Supremo analisa se aceita denúncia oferecida há mais de 10 meses por Rodrigo Janot com base na delação de executivos da J&F.
Alvo de sete inquéritos no Supremo Tribunal Federal - STF, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) terá um deles julgado pelos ministros da Corte nesta Terça-feira (180417).
A investigação apura suposto pedido de propina no valor de R$2.000,00 feito pelo parlamentar a Joesley Batista, executivo da J&F.
Caso a denúncia seja aceita na sessão desta tarde, o tucano passará a ser réu no caso pelos crimes de corrupção e obstrução de justiça.
Também estão implicados Andrea Neves, irmã do senador, Frederico Pacheco, primo do político, e o ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (MDB-MG) Mendherson Souza Lima, flagrado com dinheiro vivo.
Os três foram acusados de corrupção passiva.
Com base na denúncia, apresentada há mais de 10 meses pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Aécio solicitou a Joesley, em conversa gravada pela Polícia Federal - PF, propina em troca de sua atuação política.
O senador nega os crimes.
Segundo o advogado Alberto Toron, o tucano foi “vítima de uma situação forjada, arquitetada por criminosos confessos que, sob a orientação do então procurador Marcelo Miller, buscavam firmar um acordo de delação premiada fantástico”.
Em artigo publicado nessa Segunda-feira (180416) no jornal Folha de S. Paulo, Aécio Neves afirma:
“Fui ingênuo, cometi erros e me penitencio diariamente por eles. Mas não cometi nenhuma ilegalidade”.
O senador discorre sobre os motivos que o teriam levado a aceitar os R$2.000.000,00. E admite ter errado em receber o dinheiro do empresário.
“Mas não cometi nenhum crime. Não houve nenhum prejuízo aos cofres públicos. Ninguém foi lesado”
Diz.
Taquicardia
Na última Quinta-feira (180412), Aécio foi internado após sintomas de taquicardia e insuficiência respiratória, segundo fontes ouvidas pelo Metrópoles.
Conforme afirmou a assessoria de imprensa do mineiro, por meio de nota, a ida ao hospital se deu apenas para “exames de rotina” e que o parlamentar passava bem.
Outros inquéritos
Além da investigação sobre os R$2.000.000,00, outros seis inquéritos apuram supostos repasses de propinas a Aécio Neves e dizem respeito às delações da Odebrecht e da J&F.
Em todos, a Procuradoria-Geral da República - PGR pediu prorrogação de prazo entre Fevereiro e Março deste ano. Em nenhum deles, houve apresentação de denúncia até o momento.
Com Informações de: Metrópoles.
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