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05 novembro 2020

BRASIL - Missão interministerial leva atendimento médico e duas toneladas de insumos a indígenas do extremo Norte do país


                Trinta militares profissionais de saúde, das mais diversas especialidades, embarcaram com destino às terras indígenas do Alto Juruá, no Estado do Acre. A ação interministerial, no contexto da Operação Covid-19, envolve os Ministérios da Defesa e Ministério da Saúde e vai apoiar 18.000 índios dos polos bases de Tarauacá, Feijó, Jordão, Marechal Thaumaturgo e Mâncio Lima
                As atividades ocorrem no período de 02 a 12 de Novembro.

                Na aeronave C-105, da Força Aérea Brasileira, foram embarcadas mais de duas toneladas de equipamentos de proteção individual, vacinas, medicamentos e testes para detectar a Covid-19 e a malária.


                Essa é mais uma ação para fortalecer o atendimento de saúde na região amazônica brasileira e, principalmente, reforçar a atenção à população indígena no enfrentamento ao novo coronavírus. A missão é realizada com o suporte logístico do Ministério da Defesa, mediante o emprego da Força Aérea, do Exército Brasileiro e da Marinha do Brasil.

                Antes do embarque, a fim de motivar as equipes de saúde, o Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, General Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, ressaltou o desafio da missão. Para o General, o esforço conjunto é bastante importante, uma vez que atende uma solicitação de apoio aos indígenas do Supremo Tribunal Federal.

“Contamos com uma equipe de saúde multidisciplinar reforçada e com uma quantidade importante de insumos, portanto, eu acredito que estamos preparados e vamos fazer a diferença quando chegarmos à região do Alto Juruá. No entanto, devido à logística da região, no extremo norte do país, não será uma ação fácil. Todos serão fisicamente muito exigidos”
                Disse.


                Em sua quarta missão em apoio a indígenas, a Capitão Fernanda Silva Dalcolmo Cunha, ginecologista do Hospital das Forças Armadas, afirma que a ação será desafiadora. 

“Já tenho experiência em operações semelhantes em Roraima e no Amazonas, entretanto, na atividade em Alto Juruá vamos ampliar os atendimentos, levando especialistas de saúde para pequenas cidades da região. Estamos motivados e com muita vontade de começar logo o trabalho”
                Declarou.

                Apesar de embarcar para sua primeira operação, o Primeiro-Tenente Igor Brito Pequeno, radiologista do Hospital das Forças Armadas, compartilha o mesmo sentimento da Capitão. 

“É a primeira missão que eu participo, portanto, a expectativa é grande. No entanto, vou procurar tentar me esforçar ao máximo no apoio às comunidades indígenas, levando um atendimento humanitário com diagnósticos precisos”
                Pontuou.


                A Capitão de Fragata Daniella Silva Nogueira, do Hospital Naval de Brasília atuará no âmbito da coordenação assistencial da missão. A militar sublinha o caráter especial da operação no extremo norte do país, uma vez que naquela região o isolamento das tribos é relativamente mais significativo, quando comparado com regiões indígenas socialmente mais integradas.

“Participei de uma missão no Mato Grosso do Sul, no entanto, a região era muito ocidentalizada. Vimos muitas patologias crônicas, como hipertensão e diabetes, que não são comuns em comunidades indígenas. Por isso, considerando o fato de que as aldeias do Alto Juruá são mais isoladas, essa missão desperta a curiosidade em descobrir qual será nossa real atuação quando iniciarmos os trabalhos”
                Enfatizou.

                Os militares embarcados pernoitaram a noite de Segunda-feira (201102) na Base Área de Manaus-AM. Nesta Terça-feira (201103), os profissionais de saúde embarcaram na aeronave C-105 da Força Aérea Brasileira para o município de Tarauacá, no Acre, onde serão transportados para a Base de Feijó, por via terrestre. O acesso às comunidades indígenas mais distantes será realizado por meio de dois helicópteros, Black Hawk e Jaguar, do Exército Brasileiro.

Operação Covid-19

                O Ministério da Defesa ativou, em 20 de Março, o Centro de Operações Conjuntas, para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas no combate ao novo Coronavírus. Nesse contexto, foram ativados dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE, de funcionamento permanente. A iniciativa integra o esforço do governo federal no enfrentamento à pandemia.

                As demandas recebidas pelo Ministério da Defesa, de apoio a órgãos estaduais, municipais e outros, são analisadas e direcionadas aos Comandos Conjuntos para avaliarem a possibilidade de atendimento. 

                De acordo com a complexidade da solicitação, tais demandas podem ser encaminhadas ao Gabinete de Crise, que determina a melhor forma de atendimento.

                Por: Tenente Otavio
                Fotos: Soldado Soares/MD e Cabo A. Pardo/FAB.

                Com Informações de
MINISTÉRIO DA DEFESA - BRASIL.

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