Jovem de 18 anos foi detido em Luziânia, em Goiás.
A Polícia Civil do Distrito Federal - PCDF encontrou na manhã deste Sábado (191211), um adolescente considerado foragido após envolvimento na morte do padre Kazimierz Wojn, de 71 anos, conhecido como Padre Casemiro. O religioso foi vítima de um latrocínio na paróquia que liderava, na Asa Norte-DF, em Setembro deste ano.
Polícia prende em Goiás jovem suspeito de matar padre durante assalto a igreja no DF
Rapaz tinha 17 anos na época do crime e é o quarto suspeito detido. Religioso foi encontrado com as mãos e pernas atadas e enforcado com um arame farpado.
A Polícia Civil prendeu neste Sábado (191228), em Luziânia-GO, no Entorno do Distrito Federal, o quarto suspeito de matar o padre Kazimierz Wojn, de 71 anos, conhecido como Padre Casemiro, em Brasília-DF. O religioso foi morto durante um assalto na igreja que liderava, há três meses.
À época do crime, o suspeito tinha 17 anos de idade. Hoje, tem 18 anos. A identidade não foi divulgada. A Polícia Civil do Distrito Federal localizou o rapaz após ele ser detido em Goiás por dirigir um carro roubado.
O delegado responsável pelo caso, Laércio Rosseto, da 2ª Delegacia de Polícia - Asa Norte, informou ao G1 que no momento em que o jovem foi abordado pela polícia de Goiás, ele "se apresentou com o nome do irmão, mas estava sem os documentos". Os familiares estavam "no radar" dos investigadores do DF, e a corporação foi avisada sobre a prisão.
Para confirmar a identidade, uma equipe da Polícia Civil do DF viajou neste Sábado para Luziânia e averiguou a biometria do detido. Ele era monitorado desde a prisão de outros três suspeitos do crime, em Setembro.
Confissão
De acordo com o delegado, o jovem confessou a participação na morte do padre. Ele diz ter amarrado os pés e as mãos da vítima. O religioso foi encontrado com os membros atados e enforcado com um arame farpado.
Ainda segundo o delegado, o jovem é residente do Entorno no DF e chegou a viajar para o Maranhão para fugir da polícia no mês seguinte ao crime.
"Ele ficou escondido na casa de familiares"
Conta.
O rapaz segue preso em Goiás até que a Justiça decida se ele continuará detido em Luziânia ou se será transferido para o Distrito Federal.
Outros presos
Também são suspeitos de participar do crime Alessandro de Anchieta Silva, de 19 anos, Antônio Willyan Almeida Santos, de 32 anos, e Daniel Souza da Cruz, de 29 anos.
Eles estão detidos em Brasília
As investigações apontam que Alessandro seria o responsável por estrangular o padre. No entanto, os demais detidos se negam a confirmar que ele seria o culpado, segundo o delegado.
Devido ao fato de o quarto suspeito ser menor de idade na data do latrocínio, o tempo máximo de reclusão para o jovem em caso de condenação é de três anos. De acordo com a polícia, os demais podem ser condenados de 20 a 30 anos de prisão.
A Polícia Civil do DF chegou a informar que poderia haver um quinto envolvido, "responsável pelo fornecimento de informações para o grupo". Questionado pela reportagem se essa participação está descartada, o delegado afirmou que "a priori, sim".
O crime
O crime ocorreu em 21 de Setembro deste ano na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na Asa Norte-DF, em Brasília-DF. Segundo as investigações, padre Casemiro foi rendido pouco após a missa, que acabou por volta das 19:00 horas daquele Sábado.
Um caseiro que mora no local também disse que foi amarrado, agredido e feito refém pelo grupo. Os suspeitos passaram cerca de 3 horas no local e levaram dinheiro, moedas de ouro, cheques, eletroeletrônicos e garrafas de bebida da paróquia.
Em seguida, pularam o muro e fugiram em ônibus. De acordo com o delegado da 2ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte, Laércio Rossetto, o grupo comemorou o roubo "com bebida e ostentação".
Quem era o padre Casemiro
Kazimerz Wojn nasceu na Polônia, mas morava no Brasil desde a década de 1980 onde ficou conhecido como padre Casemiro.
Há 46 anos ele se dedicava ao sacerdócio.
O religioso ajudou a construir a Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na quadra 702, da Asa Norte.
Segundo os fiéis "ele gostava de colocar a mão na massa".
Todas as Quartas-feiras, padre Casemiro celebrava missas para pacientes e servidores no Hospital Regional da Asa Norte - HRAN, que fica perto da igreja. O sacerdote gostava de fotografar as celebrações e depois distribuir as fotos entre os amigos.
Na ultima missa que celebrou, ele falou longamente sobre violência durante o sermão.
O crime aconteceu horas após a celebração.
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