Procurador da República diz que não há provas da necessidade do procedimento. Pedido foi protocolado pela defesa de Adélio Bispo na Justiça Federal em Juiz de Fora-MG nesta Segunda-feira (180910). Candidato sofreu ataque na cidade e está internado em SÃO PAULO.
O
Ministério Público Federal - MPF opinou pelo indeferimento do pedido de avaliação de insanidade mental de
Adélio Bispo de Oliveira, que está preso por ter dado uma facada no candidato à Presidência
Jair Bolsonaro (PSL).
O processo foi devolvido pelo MPF à 3ª Vara Federal de Juiz de Fora nesta Terça-feira (180911) e segue para decisão do juiz federal Bruno Souza Savino, responsável pelo caso.
Ainda de acordo com o MPF, o procurador da República, Marcelo Medina, justificou a decisão por achar que o argumento apresentado não contém provas acerca da necessidade desse procedimento.
“Embora a defesa do Adélio tenha alegado que ele faz uso permanente de medicamentos controlados, não foram juntadas nem as prescrições médicas, nem o histórico de consultas a médicos psiquiatras ou neurologistas”
Explicou.
A defesa de Adélio informou ao G1 que está ciente do posicionamento apontado pelo MPF e está analisando a decisão. Novas medidas, no entanto, só devem ser tomadas após o juiz proferir a sentença.
Pedido de avaliação de insanidade
A petição de incidente de insanidade mental foi protocolada pelo advogado de defesa, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, na última Segunda-feira (180910), na sede da Justiça Federal em Juiz de Fora.
A solicitação era para que Adélio fosse avaliado por uma banca de psiquiatras e assim verificada a capacidade mental do cliente.
Ataque a Bolsonaro
O candidato à Presidência, Jair Bolsonaro, foi atacado durante ato de campanha no Centro de Juiz de Fora, na tarde do dia 06 de Setembro.
No dia seguinte, o presidenciável foi levado para o Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo-SP. Antes, o candidato à Presidência pelo PSL chegou a passar por cirurgia na Santa Casa de Juiz de Fora.
Agressor indiciado pela PF
No momento em que foi esfaqueado, Bolsonaro fazia corpo a corpo com eleitores na Rua Halfeld. O homem apontado no crime contra o candidato tem 40 anos, foi preso em seguida e levado para a delegacia da Polícia Federal - PF, onde confessou o crime.
Ainda no dia do ataque, ele foi levado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional - CERESP de Juiz de Fora. Já no Sábado (180908), foi transferido para o presídio federal de Campo Grande-MS.
Advogados de defesa
No dia do ataque, um dos advogados de Adélio, Pedro Augusto Lima Possa, disse que o cliente assumiu a autoria do atentado e que agiu por "motivações religiosas, de cunho político".
"Ele não tinha intenção de matar, em momento algum. Era só de lesionar"
Afirmou.
O agressor é formado em pedagogia e tem passagem na polícia em 2013 por lesão corporal. Atualmente, não há registro de filiação partidária dele, mas
Oliveira foi filiado ao
PSOL entre 2007 e 2014. A executiva do
PSOL em
Minas Gerais confirmou que o agressor foi filiado ao partido no passado e divulgou nota repudiando o ataque e cobrando uma investigação.
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