Segundo a Subsecretaria do Sistema Penitenciário - SESIPE, um interno da PDFII teve parada cardíaca no posto médico da unidade.
Mais um preso do Complexo Penitenciário da Papuda morreu. Segundo a Subsecretaria do Sistema Penitenciário - SESIPE, na tarde de Quinta-feira (180118) um interno da PDF II teve uma parada cardíaca no posto médico da unidade, enquanto recebia curativo de rotina em um ferimento nas costas, pois é cadeirante.
Ele foi levado para uma Unidade de Pronto-Atendimento - UPA, mas não resistiu. Trata-se do quarto detento da unidade prisional morto em um período de apenas 18 dias.
As mortes de detentos da penitenciária são investigadas pela Gerência de Inteligência da SESIPE e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios - MPDFT.
Embora as primeiras alegações sejam de óbitos por infarto ou parada cardíaca, fortes indícios apontam que os presos tenham sido assassinados.
Entre agentes penitenciários e familiares dos prisioneiros, a hipótese levantada para as mortes é de que os detentos tenham desenvolvido uma técnica para mascarar as causas dos falecimentos.
O método consistiria em fazer as vítimas ingerirem grande quantidade de água para depois atacá-las com um “mata leão”. Assim, os alvos têm parada cardíaca, provocada pela asfixia, que em um primeiro momento se confunde com morte natural.
Transferido para a UPA
Segundo a pasta, o interno da PDF II morto nesta Quinta-feira (180118) foi reanimado e transferido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU à UPA de São Sebastião-DF.
Um médico da unidade prisional o acompanhou.
Na UPA, após ser internado, ele teve outras duas paradas cardíacas e não resistiu.
A SESIPE, por meio de procedimento administrativo interno, vai verificar as circunstâncias do ocorrido. A 30ª Delegacia de Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso.
O nome do interno não foi divulgado.
Ele, entretanto, não foi o único preso da Papuda a morrer nesta Quinta-feira. Na Ala A, no bloco 6, do Centro de Detenção Provisória - CDP, Tiago Miranda também veio a óbito, em circunstâncias ainda não explicadas.
O Metrópoles apurou que os detentos fizeram barulho pedindo ajuda por volta das 2:00 horas. Quando os agentes penitenciários chegaram ao local, o homem de 27 anos estava deitado no chão.
Outros presos tentaram reanimá-lo, sem êxito.
Thiago Miranda era natural do Maranhão. Ele já tinha uma condenação no estado por tráfico de drogas e também era investigado pela Polícia do DF por participação em outros crimes.
A Subsecretaria do Sistema Penitenciário, em nota, explicou que o SAMU foi chamado e fez o procedimento de reanimação. No entanto, não obteve sucesso. Segundo o órgão, o detento estava na unidade prisional desde o dia 12 de Dezembro de 2017 pelo crime de tráfico de drogas.
“A família do custodiado já foi avisada sobre o óbito”
Informou.
Outros casos
Entre os dias 31 de Dezembro de 2017 e 1º de Janeiro de 2018, dois detentos da Papuda morreram no interior de celas. A última morte ocorreu na noite de segunda-feira (180101), também no bloco 6 do CDP.
O preso tinha 40 anos.
Ele sofreu um infarto fulminante.
Agentes penitenciários acionaram o Serviço Móvel de Urgência - SAMU e o Corpo de Bombeiros, mas o atendimento não chegou a tempo de salvar a vida do interno.
A primeira morte ocorreu também no CDP, na noite de Domingo (171231), véspera de Ano-Novo.
O preso, de 24 anos, estava em regime provisório e teve uma parada cardíaca. Ele passou mal na cela, com sintomas de falta de ar, mas o socorro não teria chegado a tempo.
O detento começou a cumprir pena em 2017 pelo crime de tráfico de drogas.
Com Informações de: Metrópoles.
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