A Incontinencia urinária tem sido muito mais frequente do que se imagina. O que fazer, Tratar, adaptar ou conviver?
SOBRE A INCONTINÊNCIA
O QUE É A INCONTINÊNCIA URINÁRIA - IU
A Incontinência Urinária - IU é toda perda involuntária de urina, ou seja, quando a urina escapa sem que a pessoa perceba.
A IU afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, 10 milhões de brasileiros sofrem com o problema. Ao contrário do que muitos pensam, pessoas de todas as idades podem apresentar os sintomas da incontinência urinária, no entanto, é mais comum em mulheres e em pessoas idosas.
A incontinência urinária traz um grande prejuízo na qualidade de vida do indivíduo, que muitas vezes não pode realizar tarefas diárias como ir à academia, pegar o seu filho no colo, sair para jantar com os amigos com medo de que um novo acidente aconteça.
O constrangimento e a vergonha impedem que a pessoa fale sobre o assunto e procure ajuda. Mas, o mais importante é você saber que existem vários tratamentos que podem melhorar ou curar a perda urinária.
Nós iremos ajudá-lo a encontrar um profissional de saúde que entenda o seu problema e poderá indicar qual a melhor abordagem de tratamento para o seu caso.
TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Existem diferentes tipos de incontinência urinária, sendo as principais:
Incontinência Urinária de esforço:
Em muitos casos, esse tipo de incontinência pode ser ocasionado por alguma lesão nos esfíncteres (músculos) da uretra.
Incontinência de Urgência:
É uma vontade repentina de urinar, em que muitas vezes não é possível chegar a tempo ao banheiro antes que haja o vazamento de urina.
Isso pode acontecer mesmo quando há pouca quantidade de urina na bexiga e uma das maiores causas é a Síndrome da Bexiga Hiperativa.
Incontinência Urinária Mista:
Quando há características de mais de um tipo de incontinência.
Incontinência Urinária por transbordamento:
É quando a bexiga permanece sempre cheia ou nunca se esvazia totalmente ocorrendo vazamento ou gotejamento.
Incontinência Urinária Funcional:
Quando há perda de urina devido a problemas físicos ou intelectuais que impedem que a pessoa se desloque a tempo até o banheiro, por exemplo, pacientes acamados, pessoas com dificuldades em se deslocar, etc.
CAUSAS
Muitas podem ser as causas das incontinências urinárias.
Mas, o mais importante que você deve saber é que as incontinências podem ser sintomas de doenças mais importantes, como por exemplo:
Câncer de bexiga;
Aumento da próstata;
Câncer de próstata;
Diabetes;
Infecções do trato urinário;
Entre outras.
Outras condições de saúde podem colocá-lo em risco para desenvolver incontinência urinária e ou fecal:
Gravidez e Partos;
Cirurgias como histerectomia e prostectomia;
Obesidade;
Prisão de ventre;
Infecções do trato urinário;
Menopausa;
Esclerose Múltipla;
Doença de Parkinson;
AVC;
Alimentação;
Envelhecimento;
Entre outros.
PROGNÓSTICO
Embora o impacto da grande maioria dos quadros de incontinência seja predominantemente social, quando relacionados a doenças neurológicas como:
Lesão medular;
Mielomeningocele;
Ele pode se complicar, quando não tratada adequadamente, a quadros graves como:
Insuficiência renal;
Infecção urinária de repetição;
E necessidade de cirurgia da reconstrução da bexiga.
BEXIGA
A bexiga esta localizada na pelve e por ser um órgão flexível pode armazenar até 600ml de urina. A urina é produzida pelos rins e chega à bexiga através dos ureteres ficando armazenada até que esteja pronta para ser eliminada do corpo.
O cérebro, através de mensagens irá dizer quando é para eliminar ou segurar a urina. Durante a micção os músculos da bexiga, esfíncteres urinários e o assoalho pélvico irão relaxar esvaziando a bexiga através da uretra.
Algumas dicas para você saber se sua bexiga está saudável:
- - Ir ao banheiro fazer xixi de 4 a 8 vezes por dia, aproximadamente de 3 a 4 horas.
