Cerca de duas mil pessoas estão desalojadas na cidade. Chuva nesta Segunda-feira (171204) provocou destruição e prejuízos.
Moradores de Rio Casca-MG, na Zona da Mata de Minas Gerais, contabilizavam os prejuízos e procuravam forças para recomeçar a vida nesta Terça-feira (171205) após o temporal que inundou a cidade e destruiu residências, comércios e equipamentos públicos.
“Agora é reconstruir.
Vamos arrumar um jeito de fazer de novo.
Não sei como”
Afirmou o auxiliar de laboratório Edwilson Soares.
Depois que a água baixou na cidade, moradores vasculhavam escombros para ver se recuperavam alguma coisa.
A enchente nesta Segunda-feira (171204) arrasou com tudo, e a lama tomou conta de ruas, calçadas...
Nenhuma porta conseguiu segurar a enxurrada.
A Prefeitura decretou situação de emergência depois que o nível do Rio Casca, que dá nome à cidade subiu mais de dez metros.
Outras quatro cidades do estado também decretaram emergência.
O comércio em Rio Casca só abriu nesta Terça-feira para limpeza e para jogar alimento estragado no lixo. A chegada de alimento na cidade também preocupa os moradores.
“E agora, onde o povo vai alimentar.
Não tem estrada.
Está tudo bloqueado.
Ah!, não tenho nem palavra.
Está triste mesmo”
Lamentou a cabeleireira Ledileuza Lemos Queiroz.
Na oficina de Leonardo Romano da Silva, o prejuízo foi total. Dele e dos clientes que tinham deixado o carro para consertar.
“Agora, é recuperar e ver o que que a gente, se os clientes entendem também. Não foi culpa da gente.
Foi culpa da natureza. Tentar recuperar.
Esperança a gente tem. A cidade aqui é uma cidade de um povo trabalhador. De um povo honesto, trabalhador e a gente vai. Todo mundo que tá perdendo as coisas, com certeza, vai conseguir dar a volta por cima. Tenho esperança disso. Deus vai garantir isso para gente”
Disse Silva.
Cerca de duas mil pessoas tiveram que sair de casa e estão desalojadas na cidade. Até o hospital está servindo de abrigo provisório. Uma ala da maternidade que estava desativada, agora é dormitório.
Foi a salvação de um tanto de gente que fugiu de casa só com a roupa do corpo.
“A gente estava atendendo o pessoal e chorando.
A gente enxugava a lágrima para conseguir continuar conversando com as pessoas”
Contou a recepcionista do hospital Ilma da Silva Vanderlei.
A única certeza de Terezinha Paulino e do marido é que para antiga casa eles não voltam nunca mais.
“Nós, quando saímos de lá, a água já estava aqui, quase que nós morria também.
Ficou nada, nada. Perda total”
Lembrou.
Voluntários ajudam a distribuir roupa e comida. A cidade ficou sem energia elétrica e já está faltando água. No meio dessa situação desesperadora, tem gente que vê motivo para agradecer.
“Inexplicável a nossa situação.
Inexplicável o que aconteceu aqui ontem. Se tivesse vindo à noite, tinha matado todos nós.
Não salvava ninguém”
Disse a dona de casa Marlene Martins Gomes.
Até a noite desta Terça-feira, não havia registro de mortes por causa do temporal na cidade.
Com Informações de: G1.
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