Forte chuva de granizo atingiu local no último sábado (30); mortes podem ter ocorrido em função de choque térmico na água, que também pode ter sido contaminada pelos agrotóxicos das plantações.
Dez espécies de peixes encontrados mortos no Rio Riachão, em Francisco Dumont-MG, foram levados para um laboratório em Montes Claros-MG, na manhã desta Quarta-feira (171004), para passarem por uma análise.
Os peixes fazem parte de uma amostra de cardumes que estão morrendo ao longo do rio.
Até o momento, os peixes mortos foram encontrados na Comunidade Larga, Comunidade Boqueirão, Distrito de Convancas até a Comunidade de Água Branca.
Ao todos, são 20 quilômetros de extensão onde os peixes foram encontrados.
A Secretaria de Meio Ambiente de Francisco Dumont foi acionada pela população ribeirinha após uma forte chuva de granizo que ocorreu no Sábado (170930).
O secretário foi ao local, com o presidente do Instituto Serra do Cabral, e a equipe constatou a morte de inúmeras galinhas, aves silvestres e gado.
A chuva durou aproximadamente cinco minutos e danificou plantações, pasto, telhados de casas e curral. Em alguns pontos do município, o granizo atingiu 30 centímetros de altura.
Nenhuma pessoa ficou ferida.
“Recebemos diversas ligações e, juntamente com o Instituto Serra do Cabral, passamos a Terça-feira vistoriando o local; nossa preocupação é da água ter sido contaminada e a população ribeirinha ser prejudicada. Parte da população acredita que as mortes podem ter ocorrido em função de algum choque térmico, já que houve acúmulo de gelo. Mas nós precisamos confirmar o motivo das mortes, tecnicamente, para preservar a população e os animais que sobreviveram e se hidratam com a água do rio”
Explicou o secretário, Ademilson Rosa Lopes.
A prefeitura de Francisco Dumont emitiu uma nota orientando a população que mora na beira do rio a não consumir água nem os peixes do rio, até que o laudo seja emitido. A Defesa Civil está na cidade e fornecerá água em caminhões pipa para a população, em parceria com a prefeitura. Ainda não há previsão de quando o laudo ficará pronto.
O Ministério Público e o IGAM serão acionados pela secretaria e ISC para acompanharem o caso. Há suspeita de que, com as chuvas, os agrotóxicos de plantações da região tenham atingido o rio.
“O Instituto foi criado em 2007 justamente para combater crimes ambientais. Nós estamos acompanhando o caso para ajudarmos nos trâmites da apuração do que ocorreu com os peixes”
Disse o presidente do Instituto, Genésio Alves Fonseca filho, também presidente do Codema de Francisco Dumont.
Com Informações de: G1.
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