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10 janeiro 2020

BELO HORIZONTE-MG - Cerveja contaminada pode ser causa de síndrome que matou uma pessoa

Oito foram internados com sintomas renais e neurológicos em Minas Gerais.


                A contaminação de lotes de cerveja por uma substância tóxica usualmente empregada na produção de bebidas industriais pode ter causado a morte de uma pessoa e a internação de outras sete, em Minas Gerais, nos últimos dias.

                Exames laboratoriais realizados pela Polícia Civil de Minas Gerais identificaram a presença da substância dietilenoglicol em amostras de ao menos dois lotes da cerveja Belorizontina, da Backer. As amostras dos lotes L1 1348 e L2 1348 foram recolhidas nas residências dos pacientes internados com insuficiência renal aguda e alterações neurológicas.

                Segundo o superintendente de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil, Thales Bittencourt, o resultado das investigações é preliminar, não sendo possível, até o momento, afirmar como a substância contaminou as bebidas periciadas. 

“Só é possível afirmar que ela foi identificada em duas amostras”,
                Disse Bittencourt, na tarde desta Quinta-feira (200109), em entrevista à imprensa.

                Logo após a Polícia Civil ter revelado o resultado da perícia, a cervejaria Backer informou que vai recolher todos os vasilhames de Belorizontina dos lotes L1 1348 e L2 1348. A medida, segundo a empresa, é preventiva, pois o dietilenoglicol não faz parte do processo de produção de suas cervejas. A cervejaria não aponta nenhuma hipótese para explicar como, então, a substância teria contaminado os produtos periciados.

“A Cervejaria Backer continua à disposição das autoridades para auxiliar no que for necessário até a conclusão das investigações”
                Afirma a empresa, em nota.

                Segundo a secretaria estadual de Saúde, o primeiro dos oito casos de síndrome nefroneural foi registrado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde em 30 de Dezembro, em Belo Horizonte-MG. A segunda vítima foi internada em um hospital de Juiz de Fora-MG

                Nos dias seguintes, outras seis pessoas deram entrada em hospitais da região metropolitana da capital mineira, com insuficiência renal aguda e alterações neurológicas centrais e periféricas. Na Terça-feira (200107), um paciente internado em Juiz de Fora morreu em função de complicações no quadro.

                Ainda de acordo com a secretaria de saúde, os pacientes apresentaram uma rápida deterioração do estado de saúde: em média, em dois dias e meio após o surgimento dos primeiros sintomas, as pessoas tiveram que ser internadas. Um nono caso foi descartado pelo fato de não apresentar os mesmos sintomas dos demais e por ter doença renal prévia.

                Uma força-tarefa com técnicos das secretarias de Saúde de Belo Horizonte e de Minas Gerais e do Ministério da Saúde foi criada para acompanhar as investigações e as medidas necessárias à proteção da população.

                Com Informações de: Paracatu News.

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JISOHDE FOTOGRAFIAS

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