- - Armazenar entre 400 e 600 ml de urina.
- - Acordar para urinar uma vez durante à noite, ou se tiver mais de 65 anos ir até duas vezes ao banheiro durante à noite.
- - Ter o tempo necessário para chegar ao banheiro quando sentir vontade de urinar.
- - Esvaziar totalmente após urinar.
- - Não perder urina.
- - Se você estiver perdendo urina de maneira involuntária você pode estar com incontinência urinária.
Procure um médico ou um profissional de saúde que possa ajudá-lo!
TRATAMENTOS
O tratamento da incontinência urinária irá depender do tipo e da gravidade, além das causas subjacentes, podendo muitas vezes, haver a necessidade de uma combinação de abordagens interdisciplinares.
Alguns tratamentos:
Técnicas Comportamentais e Fisioterapia:
- - Exercícios para fortalecer a musculatura pélvica;
- - Técnicas e treinamentos para a bexiga;
- - Perda de peso;
- - Dieta alimentar;
- - Exercício de Kegel;
- - Técnicas de Biofedbeeck.
Medicamentos:
- - Anticolinérgicos;
- - Bloqueadores Alfa;
- - Antagonista de receptores Beta-3 Adrenérgicos;
- - Estrogênio Tópico;
- - Toxina Botulínica Tipo A (Botox);
Cirurgias:
- - Esfíncteres Artificiais;
- - Suspensão do Colo da Bexiga;
- - Slings uretrais.
PREVENÇÃO
Alguns casos de incontinência urinária e fecal podem ser evitados com dieta balanceada e estilo de vida saudável.
Aqui estão algumas dicas para você incorporar no seu dia a dia e prevenir a incontinência urinária e ou fecal e melhorar a qualidade de vida:
A INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Incontinência de esforço, incontinência de urgência e perda urinária são os três tipos de disfunção que podem aparecer ao longo da menopausa. A primeira é a mais comum. A mulher tosse, espirra ou dá uma risada maior e o xixi vaza.
Na incontinência de urgência, a vontade bate tão forte que não dá tempo de chegar ao banheiro. Tanto o hábito da micção frequente, quanto adiar muito tempo a satisfação dessa necessidade, podem contribuir para a disfunção urinária.
A reduçao dos níveis de estrogênio na pós-menopausa acentua o problema em mulheres que não exercitam a musculatura pélvica. As fibras de colágeno (moléculas de protéinas) responsáveis pela elasticidade e firmeza dos tecidos da região diminuem em quantidade, tamanho e qualidade sem os hormônios. A falta de exercícios compromete ainda mais a elasticidade e firmeza desses tecidos musculares que sustentam os órgãos internos da pelves, e o resultado pode ser o prolapso da bexiga (fenômeno popularmente conhecido como bexiga baixa) e o enfraquecimento dos músculos esfincterianos.
Existe um teste de Avaliação Funcional do Aparelho Pélvico - AFA, que define o nível de incontinência com uma pontuação. As terapias para corrigir a disfunção incluem desde o treinamento da bexiga, apoiado por exercícios, ao uso de estímulos elétricos ou de pesos internos na vagina para fortalecer o assoalho pélvico, dependendo do grau de incontinência.
Cinesioterapia é o termo técnico do conjunto de exercícios para fortalecimento do assoalho pélvico, recomendados a todas as mulheres em idade de menopausa. Eles envolvem movimentos simples, de contração e distenção da musculatura anal, que devem ser repetidos várias vezes, ao longo do dia. Outras duas atividades que fortalecem particularmente a musculatura pélvica são a yoga e o balé.
A prática de atividade física que combine exercícios aeróbicos e de musculação, feita com a pelves posicionada corretamente, é a única forma capaz de reverter esse processo de flacidez, que leva à perdas urinárias, a longo prazo.
