso, Weberson, que hoje mora em um apartamento quase 150 m² menor do que o imóvel que vivia em Bento Rodrigues, continua se sentido em casa mesmo quando volta às ruínas.

“Lá eu sinto uma paz porque, apesar de tudo que aconteceu, que nem lá hoje que o cenário é feio, mas, chegando lá, parece que eu estou voltando para casa, eu nem percebo a destruição que deu, que tem lá”
               Afirma Weberson.

               Alguns moradores, entretanto, não compartilham de muito otimismo em relação às obras. O comerciante Mauro Marcos da Silva, de 49 anos, integra a comissão dos atingidos e é um dos que acreditam que, apesar do início das obras, o impasse em torno do reassentamento ainda não está solucionado.


“Eu aprendi que tudo que diz respeito à SAMARCO, Vale, BHP e Renova, pode ficar temeroso porque as coisas não se revolvem fácil. (...) É como se tivesse em uma trilha cheia de atoleiros. Você venceu um lamaçal e, logo em seguida, você sabe que tem outro”
               Avalia.

               Para ele, “o próximo lamaçal” seria justamente o reassentamento, já que o terreno de Lavoura tem uma geografia mais íngreme do que a da área de Bento Rodrigues. Ele argumenta que, por causa da inclinação, casas que antes eram de um pavimento precisariam ser reconstruídas em dois andares.

“E aí a dificuldade maior é que muitas dessas casas têm cadeirantes, pessoas idosas. E chegou ao cúmulo de funcionários da Renova falarem que as casas serão de dois andares por causa do desnível do terreno, que é para fazer um quartinho para o cadeirante, que aí ele fica só na parte de baixo e ele não precisaria acessar a parte de cima”
               Fala.

               Patrícia, da Renova, diz desconhecer a situação. 

“Mas se foi fato, a gente tem que tratar”
               Pontua.

               Ela confirma que topografia é mais acentuada no novo terreno, mas diz que a acessibilidade vai ser garantida a todos moradores em todos os espaços. 

“O lote mínimo é de 250 m² e, quando o lote tem mais inclinação, aí no mínimo é 600 m². Então, dentro dessa área, a comunidade pode estar trabalhando com arquiteto para fazer sua casa, que vai garantir, nós vamos ter garantia de todas questões de acessibilidade, as normas de engenharia, que darão acesso a essas pessoas, tanto crianças quanto idosos ou alguém com necessidade especial de acessibilidade”
               Garante.


               Desde a década de 1980, quando foi para a sede de Mariana estudar, Mauro não passava a maior parte da semana em Bento Rodrigues. Mas era lá que sentia – e ainda se sente – em casa. 

“Perdi a casa. 
E não só a casa, mas a história de vida. 
Uma história de vida que vem desde os meus antepassados”
               Diz.

                A lama e a destruição não impediram que o comerciante mantivesse o hábito de retornar ao distrito nos dias de folga. Mesmo não sendo permitida a pernoite no cenário de escombros, Mauro improvisa a cada fim de semana e faz de sua caminhonete moradia.

“Eu coloco colchão, ponho a lona em cima. E, o fato de eu estar no Bento, essa caminhonete se transforma, para mim, em uma suíte presidencial. Não é uma simples caminhonete, é ali que a minha felicidade é comparada com a de uma pessoa que está em uma suíte presidencial”
                Conta.

                José do Nascimento de Jesus, de 73 anos, mais conhecido como Zezinho do Bento, não gosta de retornar a Bento, mas acompanha, quase diariamente, as obras no novo terreno. Para ele, a impressão é que os trabalhos no local estão correndo dentro do ritmo esperado.

“Eu sinto muito feliz porque a gente vê a obra andando. Isso é um passo muito importante. E, a cada dia que eu vou, tem uma coisa diferente, que eles fizeram. Está trabalhando dia e noite, serviço rende”
                Comenta. 

