Informação foi confirmada pela direção de alguns presídios procurados pelo G1; reportagem entrou em contato com as principais cidades da região. Proposta foi feita pelo Estado para economizar após avaliar consumo em excesso.
Algumas unidades prisionais de cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba já racionam água mesmo antes da medida anunciada pelo governo de Minas Gerais.
A mudança começou a valer no início de dezembro. O G1 entrou em contato nesta Terça-feira (191203) com os principais presídios e penitenciárias da região para saber se a restrição foi adotada.
Em Uberlândia-MG, Araguari-MG e Araxá-MG, a diretoria informou que já praticava o racionamento.
Segundo o governador Romeu Zema (Novo), a medida visa gerar economia aos cofres públicos. Já a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública - SEJUSP garante que a novidade não vai prejudicar os trabalhos de ressocialização.
Em Uberlândia, o diretor da Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga e do Presídio Professor Jacy de Assis, Luciano Cunha, informou que as duas unidades já adotam o racionamento há alguns anos.
Em Araguari, a direção informou que adotou a medida há alguns meses no presídio da cidade.
Já no Alto Paranaíba, a direção do presídio de Araxá disse que também começou o racionamento antes da medida ser anunciada pelo governo do Estado. Porém, não informou há quanto controla a disponibilidade de água.
O G1 entrou em contato com a direção da penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba-MG, Penitenciária Deputado Expedito de Faria Tavares, em Patrocínio-MG e com o Presídio Sebastião Satiro, em Patos de Minas-MG.
Todos pediram para que o contato fosse feito com a SEJUSP. Esta, por sua vez, informou que o Estado não comentará a implementação de forma individualizada.
Racionamento
O Estado determinou que a água nos presídios poderá ser utilizada por seis horas diárias. A medida foi definida, pois segundo a secretaria, dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento mostram que um detento gasta em média 88% a mais de água do que um cidadão em liberdade.
Em nota, a SEJUSP informou que o gasto mensal com água nas unidades prisionais de todo o Estado é de R$7.500.000,00 e que em 2019, outras medidas já reduziram em R$500.000,00 os custos.
A secretaria informou também que espera economia de pelo menos 10% com a nova medida e que o direito dos presos serão mantidos.
“A limitação do uso de água pelos detentos nas unidades prisionais do Estado é uma medida de gestão que busca eficiência no setor público, sem desperdício do dinheiro do contribuinte e com a garantia da manutenção dos direitos dos presos e da pessoa humana”
Informou a SEJUSP.
Em nota, a Defensoria Pública de Minas Gerais disse que discorda da medida e estuda ingressar com ação extrajudicial ou judicial ainda esta semana para evitar o racionamento.
Na Segunda-feira (191202), o governador Romeu Zema afirmou que a situação nos presídios está sendo monitorada e que acredita que o racionamento não deve provocar revolta entre os detentos.
Com Informações de: G1.
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