Nas imagens postadas no perfil da educadora no Facebook, alunos de 9 e 10 anos manuseiam preservativos e objetos que imitam órgãos genitais. Afastamento foi nesta Terça-feira (181030).
Uma professora da rede municipal de ensino de Cascavel-PR, no Oeste do Paraná, foi afastada do cargo nesta Terça-feira (181030) após ter publicado, no perfil dela no Facebook, fotos de crianças durante uma aula de educação sexual.
Um procedimento administrativo foi aberto para investigar o caso.
Nas imagens, crianças de 9 e 10 anos, do 5º ano da Escola Municipal Aníbal Lopes da Silva, manuseiam preservativos e objetos que imitam órgãos genitais masculino e feminino durante uma aula sobre prevenção a Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST e métodos contraceptivos.
Os objetos foram cedidos pelo Centro Especializado de Doenças Infecto-Parasitárias - CEDIP, ligado à Secretária de Saúde. A Secretaria de Educação informou que a direção e a coordenação da escola sabiam da entrada dos materiais, mas não a forma como seriam utilizados.
O caso gerou repercussão nas redes sociais, e o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos (PSC), determinou o afastamento mesmo em viagem à Brasília-DF.
Ele se disse indignado com a situação.
A secretária de Educação de Cascavel, Márcia Baldini, afirmou que soube do fato na manhã desta Terça-feira e convocou a professora para uma reunião no fim da tarde.
O afastamento, segundo ela, é por tempo indeterminado.
Márcia explicou que há na grade de ensino a previsão de noções básicas sobre os temas trabalhados pela professora, mas considerou que a forma como o assunto foi tratado não é adequada para a idade das crianças.
Para ela, a utilização dos objetos seria para adolescentes acima de 12 anos. Ela também pediu para que as imagens fossem retiradas da rede social.
No fim da tarde, a professora desativou o perfil na rede social.
Ainda de acordo com a secretária, os pais dos alunos serão convocados para uma reunião com a direção e a coordenação da escola.
O que diz a professora
A professora Grasiela Ivana Passarin afirmou que "não vê problemas em abordar o assunto" da forma como fez e considerou o afastamento um equívoco.
Segundo ela, o projeto de prevenção existe há 20 anos.
"Há um planejamento, uma conversação sempre. Em nenhum momento, por exemplo, recebi a visita da secretaria. Estou muito tranquila"
Disse.
Grasiela se disse aberta ao diálogo, mas que teme "informações distorcidas e equivocadas" sobre a situação.
"Há um discurso de muita violência"
Afirmou.
MP vai analisar o caso
A promotora Simone Lorens, que cuida da proteção a crianças e adolescentes, disse que será instaurado um procedimento para analisar o caso e verificar se houve alguma irregularidade na publicação das imagens das crianças em redes sociais ou na abordagem pedagógica para a faixa etária dos alunos.
Segundo ela, caso sejam comprovados atos ilícitos, serão aplicadas sanções previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA ou até encaminhamento para a esfera criminal.
Com Informações de: G1.
Com Informações de: G1.
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