Cozinheiro confessou assassinato de uma segunda mulher.
Polícia identificou ao menos 11 vítimas potenciais do homem que é chamado de 'maníaco em série'.
Três dias após Marinésio dos Santos Olinto, de 41 anos, confessar que matou a funcionária do Ministério da Educação - MEC Letícia Sousa Curado Melo, de 26 anos, e a empregada doméstica Genir Pereira de Sousa, de 47 anos, a esposa do cozinheiro disse que está em choque.
Corpo de funcionária do MEC é enterrado em Planaltina-DF
Vítimas de crimes atribuídos a Marinésio Olinto devem procurar delegacias para prestar queixa, diz polícia. Preso por matar funcionária do MEC é 'maníaco em série', diz delegado
Durante a tarde desta Quarta-feira (190828), ela e a filha, de 16 anos, estiveram no endereço onde a família morava.
Uma casa simples, em uma rua no Vale do Amanhecer, em Planaltina, no Distrito Federal.
"Não imaginava.
Estamos chocados."
A mulher pediu para que seu nome não fosse revelado.
Ela disse que foi casada com Marinésio por 19 anos.
Mãe e filha apanharam alguns pertences e saíram, rapidamente.
Elas temem represálias.
"É triste ter que abandonar a própria casa."
Morte de Letícia
O corpo de Letícia Sousa Curado Melo foi encontrado na Segunda-feira (190826). A jovem estava desaparecida desde Sexta-feira (190823), quando saiu para o trabalho, por volta das 07:00 horas.
Funcionária do Ministério da Educação - MEC, ela morava em Planaltina e foi vista, por meio de câmeras de segurança, entrando na caminhonete de Marinésio dos Santos Olinto. A polícia investiga se o suspeito fazia transporte "pirata" e se já conhecia a vítima.
O homem foi preso no Domingo (190825).
Na Segunda-feira (190826), confessou o crime e levou os policiais até o local onde havia deixado o corpo.
"Ele disse que enforcou a advogada porque ela se recusou a manter relações sexuais."
Maníaco em série
Marinésio é investigado pela suspeita de ter cometido os seguintes crimes, sempre dentro da caminhonete prata que utilizava:
Feminicídio de Letícia Sousa Curado Melo, de 26 anos.
Ela desapareceu em 23 de Agosto e o corpo foi encontrado três dias depois.
Feminicídio de Genir Pereira de Sousa, de 47 anos.
Ela desapareceu em 02 de Junho e o corpo dela foi encontrado 10 dias depois.
Abuso sexual contra duas irmãs, de 18 e 21 anos.
Elas usaram uma panela de ferro para conseguir fugir do carro.
Abuso sexual contra uma jovem de 23 anos.
Ela pulou do carro em movimento para evitar ser estuprada.
O delegado Veluziano Castro, um dos responsáveis pela investigação, disse ao G1 que o suspeito confessou os assassinatos, mas negou a violência sexual contra Letícia.
"É comportamento de maníaco em série, perfil desviado, embora saiba perfeitamente de tudo que faz."
Ainda segundo a polícia, Marinésio permaneceu em silêncio quando confrontado com algumas provas do crime, como as imagens em que o carro dele aparece gravado por câmeras de segurança.
Além do homicídio das duas vítimas já identificadas, Letícia e Genir, a polícia passou a investigar uma possível relação entre o suspeito e crimes cometidos há, pelo menos, cinco anos.
"A inteligência da polícia reabriu inquéritos de 2014 e 2015 que estavam para ser arquivados por falta de indícios de suspeitos."
Ainda de acordo com o delegado Veluziano Castro, o modo de operação do agressor, a semelhança entre os carros usados nos crimes, a causa da mortes das vítimas, por asfixia, e o local onde foram encontradas (Planaltina-DF e Paranoá-DF) apontam a participação dele nos assassinatos.
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