                Segundo a gerente de reassentamento, atualmente, cerca de 430 funcionários trabalham no local, em dois turnos. No pico máximo das obras, a previsão é que a reconstrução empregue 2.000 pessoas.

                Sem se acostumar a morar em apartamento na sede da cidade histórica, ele planeja, daqui a dois anos, poder retomar os hábitos que cultivou durante 35 anos antes do desastre, ao qual se refere como crime.

“Ter a nossa casa, igual a gente tinha lá [em Bento Rodrigues], com toda segurança, toda tranquilidade, colhendo nossos ovos caipiras, de galinha caipira, colhendo nossas couves. Tudo que a gente fazia lá, ter de novo, sabe?”
                Diz.


Paracatu

                Romeu Geraldo de Oliveira, de 43 anos, também vai diariamente às obras, mas, no caso dele, voltar a se sentir em casa é uma aspiração ainda mais distante. Ele é uma das cerca de 430 pessoas que trabalham no terreno da Lavoura, mas sonha, um dia, em poder colaborar com a construção da própria comunidade: Paracatu de Baixo.

                Cerca de 50 casas foram destruídas pela lama no local, em que hoje escombros, rejeito de minério encoberto pelo mato e árvores mortas dividem espaço. No terreno onde os imóveis serão reerguidos, uma placa indica que haverá o reassentamento. 
                Mas, por lá, nada de máquinas ou pessoas trabalhando.


                Romeu diz que, ao ver as obras de Bento Rodrigues iniciadas, sente alívio e também felicidade por estar ajudando a realizar o sonho de outros atingidos. Porém, ao lado desses sentimentos, há frustração e desconfiança.

“Quando a lama veio, foram todas as duas comunidades no mesmo dia. E, hoje, o Bento iniciou e Paracatu está atrasado. Não é culpa da nossa comunidade. A gente não tem culpa nenhuma. (...) O desejo da nossa comunidade era que as duas terraplanagens seguissem uma paralela à outra. Porque nem o licenciamento nosso até hoje não foi aprovado ainda. Então, a gente fica com aquela desconfiança ainda, sabe que está andando, mas a gente ainda tem aquela desconfiança”
                Desabafa.

                Em setembro, foi aprovado o projeto conceitual urbanístico de Paracatu, o que ocorreu cerca de sete meses depois em relação a Bento Rodrigues. Para que sejam requeridos os licenciamentos para início das obras, alguns passos ainda precisam ser alcançados, como a elaboração do projeto básico e aprovação do projeto de lei de parcelamento do solo.


                Patrícia Lois pondera, entretanto, que cada comunidade tem suas particularidades, que precisam ser respeitadas. 

“A gente tem que ter esse cuidado porque se pensa, e pensavam todos, o que acontecer em Bento, a gente definiu para Bento, a gente já faz igual para Paracatu e faz igual para Gesteira. E não é. Cada comunidade tem uma característica. (...) Então, ali [Paracatu], tinha gente plantando, tinham sítios próximos, as propriedades eram um pouco maiores. Eles trabalhavam realmente mais em sítios ali, em fazendas”
                Diz.

                De acordo a gerente de reassentamento, durante o processo de compra da área da Lucila, terreno escolhido para reconstrução de Paracatu de Baixo, foi necessário adquirir um número de terrenos superior ao inicialmente planejado justamente por causa das características da comunidade e da definição da quantidade de propriedades que serão reassentadas.

“No início se imaginava três, depois se passou para seis e foram nove propriedades para poder compor esse parcelamento urbano e rural em Paracatu, onde as propriedades também contemplam sitiantes”
                Explica. 
                Houve ainda percalços na regularização fundiária e de inventário das propriedades.


                Segundo a gerente, a expectativa para entrega das casas da comunidade é a mesma de Bento Rodrigues, 2020. Romeu, porém, acredita que terá que esperar mais tempo para voltar a ter seu lar.

