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19 novembro 2019

ASA NORTE-DF - Professor que pediu redação sobre 'sexo oral e anal' a alunos vai ser ouvido pela polícia

Diretor do CEF 104, da Asa Norte, e cinco famílias registraram queixa contra educador. 'Investigação está como prioridade', diz delegado.


                A Polícia Civil do Distrito Federal vai ouvir o 'professor' de português que foi afastado após usar expressões de sexo explícito durante aula a alunos do 6º ano

                A informação foi confirmada ao G1 pelo delegado da 2ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte-DF, Laércio Rossetto, nesta Terça-feira (191119).

                Segundo o delegado, os investigadores reúnem as provas necessárias para analisar o caso. 
                Em seguida, o professor deve ser chamado a depor.

"A investigação está como prioridade na 2ª DP"
                Afirmou.

                O caso ocorreu no Centro de Ensino Fundamental - CEF 104 da Asa Norte, na última Quarta-feira (191113). À ocasião, o professor Wendel Santana, de 25 anos, pediu para que os estudantes elaborassem uma redação sobre "sexo oral e anal"
                Ele usou o quadro para escrever as palavras debatidas ao propôr o trabalho para os estudantes (veja imagem acima).

                O diretor da escola e pelo menos cinco famílias registraram queixa contra o educador na Polícia Civil.

"O professor de português do 6º ano havia ministrado aula com conteúdos e palavreados completamente inadequados e fora do currículo escolar"
                Diz a ocorrência.


Ministério Público

                O caso está sendo investigado também pelo o Ministério Público do Distrito Federal - MPDFT. De acordo com o MP, o inquérito corre em sigilo para preservar o andamento das investigações e porque envolve menores de idade.

"A Promotoria de Justiça de Defesa da Educação - PROEDUC apura os fatos ocorridos no Centro de Ensino Fundamental 104, da Asa Norte, que resultaram no afastamento de um professor"
                Diz o MP.

Reclamações

                A aula com expressões de sexo explícito foi ministrada a alunos entre 11 e 12 anos. Estudantes que estavam na turma se sentiram incomodados e fotografaram o conteúdo escrito pelo docente na lousa. 
                Também gravaram áudios durante a aula e mostraram para os responsáveis.

                A corretora de seguros Vanessa Damares, mãe de um dos estudantes, disse que ficou chocada com o conteúdo apresentado pelo professor.

"Primeiro que aquilo ali não é educação sexual. Eu acho que aquilo é pornografia, uma coisa vulgar coisa que criança nenhuma merece passar."

                Uma outra mãe de aluno, a administradora Adriana Sarino afirmou que o filho não conhecia as expressões antes do educador apresentá-las em sala. 

"Fiquei perplexa porque o meu filho só tem 12 anos e dessas palavras quase nenhuma ele conhecia ainda"
                Afirmou Adriana.

O que diz o professor


                Após a divulgação do episódio, a Secretaria de Educação do DF informou que o professor era temporário e que ele foi mandado embora.

                À reportagem, Wendel Santana, de 25 anos, reconheceu que escreveu expressões de conotação sexual no quadro da escola e disse que a ideia era mostrar a diferença entre maneiras formais e informais de falar sobre sexo.

                Ele disse ainda que "não recebeu treinamento adequado"
                Segundo Wendel, não houve qualquer instrução por parte da escola e o que propôs foi um exercício de linguagem.

"A linguagem que eles trazem pra mim é uma linguagem totalmente informal. Foi isso que eu vi. O exercício que eu propus foi trazer essa informação de linguagem informal e adaptá-la para uma linguagem formal, que é a linguagem da educação de fato"
                Afirmou Wendel.

                Com Informações de: G1.

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