Aluna está no último período do curso de Direito. Por causa do tratamento, ela não consegue frequentar as aulas.
A estudante de Direito Elizabeth Cristina Almeida, de 22 anos, pode ser reprovada no último período do curso por não conseguir frequentar as aulas. A jovem foi diagnosticada com câncer no sistema linfático em Agosto deste ano. Segundo ela, desde então a faculdade particular em que ela estuda em Uberlândia-MG não permite que ela faça trabalhos em casa ou no hospital.
Apesar de estar debilitada por conta do tratamento, Elizabeth busca realizar o sonho de se tornar advogada. O decreto Lei 1044 de 1969 garante tratamento excepcional a pessoas em situações como esta. De acordo com a advogada Mariana Evangelista, que representa a aluna, todos os trâmites legais foram realizados, mas a faculdade não quis entregar os protocolos.
“Quando eu fui fazer a notificação extrajudicial, a pessoa responsável por receber essa notificação não quis assinar e nem me deu nenhum protocolo. Todos os pedidos que eu fiz, requerimentos internos, protocolei os atestados, toda a documentação da Elizabeth e eles não quiseram me dar um protocolo”
Afirmou a advogada.
Já a instituição afirma que nenhuma notificação extrajudicial e nenhum outro documento foi protocolado.
“Ela não fez nenhuma solicitação por meio oficial à instituição. Não existe nenhum requerimento pelos meios oficiais, da aluna solicitando atendimento em regimento especial. Então, não tem como isso ter sido negado. Todas as solicitações da aluna que foram feitas por meios não oficiais, foram atendidas prontamente”
Informou a diretora de comunicação institucional da faculdade, Helen Novaes.
Apesar da decepção, Maria Aparecida Souza, mãe de Elizabeth, afirma que o sonho da filha de se formar permanece.
“Era o sonho dela estudar nesta instituição. Ela podia ter feito qualquer uma outra, mas ela se dedicou aqui, pois a instituição sempre foi considerada a melhor e ela queria fazer a melhor. E agora ela se sente um pouco decepcionada porque ela está tendo que lutar para terminar os estudos”
Disse.
Nesta Segunda-feira (191018), uma audiência pública será realizada na sede do Ministério Público de Minas Gerais - MPMG com representantes da instituição de ensino e representantes da estudante.
Apoio
O caso de Elizabeth ganhou repercussão e apoio de colegas de turma e da faculdade nas redes sociais.
“A Elizabeth participou de todo o processo do nosso projeto de graduação. Quem trouxe a ideia do tema do projeto da empresa foi ela. Ela é muito prestativa, é uma aluna muito boa, ela nunca deu nenhum trabalho para a instituição”
Disse Ana Cristina Stoco, representante da turma.
Em vídeo divulgado, Elizabeth agradece o apoio que tem recebido. Assista AQUI.
Com Informações de: G1.
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