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24 janeiro 2020

POÇOS DE CALDAS-MG - Após três anos, polícia conclui que maquiadora foi morta por noivo em cachoeira

Na época, suspeito disse que casal estava fazendo fotos quando ele escorregou e ela teria tentado ajudar. Polícia não encontrou selfies no celular e homem foi preso nesta Quarta-feira (22) em Poços de Caldas.


               Após três anos, a Polícia Civil concluiu que a maquiadora Daniele Aparecida Capelari Plachi, de 33 anos, foi morta pelo então noivo, Cássio Ribeiro, em uma cachoeira de Bandeira do Sul-MG

               O caso aconteceu em Novembro de 2016 e era investigado desde então, até que o inquérito foi concluído como feminicídio com qualificação por afogamento. 
               O suspeito foi preso nesta Quarta-feira (200122).

               Cássio e Daniele, que eram de Poços de Caldas-MG, estavam a passeio na cidade quando ela se afogou. Na época, o noivo chegou a dizer que ele escorregou primeiro e que quando conseguiu sair de dentro da água, a noiva já havia desaparecido na cachoeira. Ele também disse acreditar que ela teria tentado salvá-lo quando foi levada pela correnteza.

               O corpo de Daniele só foi encontrado no dia seguinte, após buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros. O irmão da vítima, no entanto, contestou a versão e disse que ela não sabia nadar e que poderia ter escorregado em vez de entrar propositalmente na água.

Investigações

               Na época, o noivo disse também que eles tinham feito duas selfies no celular momentos antes dela cair e ser levada pela água. O aparelho também ficou molhado e foi levado para perícia, para que a polícia pudesse tentar recuperar as imagens para análise.

               Agora, segundo o delegado Tales de Souza Moreira, a perícia e a equipe responsável pela investigação, "por meio dos elementos obtidos, incluindo diversos depoimentos, laudos periciais e reconstituição dos fatos", conseguiu apontar contradições nos relatos e depoimentos do noivo.

               Segundo nota divulgada pela polícia, a investigação mostrou que o relacionamento dos dois "era conturbado e que o investigado seria ciumento e possessivo".

"Além disso, o celular da vítima foi periciado no Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais - PCMG e não foram encontradas 'selfies' do casal, como alegado pelo investigado. Diversas outras contradições levaram à conclusão pelo homicídio e não apenas um acidente"
               Afirmou o delegado.

Indiciamento


               Com o inquérito finalizado, Cássio Ribeiro foi indiciado por feminicídio, qualificado pelo afogamento. O suspeito foi localizado e preso em um bar em Poços de Caldas nesta Quarta-feira e depois levado para o presídio da cidade. 
               O processo foi encaminhado à Justiça.

               O G1 tenta contato com a defesa de Cássio Ribeiro, mas até esta publicação não havia obtido retorno.

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Matéria Relacionada - 01.973 de 161121.

               Com Informações de: G1.

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JISOHDE FOTOGRAFIAS

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