PESQUISA NESTE SITE:

06 dezembro 2017

RIO CASCA-MG - ‘Agora é reconstruir’, diz morador que perdeu casa após chuva

Cerca de duas mil pessoas estão desalojadas na cidade. Chuva nesta Segunda-feira (171204) provocou destruição e prejuízos.

                Moradores de Rio Casca-MG, na Zona da Mata de Minas Gerais, contabilizavam os prejuízos e procuravam forças para recomeçar a vida nesta Terça-feira (171205) após o temporal que inundou a cidade e destruiu residências, comércios e equipamentos públicos.

“Agora é reconstruir. 
Vamos arrumar um jeito de fazer de novo. 
Não sei como”
                Afirmou o auxiliar de laboratório Edwilson Soares.

                Depois que a água baixou na cidade, moradores vasculhavam escombros para ver se recuperavam alguma coisa. 
                A enchente nesta Segunda-feira (171204) arrasou com tudo, e a lama tomou conta de ruas, calçadas... 
                Nenhuma porta conseguiu segurar a enxurrada.


                A Prefeitura decretou situação de emergência depois que o nível do Rio Casca, que dá nome à cidade subiu mais de dez metros. 
                Outras quatro cidades do estado também decretaram emergência.

                O comércio em Rio Casca só abriu nesta Terça-feira para limpeza e para jogar alimento estragado no lixo. A chegada de alimento na cidade também preocupa os moradores. 

“E agora, onde o povo vai alimentar. 
Não tem estrada. 
Está tudo bloqueado. 
Ah!, não tenho nem palavra. 
Está triste mesmo”
                Lamentou a cabeleireira Ledileuza Lemos Queiroz.

                Na oficina de Leonardo Romano da Silva, o prejuízo foi total. Dele e dos clientes que tinham deixado o carro para consertar. 

“Agora, é recuperar e ver o que que a gente, se os clientes entendem também. Não foi culpa da gente. 
Foi culpa da natureza. Tentar recuperar. 
Esperança a gente tem. A cidade aqui é uma cidade de um povo trabalhador. De um povo honesto, trabalhador e a gente vai. Todo mundo que tá perdendo as coisas, com certeza, vai conseguir dar a volta por cima. Tenho esperança disso. Deus vai garantir isso para gente”
                Disse Silva.

                Cerca de duas mil pessoas tiveram que sair de casa e estão desalojadas na cidade. Até o hospital está servindo de abrigo provisório. Uma ala da maternidade que estava desativada, agora é dormitório. 
                Foi a salvação de um tanto de gente que fugiu de casa só com a roupa do corpo.

“A gente estava atendendo o pessoal e chorando. 
A gente enxugava a lágrima para conseguir continuar conversando com as pessoas”
                Contou a recepcionista do hospital Ilma da Silva Vanderlei.


                A única certeza de Terezinha Paulino e do marido é que para antiga casa eles não voltam nunca mais. 

“Nós, quando saímos de lá, a água já estava aqui, quase que nós morria também. 
Ficou nada, nada. Perda total”
                Lembrou.

                Voluntários ajudam a distribuir roupa e comida. A cidade ficou sem energia elétrica e já está faltando água. No meio dessa situação desesperadora, tem gente que vê motivo para agradecer.

“Inexplicável a nossa situação. 
Inexplicável o que aconteceu aqui ontem. Se tivesse vindo à noite, tinha matado todos nós. 
Não salvava ninguém”
                Disse a dona de casa Marlene Martins Gomes.

                Até a noite desta Terça-feira, não havia registro de mortes por causa do temporal na cidade.

                Com Informações de: G1.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário!
Seu nome e sua cidade são indispensável

JISOHDE FOTOGRAFIAS

JISOHDE FOTOGRAFIAS