Aeroporto tem sido alvo de ataques, e as duas partes envolvidas no conflito líbio acusam uma a outra de terem violado os acordos.
Seis foguetes caíram nesta Quarta-feira (200122) no Aeroporto de Mitiga, em Trípoli, capital da Líbia, denunciaram forças governistas. Por causa da ação, todos os voos no terminal, o único em funcionamento da cidade, ficaram suspensos.
Com a paralisação do aeroporto, aviões vindos da Tunísia tiveram que pousar em Misrata, a 200 quilômetros a Leste. Não há registro de vítimas na ação.
Mohamad Gnunu, porta-voz as forças leais ao Governo da União Nacional - GNA, sigla em inglês, reconhecido legítimo pela Organização das Nações Unidas, disse que o ato constituiu uma ameaça à segurança do tráfego aéreo e uma violação ao cessar-fogo em vigor desde 12 de Janeiro.
O conflito na Líbia preocupa líderes mundiais porque diferentes países apoiam lados opostos no confronto, a Turquia apoia o GNA, enquanto a Rússia está com o autointitulado Exército Nacional Líbio - LNA, sigla em inglês.
Recentemente, líderes mundiais estiveram em Berlim, na Alemanha, para discutir uma solução para o conflito líbio e concordaram em reforçar o embargo de armas ao país africano.
Crise na Líbia
Desde o início de uma ofensiva das forças do marechal Khalifa Haftar para tomar Trípoli em 4 de Abril, o aeroporto tem sido alvo de ataques aéreos e foguetes atribuídos ao pró-Haftar. Eles acusam o GNA, liderado por Fayez al-Sarraj e reconhecido pelas Nações Unidas, de usar uma parte do aeroporto para fins militares.
O tráfego aéreo em Mitiga foi retomado em meados de Dezembro, após três meses de suspensão. O local era originalmente uma base militar antes de ser aberta ao tráfego civil para substituir o Aeroporto Internacional de Trípoli, que sofreu sérios danos durante a violência em 2014.
O cessar-fogo na região da capital líbia é globalmente respeitado, mas as partes em conflito se acusam mutuamente por violações.
O ataque ao aeroporto coincidiu com o anúncio de uma reunião, na Quinta-feira, entre os chefes das diplomacias de Tunísia, Egito, Sudão, Chad, Níger e Mali para encontrar uma solução política para a Líbia.
Os ministros tratarão de ajudar "os irmãos líbios a solucionar a crise sem qualquer ingerência", segundo as autoridades argelinas.
Argel não informou se as delegações líbias foram convidadas, mas o chefe da diplomacia do GNA, Mohamad Taher Siala, declarou que não participará para protestar contra a "presença" do representante do governo de Haftar.
Com Informações de: G1.
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