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14 abril 2018

ARAGUARI-MG - Superintendente da SAE é investigado suspeito de fraude à licitação

André Reis teve a prisão temporária decretada. Defesa informou ao G1 que aguarda ter acesso aos autos para se manifestar. Operação ‘Hoopoe’ ocorreu nesta Sexta-feira (180413).

                 Durante as investigações da Operação “Hoopoe”,deflagrada pelo Ministério Público Estadual em conjunto com a Polícia Civil nesta Sexta-feira (180413), em Araguari-MG, a Promotoria de Justiça encontrou indícios de que o diretor da Superintendência de Água e Esgoto - SAE, André Reis, teria fraudado licitações para favorecer uma empresa da cidade. 
                 Ele teve a prisão temporária decretada pela Justiça.

                 O promotor do Grupo Especial do Patrimônio Público - GEPP, Fabrício José da Fonseca, disse em coletiva de imprensa na sede da Delegacia Regional que os fatos ainda estão sendo apurados e que as investigações foram divididas em núcleos.

“Tivemos provas de que essa organização criminosa vinha atuando em várias secretarias e vamos dividir em fases e núcleos para apurar outros envolvidos. As provas demonstram que o superintendente negociou com determinadas empresas a redução de preços para vender uma licitação em benefício de uma empresa que já era contratada pela SAE”
                 Disse Fonseca.

                 No cumprimento dos mandados contra André, os policiais encontram uma arma de fogo com numeração raspada e cerca de R$10.000,00 em espécie. 
                 A defesa do superintendente informou que aguarda ter acesso aos autos para se manifestar.

                 Também foram expedidos mandados de prisão temporária contra o ex-secretário municipal Júberson dos Santos Melo e o vereador e vice-presidente da Câmara, Cláudio Coelho (SD).

                 Ao longo das investigações, que contaram com escutas telefônicas, o ex-secretário teria conversado com o representante de uma empresa sobre um projeto de lei enviado à Câmara para autorizar crédito suplementar na ordem de R$7.000.000,00. O dinheiro, segundo o MPE, seria rateado entre diversas secretarias municipais para ser repassado à empresa.

“Essa prova demonstra que havia tráfico de influência, ou seja, eram recursos do município com várias deficiências dos serviços públicos sendo desviados para uma empresa privada”
                 Comentou o promotor.

                 Dos três mandados de prisão, apenas o de Júberson ainda não foi cumprido e ele é considerado foragido. 
                 A defesa do investigado informou que ele está fora da cidade, mas irá se apresentar nas próximas horas.

Secretários afastados

                 Além dos mandados de prisão, foram expedidos mais de 30 mandados de busca e apreensão e nove ordens judiciais de afastamento de servidores e agentes políticos, incluindo os três alvos com mandados de prisão temporária e três secretários do alto escalão do Poder Executivo.

                 O afastamento é por tempo indeterminado e ocorreu em virtude de o MPE acreditar que os agentes poderiam prejudicar as investigações e a colheita de provas.

                 Entre os secretários afastados estão o da pasta de Serviços Urbanos, Cândido Arruda, Marco Antônio Faria, da Secretaria de Gabinete, e Rafael Guedes, da Saúde
                 A assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Araguari informou que os cargos serão assumidos por secretários interinos após publicação no Correio Oficial nos próximos dias.

                 Em nota, o prefeito Marcos Coelho esclareceu que a operação denominada “Hoopoe” tem e terá o total apoio e colaboração de todos os setores e departamentos da Prefeitura Municipal de Araguari.


A operação

                 A organização criminosa foi descoberta a partir de um inquérito da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Araguari sobre a venda irregular de túmulos no Cemitério Bom Jesus
                 Posteriormente, foi verificado um esquema de desvio de recursos públicos praticado por agentes públicos e políticos da cidade.

                 Conforme apuração dos promotores de Justiça, os investigados aproveitavam os cargos em diversos setores da Prefeitura e da SAE para obter benefícios políticos e econômicos.

                 Os suspeitos devem responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, fraude à licitação, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, cujas penas variam de 03 a 12 anos de prisão.

                 Os trabalhos contaram com o apoio da Promotoria de Justiça de Defesa de Patrimônio Público de Araguari, do núcleo central do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas - GAECO em Belo Horizonte-MG, GEPP, Grupo de Apoio Policial - GOP e Promotoria de Justiça de Combate aos Crimes Cibernéticos e Polícia Civil.

                 A 1ª fase da operação teve a participação de três promotores de Justiça e 110 policiais civis. O nome da operação se refere a um pássaro da mitologia que come excrementos.

                 Com Informações de: G1.

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