MUSCULATURA PODEROSA
A musculatura do assoalho pélvico tem a forma de um funil e é composto de músculos com nomes esdrúxulos como elevador do ânus e coccígeos. A vagina, a uretra e o reto atravessam essa trama fechada de músculos para atingir a superfície. As funções fisiológicas são reguladas por músculos esfincterianos também localizados no assoalho. Os feixes musculares saem do osso sacro e do cóccix e fecham a cavidade pélvica sustentando assim os órgãos internos.
Quando o osso da bacia e da coluna vertebral estão mal posicionados, essa musculatura cede, ou seja, torna-se flácida, o que altera a posição dos órgãos dentro da pelves.
O resultado, com o tempo, é a incontinência.
Por isso que os fisioterapeutas recomendam a correção da postura quando tratam de problemas na região. É fundamental manter estável a posição da pelves ao longo da vida e, principalmente, na menopausa.
Como prevenir incontinência urinária:
A incontinência urinária – perda involuntária de urina – é um problema comum e muitas vezes constrangedor. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a doença atinge dez milhões de pessoas de todas as idades no Brasil, sendo duas vezes mais comuns nas mulheres.
NOVA TÉCNICA PARA TRATAR A INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Uso de tela de biomaterial é menos invasiva que método convencional e já tem sido utilizada até em mutirões realizados pelo SUS
O que é o distúrbio:
Ele acontece nas ações de esforço como tossir, espirrar ou pegar peso. O desconforto é prevalente em mulheres (nos homens a incidência é 20 vezes menor). Em 40% dos casos ela ocorre por trauma no parto ou envelhecimento, situação que atinge 35% das mulheres após a menopausa. Outras causas são a genética, obesidade e bexiga hiperativa ou “bexiga caída”.
Nos homens, há 5% de risco após cirurgia de próstata ou irradiação que danifique os nervos.
Como o problema é diagnosticado:
O relato do paciente, durante atendimento clínico, é suficiente para iniciar a investigação. Alguns profissionais pedem um diário miccional, onde devem ser registradas as características e frequência da perda urinária. Outro recurso é um exame (urodinâmica) em que se avalia o funcionamento do trato urinário inferior.
Tratamentos possíveis:
Em casos iniciais é recomendada a técnica de fisioterapia para fortalecimento pélvico e medicamento que gera aumento do tônus uretral. Já em casos nos quais a bexiga está muito fora da posição, é indicada a cirurgia.
“A musculatura se torna tão frágil que não conseguimos reposicionar a bexiga. Há pacientes em que a bexiga aparece fora da vagina. Por isso utilizamos as telas”
Diz Carlos Sacomani, urologista e diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia - SBU.
SINTÉTICA OU DE BIOMATERIAL?
A tela sintética (polipropileno) tem derivados de petróleo e maior chance de expulsão, afinal não é absorvida. Ela dura anos sem ter que ser substituída. Já a de biomaterial, feita com parte do intestino de porco, induz a reconstrução natural dos tecidos, depois de absorvido pelo organismo.
Sobre a indicação da tela de biomaterial, Sacomani defende que a técnica é nova, utilizada com frequência no exterior, e a eficácia só pode ser confirmada em resultados a longo prazo.
“A complicação é uma infecção
pelo próprio material.
A discussão é se, de fato,
a nova tela terá o mesmo efeito
das telas tradicionais”
Pontua.
TELAS: uma faixa sintética ou de biomaterial imita os músculos do assoalho pélvico e mantém o órgão no lugar.
A tela pode medir entre 7 e 9 cm de comprimento e 1 cm de espessura.
ETAPAS DA CIRURGIA
O paciente recebe anestesia local ou raque. Em posição ginecológica a tela é inserida de baixo da uretra através de uma incisão de 2 cm na pele (1, 2, 3).
O material segura a uretra e impede a incontinência (4).
A pessoa é liberada após micção espontânea.
COMO ERA FEITA NO PASSADO
A cirurgia reconstrutiva invasiva era feita pelo abdome, em que se suturavam os tecidos fragilizados que seguram o órgão.
O paciente ficava internado entre cinco a sete dias.
Recuperação: rápida, porém é preciso ficar três meses sem realizar pressão abdominal.
GALERIA DE VÍDEOS SOBRE O ASSUNTO:
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