União se comprometeu a zerar a Cide, trocar reajustes diários de diesel por revisões mensais e reduzir em 10% o preço desse combustível.
Após um dia inteiro de negociações entre representantes dos caminhoneiros e ministros do governo federal, nesta Sexta-feira (180524), as partes costuram um acordo para pôr fim à greve da categoria, que durou quatro dias, prejudicou o abastecimento de carros, ônibus e até aviões comerciais; impediu a distribuição de alimentos e prejudicou o funcionamento regular de serviços essenciais, como hospitais e transporte público.
De acordo com o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o governo se comprometeu a reduzir a zero a alíquota da Contribuições de Intervenção do Domínio Econômico - CIDE e manter a redução de 10% no preço do diesel, anunciada na Quarta-feira (180523) pela Petrobras, pelos próximos 30 dias.
Além disso, os reajustes do preço do diesel nas refinarias poderão ocorrer de 30 em 30 dias, contrariando a política da Petrobras de reajustes diários. Segundo o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, a Petrobras, voluntariamente, vai garantir a manutenção do preço atual por 15 dias, e o governo arcará com o impacto da manutenção do preço por mais 15 dias, garantindo que ele continuará o mesmo por 30 dias no total.
A estimativa do Planalto é de que o custo da medida fique em R$350.000.000,00.
O governo também se comprometeu a reeditar em 1º de junho a tabela de referência do valor de frete cobrado pelos caminhoneiros, bem como mantê-la atualizada trimestralmente pela ANTT. Além disso, não haverá remuneração da folha de pagamento do setor de transporte rodoviário de cargas e a União extinguirá as ações de reintegração de posse movidas contra os grevistas, cujo objetivo era a desobstrução das rodovias do país.
Confira a íntegra do acordo:
Gasolina fica como está
A longa negociação, contudo, não teve impacto sobre o preço da gasolina e seus sucessivos reajuste. Nenhuma medida sobre o combustível que abastece a maior parte da frota particular no país foi anunciada.
“O preço do diesel na refinaria está fixo. É nossa referência. Estamos falando apenas do diesel. Então, a cada mês, faremos ajuste e teremos votação orçamentaria para fazer frente a essa questão orçamentaria”
Disse Eliseu Padilha.
“O governo interveem quando o assunto é o preço na bomba compatível a realidade do brasileiro. Até a refinaria, a Petrobras trata das políticas”
Disse o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun.
ABECAM mantém paralisação
Nove entidades aceitaram os termos do governo federal. A Associação Brasileira dos Caminhoneiros - ABECAM, que reúne cerca de 700.000 caminhoneiros, e a União Nacional dos Caminhoneiros - UNICAM não concordaram com a proposta e se retiraram, durante a tarde, da negociação.
A primeira já afirmou para seus associados, a greve continua.
Com Informações de: Metrópoles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário!
Seu nome e sua cidade são indispensável