No Quênia não é diferente: 80% de toda energia é gerada por meio de carvão e madeira.
O carvão ainda é a fonte majoritária de energia em muitos países, principalmente nas nações em desenvolvimento. Afinal, não é todo lugar que é abençoado como o Brasil e possui recursos naturais de sobra para geração energética.
Eis que a Nakuru Serviços de Água e Saneamento, empresa fundada no Quênia, passou a oferecer uma alternativa viável, barata, mais eficiente e menos poluente do que o carvão para a população: dejetos humanos.
Isso mesmo, o cocô!
A ideia resolve, de uma vez só, dois grandes problemas de nações em desenvolvimento: Geração de energia e saneamento básico – que especialmente no Quênia ainda é muito precário e gera uma porção de doenças urbanas.
O cocô (Fezes) é um recurso abundante, cheio de “energia”, desperdiçado e descartado diariamente. Um simples processo de compostagem ou ainda um biodigestor já são suficientes para garantir um destino muito mais nobre (e útil!) a ele.
Já o carvão é responsável por boa parte das emissões de gases de efeito estufa que poluem nosso planeta, além de ser um recurso não-renovável. Ou seja, Não tem como a ideia da Nakuru dar errado!
Caminhões de esgoto de sistemas sépticos e latrinas de poço são encaminhados para as estações de tratamento da empresa, que deixa secar no sol os dejetos humanos a uma temperatura de 300 ºC. Durante o processo de carbonização, adiciona-se serragem ao material. O resultado é pulverizado em um moinho de martelo e misturado com melaço para ganhar formato redondo.
Um quilo do material custa o equivalente a R$1,50 (reais). Além da queima ser mais limpa do que a de carvão e livre de qualquer odor, ela é mais eficiente, pois dura mais tempo queimando.
Duas toneladas são produzidas todos os meses pela empresa e a meta é aumentar o potencial para 10 toneladas até o final do ano.
Quem aí toparia fazer um churrasco com carvão de cocô?
Com Informações de: AguasdePontal.
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