“Só Deus sabe. Eles falaram com nós que mais ou menos em 2021 a gente já vai estar na nova Paracatu. Mas eu acho que vai ser difícil 2021. A gente ainda tem essa esperança, mas a gente está vendo que é difícil 2021 a gente ir para lá. 
Porque o sonho de nossa comunidade é estar todo mundo voltando para o nosso habitat natural, onde a gente nasceu, viveu. Minhas raízes estão todas lá. Então, é um lugar a gente sente assim à vontade, é Paracatu”
                Diz.


Gesteira

                Já os moradores do Distrito Gesteira, em Barra Longa-MG, seguem sem previsão de quando as obras do reassentamento serão finalizadas ou sequer iniciadas.

“São três anos de lama, são três anos de luta, são três anos de batalha para que o terreno seja comprado. Então, a maior luta aqui hoje é que nós temos vários idosos. É muito triste você conversar com eles e eles dizerem assim: ‘infelizmente, eu não vou alcançar o reassentamento. Infelizmente, eu não vou morar na minha casa’”
                Afirma Simone Maria da Silva, de 41 anos, integrante do Movimento de Atingidos por Barragem (MAB).


                Nascida e criada em Gesteira, Simone já não morava na comunidade quando lama devastou o local e suas memórias, mas parte de sua família, sim. Hoje, ao visitar as ruínas das casas de sua avó e seu tio, ela diz que os lugares que faziam parte da sua lembrança e onde esteve pela última vez com seus pais e seu avô estão irreconhecíveis.

“Então, além de a gente já ter a história, já amar o lugar, eu tinha essas lembranças comigo. E foram os locais que eu vi essas pessoas pela última vez. Hoje eu chego e não consigo reconhecer nenhum desses lugares. Nenhum, nenhum”
                Lamenta.

                Em uma reunião em meados de outubro entre representantes dos atingidos, da Fundação Renova e do Ministério Público, a expectativa de Simone e de muitos atingidos era que fosse anunciada a compra do terreno que vai abrigar o reassentamento. 
                Entretanto, no encontro, essa esperança foi frustrada.


                De acordo com a gerente da Renova, quando a assessoria técnica passou a atuar no município, em Novembro de 2017, houve uma pausa nas negociações com a comunidade. 

“Nós retomamos para o diálogo coletivo do reassentamento a partir de Fevereiro, Março”
                Explica.

                Segundo ela, a princípio, eram 20 famílias elegíveis ao reassentamento, e seria comprada uma área em torno de sete hectares. 

“Eles trouxeram uma demanda que seriam em torno de 37 famílias, sendo necessários 40 hectares na mesma propriedade, na mesma área que a fazenda dos Macacos”
                Pontua. 
                Patrícia diz que a negociação para a compra do terreno está em fase final.

                A aposentada Vera Lúcia Aleixo e Silva, de 62 anos, conta que nasceu, cresceu e criou toda a família e que, em minutos, viu a luta de toda uma vida ir embora com a lama da barragem da SAMARCO. Desde a tragédia, ela mora na sede da vizinha Mariana e a acredita que ainda há um longo caminho até poder voltar para casa.

"Assim, esperança eu não posso perder, né? Porque o que alimenta a gente é a esperança e a fé em Deus, né? Pela demora que eles estão para responder e suprir a nossa necessidade, eu acredito que demora”
                Afirma.

                Com Informações de: G1.

JANUÁRIA-MG - Infestação de besouro que causa queimaduras tem causado incômodo à população

Espécie chamada besouro bombardeiro miúdo é popularmente conhecida como potó. IEF garante que para prevenir maior proliferação é necessário não combater predadores.

                Uma infestação de besouros conhecidos como Potós tem incomodado moradores da cidade de Januária-MG, no Norte de Minas

                A espécie chamada cientificamente de Besouro bombardeiro pode provocar queimaduras caso libere líquidos na pele humana e causa mau cheiro, segundo especialistas. Centenas de pessoas da cidade sofreram ferimentos leves, e a incidência dos bichos nos comércios, praças, escolas e hospitais tem prejudicado até a economia da cidade, segundo empresários.

