Guilherme Silva Fraga, procurado também por roubo a banco e sequestro, tinha dois aparelhos cadastrados com o CPF do presidente da República.
A Polícia Civil de Minas Gerais anunciou nesta Quarta-feira (180502) ter prendido o homem acusado de matar um delegado e de sequestrar o gerente de um banco na Bahia, além de roubar outras instituições financeiras.
O suspeito, Guilherme Silva Fraga, de 27 anos, foi localizado em Montes Claros-MG na semana passada, durante operação conjunta com a polícia baiana. Com ele, foram apreendidos dois aparelhos de celulares cadastrados no nome do presidente da República, Michel Temer (MDB-SP).
O suspeito não contou como obteve os dados do emedebista, mas a polícia acredita que as informações tenham sido usadas com a intenção de dificultar a obtenção de escuta dos aparelhos.
“Talvez achassem que assim o juiz não autorizasse a interceptação dos celulares”
Explicou o delegado Herivelton Ruas Santana, de Montes Claros.
De acordo com a polícia, o uso dos dados não ocasiona prejuízos diretos a Temer.
O suspeito foi pego no Bairro Sagrada Família, em Montes Claros, e a prisão não foi divulgada de imediato para não atrapalhar o monitoramento a outros integrantes da quadrilha.
Policiais acreditam que Fraga participou do sequestro de um gerente do Banco do Brasil em Barra da Estiva-BA e do assassinato do delegado da cidade, Marco Antônio Torres, assassinado em Abril enquanto investigava as ações do grupo. Os criminosos também estariam envolvidos em ataques a carros-fortes e caixas eletrônicos.
Segundo o delegado, um carro usado nos crimes foi apreendido com o suspeito. Além disso, um de seus comparsas foi preso em São Paulo, enquanto outro morreu em confronto com a polícia.
A localização deles se deu através de grampos telefônicos.
Guilherme Fraga já soma uma extensa ficha policial que inclui sequestros e ataques a bancos.
Na agenda dele estavam anotados o CPF e o nome completo do presidente, Michel Miguel Elias Temer Lulia. Celulares com chips cadastrados em nome de Temer e do prefeito de Feira de Santana-BA, José Ronaldo de Carvalho (DEM), também teriam sido usados por outros integrantes da quadrilha.
Com Informações de: G1.
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