Tudo vai muito bem, até o dia em que você precisa de uma consulta, exame ou internação! Ai caí aquele gelo, coração acelera e você pode ir sem despedir, se realmente precisa do auxílio médico.
Reze se você é católico, ore se for evangélico, para nunca depender do sistema de saúde oferecido em Unaí-MG.
O Município de Unaí é um dos melhores de todo o estado de Minas Gerais, quando falando de Agricultura, pecuária, pois suas terras são férteis, produtivas e coloca o município como um dos mais produtivos do Noroeste mineiro, de Minas e até do país.
Com Isso, o município de Unaí é sim, um município rico, de progresso, etc, ou pelo menos foi ou deveria ser, mas quando olhamos para a saúde oferecida pelos seus governantes, ficamos muito despontados com a situação caótica e vergonhosa, como esse povo mineiro, de garra e trabalhador é tratado.
Respeito e consideração com os unaienses é o que vem faltando quando se trata de saúde pública. Muitos morrendo e mesmo assim tem falácia e conversa fiada para ludibriar tudo e todos.
Quando um unaiense precisa de algum tipo de tratamento qualquer, o caminho entre ele e o profissional da saúde é tão longo que em muitos casos, ou o paciente desiste ou morre antes de receber o tratamento. A burocracia, e o despreparo de profissionais que atravessa neste longo caminho humilhante, deixam rastros de sangue e em maioria dos casos, termina em óbito, luto e angustia.
O paciente, que deveria sair de casa e receber o tratamento necessário, com um bom atendimento, em uma consulta, marcação de exames, etc e retornar no final do dia, (ou antes), com a data marcada para retornar para um exame, uma cirurgia ou com uma receita em mãos, infelizmente não acontece.
Na verdade, o paciente perde dias de trabalho, perde paciência com filas intermináveis, engodo de funcionários preparados para enganar, mentir, e fazer o paciente desistir, ou induzi-lo a voltar em outro dia, ir em outro local, e no fim da tarde, resta ainda dores de cabeça, fome que passa nas filas, além de muito sofrimento tentando um tratamento, com maioria dos casos doentes e desacreditando de tudo, por fracasso daquela tentativa.
O paciente dirige a uma das unidades de saúde, porém, eles encaminham de volta para, primeiro, ir a um local chamado "Regulação", este local é como um funil, onde quem entra, não consegue nada, senão filas e horas, dias e semanas de espera, pra nada!
Ali entra 100 e meia duzia é agendados para uma consulta meses depois, com um médico mal remunerado, que sequer conversa com o paciente, prescreve algum tipo de medicamento qualquer que não condiz com o paciente, porque foi informado através de um prontuário nem tanto responsável.
Do posto de Saúde, encaminhado para o "Centro de Regulação", lá, depois de diversos dias de tentativas, uma consulta é marcada para dias ou até meses depois, com um médico que, possivelmente estará de férias, e não há um substituto ou se houver, não possui tal especialidade para o assunto que necessita.
Essa data que levou tanto tempo para chegar, é adiada, se o caso for fazer algum tipo de exames, muda o médico e muda também os exames, que se faz necessário refazer novamente, ignorando as condições financeiras para custeá-los, ou se pelo SUS, volta-se a estaca zero, quando tem que ir para os postos de saúde, passando a noite em vilas nas calçadas diante dos postos de saúde, para concorrer a uma ficha, que sempre é limitada.
Distribui-se 25 fichas as 07:00 horas da manhã, para os primeiros dos 100 que dormiram no tempo, enquanto os demais, voltarão para casa com insônia, sem condições de trabalhar, para dormir e ver se conseguem estar mais uma vez, disputando na noite seguinte.
Uma consulta, um exame marcado, e uma data, hora e local marcado para um futuro não muito próximo.
O Hospital Municipal ou o Pronto Socorro é um local onde ninguém vai, senão quando está doente, em sofrimento. O local comporta apenas 30% do que recebe diariamente, mas mesmo assim, o tempo passa e os pacientes com toda espécie de problemas de saúde, convive com moscas, baratas, mau cheiro e o tumulto durante todo o dia, apenas para uma consulta, raio x, ou um simples curativo ou ainda um simples cateterismo vesical de demora.
Internado, o paciente fica jogado em um leito, as esperanças não são boas, e os familiares se desesperam, pois sabem que a infecção hospitalar não é ignorada e pode ocorrer a qualquer momento, e isso não dá garantia de vida.
O hospital não oferece uma alimentação adequada, não há meios de banho, sanitários higiênicos e nada funciona como deveria. Quando o paciente precisa de acompanhantes, nem sempre é permitido e suas higienes básicas ficam comprometidas, quando o paciente está acamado, não consegue tomar banhos, não alimenta, e os agentes de saúde não considera obrigação de auxiliar os pacientes.
No vídeo aqui apresentado, vemos pacientes sofrendo dores, acamados, sem médicos para atende-los, enfermeiras que não dão atenção e familiares sendo proibidos de ficar no leito do paciente para auxiliar e fazer companhia, ajudando no que for necessário.
Não falta informações que utilizam para mudar a realidade e se auto promoverem politicamente. Prefeito, secretários, secretarias sempre tem novas noticias para os colocarem como bonzinho e assim gerar votos para si. E o povo acredita, defende, elogia...
Mas a realidade é outra muito diferente para aqueles que dependem de atendimento, consulta, tratamento, exames e internamentos. Para quem convive com a realidade, sabe, não há nada de bom e correto.
Unaí precisa de saúde, agilidade para atender os pacientes necessitados, fazer andar, e ter um tratamento a altura do unaiense.
Unaí merece ser bem atendido e não ficar empurrando ele daqui para lá de de lá para cá, durante meses e meses. Se falam muito sobre saúde, porém a saúde pública não existe, é uma farsa, uma mentira!
Unaí não merece fila, não merece regulação, não quer passar a noite nas calçadas para ter direito a uma ficha para tratamento. Saúde é coisa séria...
Até quando essa vergonha há de continuar, e pacientes saindo do pronto atendimento, do Hospital Municipal e indo popular os cemitérios da cidade, como se tudo isso fosse uma coisa normal? Os governantes desta cidade precisa respeitar mais os cidadãos unaienses.
Mais da metade da renda do município (nossos impostos), estão indo para pagamento da folha do município. A maior parte dessa verba vai para pagamento de funcionário público.
E o que fazem eles que não geram valores? Enquanto isso, o prefeito sabe chorar o dinheiro que ele gasta com saúde, educação, transporte, obras, mas não quer enxergar que a saúde está deficiente e não atende a demanda do município.
Chega de gráficos e relatórios, quem sustenta é o cidadão unaiense e ele precisa do sistema de saúde funcionando e quem precisa sendo atendido como merece, com qualidade e rapidez. Menos às falácias e mais execução ao atendimento do cidadão que depende de saúde.
Unaienses
Jisohde - 191121
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