Denúncia ocorreu no mês de agosto, após uma consulta; advogado afirma estar tranquilo quanto ao indiciamento e afirma que o cliente é a vítima do caso.
A Polícia Civil concluiu nesta Segunda-feira (170918) a investigação sobre a denúncia feita por uma paciente que denunciou um ginecologista de estupro, em Montes Claros-MG, no Norte de Minas.
O caso ocorreu há um mês; na ocasião, o médico de 41 anos chegou a ser levado para a delegacia de plantão.
De acordo com a Delegada Karine Costa Maia, o médico foi indiciado pelo estupro desta paciente.
“Os exames não afirmaram nem descartaram se houve o abuso. Como é muito comum em crimes desta natureza. Porém, nós nos baseamos em mínimos detalhes fornecidos pela vítima e em depoimentos durante o inquérito”.
Ele voltou a ser ouvido, na Delegacia da Mulher, no dia 25 de agosto.
A delegada explica que o fato da vítima ter se higienizado várias vezes após o abuso e ainda a demora em denunciar o caso “influenciou nos exames de corpo delito”.
Mesmo com o indiciamento, o médico irá responder o processo em liberdade.
“Eu não tinha motivos para pedir prisão cautelar.
Ele colaborou com a investigação e compareceu a todos depoimentos”
Conclui a delegada.
O advogado Éder Martins Junior, que defende o médico no caso, afirma que não foi notificado sobre a conclusão do inquérito, mas diz não ter se surpreendido com o indiciamento.
“Não é de se assustar com esta situação, uma vez que o caso foi conduzido por uma Delegacia de Proteção à Mulher. Era de se esperar que ele fosse ser indiciado, mas estamos tranquilos quanto à esta situação. Mesmo se o caso foi aceito pelo Ministério Público, que também pode ser arquivado, nós iremos provar que ele é que é a vítima em toda esta história”
Entenda o caso
Segundo a paciente, o abuso ocorreu na manhã do dia 18 de agosto, quando a mulher foi ao consultório para um atendimento.
Ela afirma que em determinado momento ficaram somente os dois em uma sala, quando o médico começou a acariciá-la e a praticar sexo oral. A mulher afirma que pediu para o ginecologista parar, mas ele insistiu na ação, chegando a praticar ato sexual forçado com a vítima.
No relato à Polícia Militar, a vítima alegou que alguns anos antes, o mesmo médico já havia tentado praticar os abusos. Após a denúncia à polícia, militares foram até a residência do ginecologista, que foi detido para esclarecimentos.
Na delegacia, o médico alegou que a mulher é sua paciente há cinco anos e que não houve qualquer tipo de abuso.