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15 agosto 2018

MONTES CLAROS-MG - Professora de curso técnico do Instituto Federal é denunciada por injúria racial

Boletim de ocorrência foi registrado por aluno e caso será investigado. Segundo instituto, professora é concursada e já foi denunciada pelo mesmo crime em 2017.

                A conduta de uma professora será apurada depois que um aluno do terceiro ano do Curso Técnico de Informática do Instituto Federal do Norte de Minas - IFNMG registrou um boletim de ocorrência por injúria racial, em Montes Claros-MG, e procurou a coordenação do curso integrado ao Ensino Médio

               De acordo com o Diretor-Geral do Campus, a professora é concursada e já foi denunciada pelo mesmo crime em 2017. O processo administrativo para investigar a denúncia foi instaurado no início da tarde desta Quarta-feira (180815).

"O relato inicial que temos é que, em função do sol, os alunos decidiram o lado que jogariam na quadra com a brincadeira de 'par ou impar'. E quando o aluno negro perdeu, a professora disse que a natureza era justa por ter mandado os negros para a África, onde tinha sol, e os brancos para onde não tinha sol; houve uma discussão, que continuou com comentários políticos, e os alunos oficializaram o fato, tanto na Polícia Militar quanto na coordenação do curso. É importante dizer que nós tomamos as primeiras providências e iremos ouvir todos os envolvidos, incluindo as testemunhas"
               Explicou o diretor ao G1, por telefone.
 
               O boletim de ocorrência foi registrado na Quinta-feira (180809).

               Na primeira vez que a professora foi denunciada uma sindicância também foi instaurada. Na época, uma aluna se sentiu ofendida por comentários racistas e aceitou a retratação formal da professora, e o procedimento foi finalizado, segundo o diretor.

"É preciso ressaltar que esta postura não condiz com a Instituição nem com os demais professores que trabalham pautados pela inclusão, equidade e respeito a todos. Foi um fato isolado e que nós iremos apurar. Lamentamos muito o ocorrido"
               Concluiu.

               O G1 não conseguiu localizar a professora para ouvir a defesa dela.

Nota de Repúdio


               O Núcleo de estudos, pesquisa e extensão afro-brasileiros e indígenas - NEABI, do Instituto, escreveu uma nota de repúdio. 

               No documento, o núcleo diz que 'o caso representa a infeliz realidade, diária, vivida por grupos socialmente excluídos em nossa sociedade; vivência que torna os espaços públicos, inclusive o ambiente educacional, ainda permeado pelo desrespeito à diversidade e o ódio classista e racista que remonta a estrutura social, perversa e histórica dos 300 anos de escravidão deste país (...)".

               O documento também ressalta a atitude do aluno, que "rompeu o silêncio que envolve o racismo, o preconceito e a discriminação raciais que imperam nas instituições educacionais (...)".

               A nota finaliza dizendo que o "NEABI repudia quaisquer manifestações racistas e preconceituosas e reafirma seu compromisso com a liberdade e diversidade (...)".

               Com Informações de: G1.

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