Valor é referente à comida servida em eventos da PR, entre 2014 e 2017. O mais caro deles teve orçamento de meio milhão destinado a petiscos.
Nos últimos quatro anos, o Governo Federal gastou quase R$1.000.000,00 em lanches para eventos corporativos ligados à Presidência da República.
Os dados foram obtidos pelo Metrópoles via Lei de Acesso à Informação.
A maior despesa registrada, entre 2014 e 2017, é referente à 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada de 3 a 6 de novembro de 2015. Na ocasião, o governo pagou R$543.750,00 pela comida servida aos 2.000 convidados – um custo médio de R$250,00 por pessoa.
Segundo consta no site oficial da Presidência, “a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, cujo lema era ‘Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar’, foi um evento estratégico entre iniciativas para se atingir as metas de erradicação da extrema pobreza no país.”
Já no XVI Seminário Internacional de Ética na Gestão, em 22 e 23 de outubro de 2015, o lanche custou R$33.600,00. O cardápio não foi divulgado pela Presidência, mas, em geral, em ocasiões como essa, é de praxe servir salgadinhos simples, como enroladinho de queijo e coxinha, ou um almoço modesto. No ano seguinte, o mesmo evento recebeu verba de R$28.000,00.
Um encontro descrito apenas como “almoço oficial” custou R$13.000,00 aos cofres públicos em 2016. No mesmo ano, a Presidência desembolsou R$27.000,00 em outro “almoço oficial”, dessa vez no Palácio do Jaburu – residência oficial do vice-presidente e endereço mantido por Michel Temer (PMDB-SP) após assumir o comando do Executivo federal. O coffee break para quem participou do Programa de Desenvolvimento em Liderança para Servidores custou R$14.280,00 ao contribuinte.
Somando os gastos dos últimos anos, a conta totaliza R$959.838,00 (confira abaixo).
Eles não incluem eventos dos ministérios nem almoços e jantares da Presidência com parlamentares e chefes de estado, por exemplo. Nessas ocasiões, as refeições são preparadas pela cozinha dos palácios – informou o Planalto.
Questão de segurança
Na relação enviada pela Presidência ao Metrópoles, via Lei de Acesso à Informação, também não aparecem gastos registrados no cartão de pagamento do governo federal, por se tratar de informação sigilosa por “questões de segurança”. O cartão pode ser usado, por exemplo, para pagar contas como a feita em 19 de março de 2017, quando Michel Temer levou embaixadores a uma churrascaria em Brasília-DF.
A Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, havia denunciado a venda de carne adulterada e estragada por empresas brasileiras e o presidente tentava limpar a imagem dos produtos para exportação diante dos visitantes.
O restaurante, porém, informou à imprensa que não servia carnes nacionais, mas depois recuou.
O jantar custou mais de R$13.000,00 e incluiu vinhos e caipirinhas.
Com Informações de: Metrópoles.
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