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20 novembro 2019

BRASÍLIA-DF - Primeira cadeirante negra a se apresentar no Teatro Municipal de São Paulo faz oficina

Atividade ocorre no CCBB em comemoração ao Dia da Consciência Negra. Mona Rikumbi afirma que 'doença não foi suficiente para interromper seu amor pela vida e pela arte'.


                 No Dia da Consciência Negra, a enfermeira, atriz, dançarina e ativista das causas raciais e das pessoas com deficiência Mona Rikumbi faz uma oficina gratuita no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB em Brasília-DF.

                 O workshop "Kitembu é esse?" ocorre nesta Quarta-feira (191120), das 14:00 às 15:30 horas, e aborda a dança, o canto e poesia como instrumentos da Cosmovisão Bantu - referente ao grupo etnolinguístico africano que reúne cerca de 400 subgrupos cujas tradições encontram pontos em comum.


                 Na tradição bantu, Kitembu ou Quitembu é o Senhor do Tempo. Entre os orixás da matriz iorubá, ele é representado por Iroko, o guardião das florestas e da ancestralidade.

                 A oficina da Mona Rikumbi faz parte da programação do Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência "Assim Vivemos", que exibe 38 filmes de 5 nacionalidades até Domingo (191124), também no CCBB
                 Todas as sessões são de graça.

Pioneira

                 Mona Rikumbi foi a primeira cadeirante negra a se apresentar no palco do Teatro Municipal de São Paulo, junto com a dançarina Leonice Jorge, em 2017.

                 A artista foi diagnosticada com neuromielite óptica aos 30 anos. A doença inflamatória destrói a cobertura protetora de nervos ópticos e ataca a medula espinal, ocasionando diminuição da visão e dificuldade para andar, dormência nos braços e nas pernas e até alterações do controle da urina e do intestino.


                 Em razão disto, Mona usa cadeira de rodas para se locomover desde 2007. Mesmo assim, ela afirma que a doença não foi o bastante para interromper seu amor pela vida e pela arte.

"Deficiência foi só mais um detalhe na minha vida. Eu nasci mulher, negra e sou mãe solteira. Uma série de coisas que não faziam a minha vida muito fácil."

Mona nas telas

                 Além da oficina, Mona Rikumbi vai estar nas telas do CCBB. Nesta Quarta-feira e no Sábado (191123), haverá sessão do filme que retrata a vida da dançarina, "Mona - Trajetória de uma mulher negra cadeirante no Brasil" (2018), de Lucca Messer.

                 No curta-metragem documental, ela relata as dificuldades de ser mãe solteira e da constante preocupação em criar um filho negro no Brasil. Atualmente, Mona vive com o filho de 24 anos no Bairro Americanópolis, na periferia de São Paulo.


Programe-se

Oficina "Kitembu é esse?", com Mona Rikumbi

Data: 20 de Novembro;
Hora: das 14:00 às 15:30 horas;
Local: Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB - Setor de Clubes Esportivos Sul, Tr. 2;
Ingressos: De graça.

"Mona - Trajetória de uma mulher negra cadeirante no Brasil"

Data: 20 e 23 de Novembro;
Hora: 10:30 horas (dia 20) e 15:30 horas (dia 23) *O filme é o primeiro da sessão
Local: Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB - Setor de Clubes Esportivos Sul, Tr. 2;
Ingressos: De graça.

                 Com Informações de: G1.

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