PESQUISA NESTE SITE:

13 julho 2018

MONTES CLAROS-MG - Pesquisa de universitários encontra bactérias fecais em alfaces e queijos vendidos em feiras

Coliformes e E. Coli foram detectados em amostras colhidas e indicam riscos de doenças caso haja consumo dos produtos crus e sem a devida higienização.

                Uma pesquisa desenvolvida por acadêmicos do curso de Farmácia de uma faculdade de Montes Claros-MG detectou a presença de bactérias, geralmente encontradas nas fezes de mamíferos, em produtos comercializados nas principais feiras livres da cidade. 

                As amostras de alfaces e queijos colhidas pelos alunos estavam sendo vendidas nas feiras dos Bairro Major Prates, Bairro Santo Antônio, Bairro São José e Mercado Municipal Christo Raeff

                De acordo com a faculdade responsável pelo estudo, a presença de coliformes totais e Escherichia coli foi constatada.

                De acordo com a professora que liderou o experimento, a análise das feiras não é apenas para mostrar que existem erros no manuseio dos produtos, mas para avaliar a cadeia produtiva deles e como chegam até o consumidor. 

“Nós queremos avaliar desde a origem dos produtos até a chegada até à mesa do consumidor. A partir disso, foi possível que os alunos pontuassem os riscos de contaminação dos produtos escolhidos”
                Afirma a professora Mônica Durães, da disciplina de análise ambiental do curso de Farmácia.

                A alface e o queijo minas foram escolhidos por serem muito comercializados. A coleta dos materiais representa 10% das bancas das feiras livres em questão, escolhidas aleatoriamente, de acordo com os pesquisadores. 

                A detecção de bactérias fecais, para a professora do curso, tem relação com diversos fatores envolvidos no comércio e venda de hortaliças, desde a produção, acondicionamento, transporte e exposição durante a comercialização. 

                Segundo os estudos, a presença dessas bactérias representa grandes riscos. A meta é seguir as pesquisas, aumentando o número de amostras para realizar novas análises.

“Não é uma surpresa nosso estudo. 
A grande questão foi verificar que a única forma de tratamento em casa pode não ser suficiente e oferecer riscos. 

As bactérias existem no nosso intestino, mas a preocupação é que tenham outros patógenos, não analisados nos estudos, que possam ser encontrados junto às bactérias fecais. 

Escherichia Coli, por exemplo, só sobrevive em intestino de mamíferos. Se há contato deste produto com matéria de origem fecal, pode ter outros organismos patogênicos, é isso que ela [a bactéria] representa”
                Explica Mônica Durães.


                Para a médica infectologista, Cláudia Biscotto, as bactérias fecais encontradas na alface e queijo vendidos nas feiras envolvem riscos eminentes à saúde humana. Elas podem provocar doenças diarreicas, gastroenterite e doenças de pele, segundo a especialista. 

“Com certeza envolve um risco. São bactérias potencialmente patogênicas, podem vir a provocar doenças ao ser humano. No queijo, é bem mais complicado, principalmente se a produção não tem vigilância, se é comercializada sem rótulo e sem carimbo”
                Diz a médica.

                Para a infectologista, alguns cuidados a serem tomados pelo consumidor podem garantir que o produto não seja digerido com as bactérias apontadas. 

“O ideal é que não fossem consumidos crus, que fossem cozidos. O cozimento anula os efeitos da bactéria. No caso da alface, a simples limpeza com água sanitária e vinagre elimina a bactéria. São coisas simples que podem garantir que a pessoa não adoeça comendo o que comprou nas feiras”
                Afirma Biscotto.

                A especialista afirma, ainda, que não significa que produtos vendidos em feiras livres sejam ruins, apenas que requerem higienização, assim como hortaliças e frutas compradas em supermercados. 

“Todo alimento comprado que você vai consumir cru, como frutas de cascas e legumes, deve ser higienizado antes do consumo. É necessário que se lave com água corrente e que deixe de molho com água sanitária ou vinagre”
                Explica Cláudia Biscotto.

                O G1 fez contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Montes Claros, responsável pela manutenção das feiras, e com um dos responsáveis pela Vigilância Sanitária do município. 
                Até esta publicação, ninguém comentou o assunto.

                Com Informações de: G1.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário!
Seu nome e sua cidade são indispensável

JISOHDE FOTOGRAFIAS

JISOHDE FOTOGRAFIAS