Ministério Público também denunciou Paulo Osório por ocultação de cadáver com dois agravantes. Relembre caso.
A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios - MPDFT contra Paulo Roberto de Caldas Osório, que confessou ter matado o filho Bernardo, de 1 ano e 11 meses, em Novembro do ano passado.
O réu vai responder por Homicídio Triplamente Qualificado. Segundo o entendimento do MPDFT, Paulo Osório matou a criança, com alta dose de hipnótico, para "retaliar" a ex-companheira e a mãe dela.
Ele também foi denunciado por "ocultação de cadáver" com dois agravantes: motivo torpe e vítima descendente menor de 14 anos.
Paulo Osório foi preso preventivamente no dia 02 de Dezembro e, dez dias depois, transferido para a ala de vulneráveis do Complexo Penitenciário da Papuda.
O G1 tentava contato com o advogado de defesa até a publicação desta reportagem.
Qualificadoras
Ao Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri sustenta três qualificadoras para o homicídio:
Motivo torpe,
Emprego de meio insidioso (traiçoeiro, que engana, ludibria)
Recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Por ter sido praticado contra o filho, que era menor de 14 anos, a pena de Paulo Osório pode ser aumentada ainda mais em caso de condenação, segundo o Ministério Público. Pelo Código Penal, a punição para homicídios qualificados varia de 12 a 30 anos de prisão.
Relembre o caso
Paulo Osório está preso desde o dia 02 de Dezembro, quando foi encontrado em Alagoinhas-BA, perto de Feira de Santana-BA, na Bahia. Ele havia deixado o corpo do filho às margens da BR-020 na zona rural de Palmeiras-BA, na Chapada Diamantina, a cerca de 1.000 quilômetros do Distrito Federal.
À Polícia Civil, o homem confessou ter dopado o filho com três doses de um medicamento controlado usado por ele.
Os policiais filmaram o depoimento.
Desaparecimento de Bernardo
Bernardo da Silva Marques Osório, de 1 ano e 11 meses, desapareceu no dia 29 de Novembro, após o pai buscar o menino na creche, na Asa Sul-DF. No mesmo dia, Paulo Osório mandou mensagens de texto e de áudio para mãe da criança, Tatiana Silva.
As gravações, ouça abaixo, revelam que ele tinha desavenças com ela e com a avó de Bernardo. Por conta disso, Tatiana procurou a Polícia Civil e o caso passou a ser investigado pela Divisão de Repressão à Sequestros - DPRS.
De acordo com o delegado Leandro Ritt, que investiga o caso, "os áudios que ele manda para a mãe da criança revelam uma grande raiva".
"Ele fala enfaticamente:
'vocês nunca mais vão ver o menino'."
Assassinato da mãe
De acordo com a Polícia Civil, Paulo ficou internado na ala psiquiátrica da Penitenciária da Papuda, em Brasília-DF, por 10 anos, por ter assassinado a própria mãe. O crime ocorreu quando ele tinha 18 anos, na mesma casa da 712 Sul onde o servidor público mora.
Na época do crime, ele foi considerado inimputável, sem condições de responder pelo assassinato, devido ao transtorno mental. Segundo os laudos, Paulo Roberto de Caldas Osório tem esquizofrenia.
Três anos depois de cumprir a pena, ele fez concurso para o metrô do Distrito Federal e foi aprovado, inclusive na avaliação psicológica.
Segundo o delegado Leandro Ritt, a mãe da criança, Tatiana da Silva, descobriu que o ex-companheiro tinha matado a mãe somente depois do desaparecimento de Bernardo.
Os vizinhos da Asa Sul-DF teriam falado sobre o passado de Osório.
Com Informações de: G1.
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