Segundo o delegado, Angelina confessou que dopou Mara com álcool, enforcou ela com fio de metal. Autora do crime está no presídio.
O corpo de Mara Cristina Ribeiro da Silva, de 23 anos, foi enterrado por volta das 10:00 horas da manhã desta Quarta-feira (181017), em João Pinheiro-MG, no Noroeste de Minas Gerais.
A jovem, que estava grávida de oito meses, foi encontrada morta nesta Terça-feira (181016) e teve o bebê roubado do ventre.
Angelina Ferreira Rodrigues, de 40 anos, confessou o crime e já está no presídio da cidade juntamente com o marido, suspeito de envolvimento no caso. Apesar de a mulher dizer que agiu sozinha, a Polícia Civil procura outros envolvidos.
A recém-nascida está estável em um Hospital de Patos de Minas-MG, no Alto Paranaíba, no Triângulo Mineiro.
O delegado Carlos Henrique Gomes Bueno informou na manhã desta Quarta que o casal foi encaminhado ao presídio de João Pinheiro na noite desta Terça-feira (181016).
O crime foi desvendado depois que Angelina chegou à Santa Casa de João Pinheiro com a recém-nascida, na Segunda-feira (181015), dizendo que havia tido um parto.
Depois ela contou que era mentira e esclareceu para a polícia sobre o desaparecimento da grávida. Mara Cristina Ribeiro foi encontrada morta no dia seguinte com um corte na barriga.
Detalhes sobre o crime
Em depoimento à Polícia Civil, a autora confessou o crime e negou a participação do marido e de uma terceira pessoa no caso, conforme ela havia dito na primeira versão dos fatos. Contudo, segundo o delegado, pela forma como a vítima foi morta existe a possibilidade de haver outros envolvidos.
“Ela confessou que atraiu a jovem para as margens da BR-040 e lá a dopou com álcool, enforcou ela com fio de metal, pendurou na árvore e abriu a barriga dela para tirar o recém-nascido,”
Informou Carlos Henrique.
Ainda em depoimento, conforme o delegado, a autora disse que percebeu que a jovem estava viva quando ela retirou a menina. O laudo da perícia sobre a causa da morte deve sair até o fim dessa semana, segundo a Polícia Civil.
Carlos Henrique disse que o casal deverá responder pelos crimes de homicídio qualificado, além do crime dar parto alheio como sendo de parto próprio – quando a pessoa tenta ter o filho violando o estado de filiação violando as regras normais.
A pena pode ser de até seis anos de reclusão além do crime de homicídio qualificado que seria mais de 12 a 13 anos.
Já a recém-nascida, que foi levada para o Hospital São Lucas, em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, passou por exames e o quadro de saúde é estável na manhã desta Quarta-feira. Um funcionário da unidade informou que o pai da criança irá para o hospital nesta Quarta-feira para acompanhá-la.
O casal também tem uma menina de um ano.
Familiares disseram que a criança está sob cuidados de uma tia e o pai.
Contato entre a jovem e a suspeita
Euza Ribeiro é tia da vítima e disse que o relacionamento entre Angelina Ferreira e a sobrinha se intensificou quando Mara soube que estava grávida.
“A mulher sempre sonhou em ter uma menina e quando ela viu que minha sobrinha engravidou ela começou oferecer ajuda. Emprestou dinheiro para fazer ultrassom e ontem falou que iria comprar o enxoval para ajudar”
Contou.
Investigação
De acordo com a Polícia Civil a mulher falava que estava grávida, o que não se confirmou através dos exames que foram feitos nesta Terça-feira.
“Acreditamos que ela possa ter premeditado este crime, agindo juntamente com o marido,”
Informou o delegado.
Com Informações de: JPAgora.
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