Motoristas que não percebem a sinalização se arriscam ao tentar reduzir impactos com as lombadas. Usuários do trecho relatam insegurança e PRF aponta risco em ponte.
Sinalizadores e lombadas instaladas em um trecho em obras da BR-264 em Araxá-MG, na região do Alto Paranaíba, têm sido motivos de polêmica. Alguns usuários da via afirmam que os recursos ameaçam a segurança do tráfego.
A Polícia Rodoviária Federal - PRF demonstra preocupação com as condições de uma ponte.
Sinalização não falta no trecho.
Após um painel luminoso, existem placas, sonorizadores e quatro quebra-molas. A velocidade máxima indicada no local é de 40 quilômetros por hora. Mas quem se distrai e passa pelos alertas em alta velocidade acaba levando susto.
Para não precisar reduzir a velocidade, muitos condutores invadem a pista contrária em um trecho onde ultrapassar é proibido. O caminhoneiro Carlos Roberto Amisco teve o veículo danificado em uma das lombadas.
"Um minuto de distração eu peguei os quebra-molas. O caminhão passou meio embalado e, com isso, arrancou os dois fechos de molas"
Relatou.
De acordo com o trabalhador rural Paulo Henrique Baldicceeri, estas cenas têm ocorrido bastante.
"Direto a gente tem que jogar o carro para o acostamento porque vêm carros e caminhões na contramão"
Pontuou.
O produtor rural Alexandre Honorato, que passa pelo trecho várias vezes ao dia, diz que obedecer às placas é inseguro.
"Quando a gente para atrás de um caminhão, fica muito fácil para um assaltante chegar e roubar a nossa caminhonete.
A gente passa aqui cinco vezes por dia. Outra questão é a segurança.
Há 40 anos eu passo por aqui e nunca vi um acidente.
A partir da implantação desses quebra-molas, já vi dois"
Afirmou.
A PRF negou o registro de acidente no trecho após a instalação dos alertas e dos obstáculos.
Perigo em ponte
Outra preocupação constante no trecho se refere a um aponte construída na década de 1960. De acordo com a concessionária que administra a rodovia, uma inspeção de rotina detectou problemas estruturais.
"A gente já teve a oportunidade de ir lá embaixo verificar a estrutura.
Ela está com uma rachadura.
Óbvio que não somos engenheiros e não faremos a análise oficial, mas a concessionária tem essa obrigação de zelar pela segurança do transito.
Realmente há um risco de esses quebra-molas estarem instalados, porque atrapalham a fluência do trânsito.
Porém, se a ponte cair, teremos um prejuízo muito maior"
Disse o inspetor Cláudio Emerson Barbosa, da PRF.
Além da restrição de velocidade, também é proibido trafegar pelo trecho com carga superior a 74 toneladas até que o projeto de recuperação da ponte seja concluído.
De acordo com a concessionária, Ainda não há previsão para o término das obras.