                De acordo com o entomologista Fernando Barbosa, os Potós são larvas subterrâneas que são atraídas para a superfície quando o clima está quente e úmido, registrado em Januária nos últimos dias. 

“Eles encontram condições ideais para se reproduzirem, e isso acaba estimulando este surto populacional, que ocupa espaços inclusive nos ambientes urbanos”
                Explica.


                O especialista afirma que os besouros têm aparecido em quantidades acima do normal, e que há anos a cidade não registra o problema. Os insetos estão em praticamente em todos os espaços. Na sede do Instituto Federal do Norte de Minas, em Januária, os insetos têm atrapalhado as atividades escolares. Além de se concentrarem próximo a postes e luminárias na parte externa do campus, os besouros também estão dentro do prédio.

“Eles entram nos computadores que a gente faz manutenção. E aí eles entram e a gente tem que abrir as máquinas para ficar tirando sempre. Incomoda muito, porque o cheiro deles, depois de uns dois dias no lugar, fica muito ruim nas salas”
                Diz a estudante Stefany Meireles.

                No setor de bares e restaurantes, empresários relatam que os clientes têm evitado ir aos estabelecimentos por conta da alta incidência dos besouros. Segundo o responsável por um bar da cidade, Carlos Aroldo da Silva, o movimento caiu muito. 

“O pessoal chega e vê aquele movimento enorme de besouro, então eles se espantam e vão embora mesmo. Porque queima também, né? Além do cheiro. Então quem senta aqui reclama bastante”
                Conta o empresário.


Cuidados a serem tomados

                Uma das consequências que mais preocupa a população em relação à alta incidência de besouros é a queimadura provocada por ele quando há contato com a pele humana. Os moradores contam que não é a primeira vez que o inseto invade Januária, mas há muitos anos não incomodava tanto.

“Isso incomoda muito, já vi muita criança queimada, mesmo que não fere muito. A noite a gente não consegue dormir bem, porque tem que colocar algodão no ouvido com medo dos bichos entrarem dentro da orelha da gente”
                Lamenta a dona de casa Neuza de Souza.

                Segundo o entomologista Fernando Barbosa, apesar de incomodarem, as larvas são praticamente inofensivas e não causam problemas de saúde. Apenas o líquido que liberam quando apertados contra uma superfície é que pode provocar as queimaduras leves. 

“Quando eles soltam um líquido quente com algumas substâncias é que podem provocar queimaduras nas regiões mais sensíveis da pele humana”
                Esclarece.

                A previsão é de que a infestação seja amenizada nos próximos sete dias, quando os besouros devem retornar ao habitat natural deles. O entomologista afirma que existem algumas dicas para que a convivência com o inseto seja menos incômoda.

“Dentro de casa, evitar manter lâmpadas acesas, na parte externa e interna. Evitar também pressionar o besouro sobre a pele, porque quando aperta ele responde e libera a substância, que causa a queimadura”
                Diz Barbosa.


                Um representante do Instituto Estadual de Florestas de Januária afirma que o órgão também se preocupa com a proliferação do besouro. Para o IEF, os animais que são predadores naturais dos bichos devem ser preservados para que a incidência diminua, por isso campanhas de conscientização estão sendo feitas, de acordo com o supervisor Mário Lúcio dos Santos.

“Nas palestras temos conscientizado a população para importância dos predadores, como sapos e lagartos. É muito comum as pessoas jogarem sal nos sapos, matarem lagartixas, e estes são os principais predadores urbanos. 

Na zona rural, nós temos intensificado campanhas contra desmatamento e uso do fogo, para que a situação não fique dessa forma”
                Afirma.

                Com Informações de: G1.

JISOHDE FOTOGRAFIAS

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