Jornalista Bartolomeu Rodrigues, conhecido como Bartô, foi confirmado novo gestor pelo GDF. Cargo era ocupado por Adão Cândido, exonerado nesta Quinta-feira (19).
Novo secretário de Cultura do Distrito Federal, o jornalista pernambucano Bartolomeu Rodrigues, conhecido como Bartô, disse ao G1 nesta Sexta-feira (191220) que as portas da pasta estarão "sempre abertas" para o diálogo.
"Minha portas estarão abertas, podem ter certeza."
Bartô assume o comando da secretaria após a exoneração do sociólogo Adão Cândido, que tinha uma relação conflituosa com a classe artística da cidade. O GDF confirmou a nomeação, mas o ato não constava no Diário Oficial do DF até a publicação desta reportagem.
Neste primeiro momento, o jornalista preferiu não pontuar assuntos que serão tratados na gestão, mas disse que pretende sanar os ruídos em relação ao Fundo de Apoio à Cultura - FAC.
Para isso, Bartô afirma que buscará uma relação direta com os agentes envolvidos na movimentação cultural da cidade.
"Uma característica que eu tenho é ser comunicativo. Gosto de estar cercado de pessoas inteligentes e de ouvir."
"Não sou casca grossa, sei trabalhar em equipe e ainda sou poroso, absorvo muito."
O novo secretário disse se sentir "muito honrado" com o convite do governador, Ibaneis Rocha (MDB), e falou que espera corresponder às expectativas, tanto do chefe do Executivo, de quem se diz amigo íntimo, quanto da população.
"Minhas expectativas primeiras são corresponder tanto a esta confiança, quanto à cidade que me acolheu. Hoje, eu sou mais brasiliense que qualquer coisa, porque tenho mais tempo de vida aqui que na minha terra de origem."
O pernambucano nasceu em Serra Talhada e veio para Brasília-DF em 1977 (conheça história ao final).
"Acompanho a vida da cidade com profundidade e conhecimento"
Disse.
Unir forças
O novo secretário também falou em "união" para gerir as políticas culturais da cidade e em valorização da cultura como instrumento de desenvolvimento social e econômico.
"Não é hora de quebrar cabeça por questões ideológicas, é momento de nos unir e nos fortalecer."
"E quando se fala em colocar dinheiro na cultura não é jogar pela janela. Isso é investimento, que gera emprego, renda, tem retorno."
Neste sentido, Bartô defende que haja fomento do governo às atividades culturais da cidade, especialmente aquelas realizadas nas periferias e por agentes periféricos.
"É importante o Estado estar presente, mas não estamos falando de cultura estatal."
"O Estado não é mecenas, mas o condutor para estimular inclusive a participação da iniciativa privada."
Ele destacou a necessidade de "voltar os olhos para as manifestações que historicamente são marginalizadas", sem deixar de lado o "circuito do Plano Piloto".
"A responsabilidade de estar à frente de uma pasta importante como esta passar por prestar atenção na arte da periferia, que está pulsando muito forte. São essas manifestações que formam identidade."
Quem é Bartô?
Bartolomeu Rodrigues tem 62 anos e é jornalista formado pela Universidade de Brasília - UNB. Natural de Serra Talhada-PE, no sertão de Pernambuco, Bartô veio morar na capital federal em 1977, quando tinha 19 anos.
"Brasília era uma cidade pequena, não tinha 300.000 habitantes"
Lembra.
Nas redações, ele passou pelo Jornal de Brasília, o Diário da Manhã sob a direção de Pompeu de Sousa, O Globo e encerrou a carreira no Estado de S. Paulo, onde trabalhou 21 anos como repórter, chefe de redação e diretor.
Bartolomeu Rodrigues também foi vice-presidente e presidente do Sindicato dos Jornalistas de Brasília entre 1986 e 1991. Em 1999, ele montou a própria assessoria de comunicação com a qual trabalhou na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB.
Em 2017, aos 60 anos, Bartô se aposentou por tempo de contribuição, mas continuou trabalhando. Uma das atividades recentes desenvolvidas pelo jornalista foi a campanha de Ibaneis Rocha (MDB) para o governo do Distrito Federal.
Com Informações de: G1.
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