Mulher entrou em depressão, se afastou do trabalho e tentou se matar após ser abusada no Paranoá, no DF. Suspeito é 'maníaco em série', diz polícia.
Desde que a Polícia Civil do DF prendeu Marinésio dos Santos Olinto, de 41 anos, nesta Segunda-feira (190826), novas vítimas têm procurado as delegacias todos os dias.
Uma delas conversou com a TV Globo nesta Quinta-feira (190829).
"Ele falou para mim umas três vezes que iria me matar"
Afirmou.
O suspeito é tratado pela polícia como "maníaco em série".
Até a manhã desta Quinta-feira (190829), ele já havia confessado ter assassinado Letícia Sousa, em Planaltina-DF, e Genir Pereira, no Paranoá-DF.
Até Quarta-feira (190828), segundo a Polícia Civil, 10 casos estavam relacionados à atuação do suspeito no DF, com ao menos 11 vítimas envolvidas.
A informação foi confirmada ao G1 pela Polícia Civil.
Nesta quinta, depois disso, a polícia decidiu reabrir o inquérito sobre a morte da estudante Caroline Macêdo Santos, de 15 anos, por encontrar indícios suficientes de que Olinto possa ser o responsável pela morte da jovem.
Passo a passo: vítimas de crimes atribuídos a Marinésio precisam ir a delegacias para prestar queixa
A vítima que conversou com a reportagem relatou ter sido estuprada por ele em 25 de Setembro de 2017.
"Aquele cabelo, aquele rosto manchado, aquela boca dele, aqueles gestozinhos que ele faz com a mão. É uma coisa que eu não vou esquecer nunca"
Disse.
Depois de ter sido atacada, a vítima tentou se matar duas vezes, entrou em depressão, foi afastada do trabalho e passou a fazer acompanhamento com psicólogo e psiquiatra.
Ela se encontrou com o algoz duas vezes depois do crime, no Paranoá-DF.
"O sonho da casa própria virou um terror na minha vida. Eu tenho medo de sair de casa. A minha vida está destruída e a dos meus filhos também está bastante abalada."
"O sentimento que eu tenho agora é liberdade, mas ao mesmo tempo ódio e raiva. Os crimes acontecem há muito tempo, não são de agora. O que dá mais revolta é que já apareceram duas mortes, mas podem ter outras mulheres que não conseguiram escapar."
O crime
A vítima relatou ter sido abordada quando saía de casa, no Paranoá. Dentro do carro, ela foi atacada.
"Ele apertou meu pescoço duas vezes e me mandou escolher entre minha vida ou fazer o que ele queria"
Disse.
"Tive que escolher entre viver e morrer. Eu acabei cedendo."
"Depois, ele disse que eu olhei muito para ele, e ele não costuma deixar viva quem olha para ele por tanto tempo. Foi a hora que tive que lutar. Em um momento, ele deixou a faca cair no banco do carro, eu dei uma joelhada nele e consegui abrir a porta e sair me arrastando, pedindo socorro. Ele tentou me pegar novamente, mas já tinha bastante movimento na rua e eu consegui fugir."
Vítimas e testemunhas que tenham reconhecido Marinésio dos Santos Olinto como suspeito de abuso sexual ou outros crimes, e que queiram prestar queixa, precisam ir à delegacia para registrar depoimento (veja endereços aqui).
Na delegacia, o registro do crime pode ser feito no balcão de atendimento, mas a vítima pode solicitar que o testemunho seja dado em um ambiente de privacidade e apenas com agentes mulheres.
O sigilo é garantido por lei.
A primeira orientação da Polícia Civil é de que vítimas ou familiares procurem a delegacia mais próxima ou a circunscricional localizada na região onde houve o crime. Caso a vítima prefira atendimento especializado, poderá procurar a Delegacia da Mulher - DEAM, na 204/205 Sul.
É possível entrar em contato pelo número 180 - Central de Atendimento à Mulher, para obter mais informações.
No entanto, ainda assim será necessário comparecer a uma delegacia.
Com Informações de: G1.
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