Menina ficou das 6:00 às 15:00 horas sem companhia. Ela disse aos bombeiros que mãe havia saído para trabalhar, que estava com fome e que o padrasto costumava deixá-la de castigo.
Uma criança de 4 anos foi encontrada sozinha dentro de casa no Recanto das Emas-DF, no Distrito Federal, nesta Terça-feira (180123) após uma denúncia anônima.
Segundo os bombeiros que fizeram o resgate, a menina estava desacompanhada havia dez horas.
A mãe vai responder por abandono de incapaz.
Com a porta destrancada, os militares entraram com facilidade na casa e encontraram a criança na sala. Ela pegou na mão da cabo Ludmila Maia, mostrou os cômodos e contou que a mãe havia saído para trabalhar "lá lonjão".
A menina também disse que o padrasto costumava deixá-la de castigo.
"Ele me bate e me põe no feijão.
Em cima do feijão."
Sozinha desde as 6:00 horas, ela disse que havia comido "bem cedinho" e que estava com fome; era por volta das 15:00 horas quando os bombeiros fizeram o resgate.
"A guarnição conseguiu uns biscoitos, umas bananas no comércio da frente e aí, assim que eu entreguei, ela começou a comer"
Disse Ludmila.
"Ela disse que ficava sempre sozinha, todos os dias."
A mãe da menina prestou depoimento na noite do mesmo dia e disse à Polícia Civil que tinha um "trato" com o avó para que cuidasse da filha. Ela informou que trabalha como cuidadora de idosos e que havia saído de casa às 6:30 horas.
No entanto, segundo a delegada responsável pelo caso, Luana Vaz, a avó negou que tivesse sido avisada. Ela, que já cuida de outros dois netos, disse que só ficou sabendo que a menina estava sozinha quando os policiais a procuraram.
"A gente tem um lapso temporal de dez horas que essa criança ficou sozinha. Mas ainda tem que se investigar se, em algum momento, outro adulto estaria responsável por ela que não a avó"
Afirmou a delegada.
A Polícia Militar informou que, ainda na Terça-feira, a criança foi deixada com a avó. O crime de abandono de incapaz tem pena que varia de 6 meses a três anos de prisão.
A punição pode ser aumentada em um terço quando há parentesco entre vítima e autor.
Com Informações de: G1.
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