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24 janeiro 2018

BRASÍLIA-DF - Protesto cobra prisão dos mandantes do crime Chacina de Unaí

Réus aguardam o julgamento dos recursos em liberdade; processo dura 14 anos. Ato em frente ao TRF-1 foi marcado pelo lançamento de 14 mil balões pretos.

                Auditores fiscais e familiares participaram de um protesto nesta Quarta-feira (180124) na sede do Tribunal Regional Federal da 1ª Região - TRF-1, em Brasília-DF, onde serão julgados os recursos do caso dos quatro servidores do Ministério do Trabalho assassinados em Unaí-MG em 2004.

                Os manifestantes pediram a prisão dos mandantes da chacina, que continuam livres. O ex-prefeito de Unaí Antério Mânica, seu irmão Norberto, Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro foram julgados e condenados em 2015. Somadas, as penas ultrapassam 220 anos, mas eles recorrem em liberdade.

                O ato foi marcado pelo lançamento de 14.000 balões pretos, em lembrança aos 14 anos do crime. Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho - SINAIT, cerca de 100 pessoas participaram da manifestação, entre as quais duas das viúvas. 
                O ato começou por volta das 9:30 horas e terminou às 11:30 horas.

                Na Segunda-feira (180122), o presidente do SINAIT - Sindicato dos Auditores-fiscais, Carlos Silva, e a vice, Rosa Maria Campos Jorge, tiveram audiência com o presidente do TRF-1, desembargador Hilton Queiroz, e o relator do caso, Cândido Ribeiro, para cobrar rapidez no julgamento dos recursos, mas não receberam uma previsão de quando o caso será concluído.

                Os executores do crime foram condenados em 2013 e continuam presos, um deles em regime semiaberto há quase um ano.


Relembre o caso

                Em 28 de janeiro de 2004, os auditores fiscais do Ministério do Trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram assassinados em uma emboscada na região rural de Unaí. Eles investigavam denúncias de trabalho escravo na região. O episódio ficou conhecido como a chacina de Unaí.

                O processo tinha nove réus, mas Francisco Elder Pinheiro, acusado de ter contratado os matadores, morreu há dois anos; Humberto Ribeiro dos Santos, segundo a defesa, teve a pena prescrita.


Combate ao trabalho escravo

                Por causa da chacina de Unaí, o Ministério do Trabalho estabeleceu 28 de Janeiro como Dia do Auditor Fiscal do Trabalho e Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

                Nesta semana, o Sinait relançará o Movimento Ação Integrada - MAI, que reúne oito instituições que atuam no enfrentamento do trabalho escravo.

                Segundo dados do Ministério Público do Trabalho, mais de 50.000 trabalhadores foram resgatados no Brasil desde 1995.

                Com Informações de: G1.

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