Alan Fabiano Pinto de Jesus recebeu alta na Terça-feira (31). Luciana de Melo Ferreira, de 49 anos, foi Assassinada em 21 de Dezembro.
O vigilante Alan Fabiano Pinto de Jesus, de 45 anos, recebeu alta do Hospital de Base do Distrito Federal e foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória - CDP, no Complexo Penitenciário da Papuda. Ele é suspeito de assassinar a ex-namorada, Luciana de Melo Ferreira, de 49 anos, no último dia 21 de Dezembro.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, o suspeito foi liberado do hospital na última Terça-feira (191231). Ele deu entrada no hospital no dia 23 de Dezembro, após passar mal, e foi preso dentro da unidade de saúde.
A Justiça determinou que ele fique detido por tempo indeterminado.
O crime
O crime, 34º e último feminicídio registado no DF em 2019, ocorreu no apartamento onde a vítima morava, no Sudoeste. Segundo a Polícia Civil, Luciana, que era funcionária terceirizada do Tribunal Superior do Trabalho - TST, foi atingida pelo menos 45 vezes com um objeto cortante e morreu após perder muito sangue.
O corpo dela foi encontrado pela filha.
Imagens de câmeras de segurança capturaram o momento em que Alan chegou no apartamento da vítima, às 20:33 horas do dia 21 de Dezembro.
Luciana chegou às 22:30 horas. O suspeito, que esperava no terraço, viu a ex-namorada e desceu as escadas, até o apartamento dela. Menos de 30 minutos depois, ele foi embora.
Aos policiais, o vigilante disse que foi ao local com a intenção de conversar com a ex, que o teria rejeitado. Ele alegou que Luciana o atacou e, em seguida, esfaqueou a si mesma. Segundo o suspeito, apenas as últimas cinco facadas foram feitas por ele.
Os investigadores, no entanto, não acreditam nessa versão. Segundo o delegado Ricardo Viana, responsável pelo caso, as evidências apontam que a maioria dos golpes ocorreram nas costas da vítima.
Na última Terça-feira (191231), Alan foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado por feminicídio, emboscada, motivo fútil, e por tentar burlar a investigação, já que agiu para fazer a polícia acreditar que se tratava de um latrocínio.
Relação conturbada
As investigações apontam que Alan e Luciana tiveram um relacionamento por cerca de quatro meses. O namoro foi marcado por violência: em Julho, o vigilante foi preso após destruir a entrada do prédio onde a vítima morava, quando ela sinalizou que queria terminar o relacionamento.
Em Outubro, Luciana o denunciou novamente ao ser ameaçada de morte e conseguiu uma medida protetiva que impedia o suspeito de se aproximar dela. A ordem foi revogada em 4 de Dezembro, com a concordância da vítima.
Com Informações de: G1.