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14 março 2017

UNIVERSAL - O que é a Incontinência Urinária - IU

A Incontinencia urinária tem sido muito mais frequente do que se imagina. O que fazer, Tratar, adaptar ou conviver?


SOBRE A INCONTINÊNCIA

O QUE É A INCONTINÊNCIA URINÁRIA - IU

              A Incontinência Urinária - IU é toda perda involuntária de urina, ou seja, quando a urina escapa sem que a pessoa perceba.

              A IU afeta milhões de pessoas em todo o mundo. 
              Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, 10 milhões de brasileiros sofrem com o problema. Ao contrário do que muitos pensam, pessoas de todas as idades podem apresentar os sintomas da incontinência urinária, no entanto, é mais comum em mulheres e em pessoas idosas.

              A incontinência urinária traz um grande prejuízo na qualidade de vida do indivíduo, que muitas vezes não pode realizar tarefas diárias como ir à academia, pegar o seu filho no colo, sair para jantar com os amigos com medo de que um novo acidente aconteça.

              O constrangimento e a vergonha impedem que a pessoa fale sobre o assunto e procure ajuda. Mas, o mais importante é você saber que existem vários tratamentos que podem melhorar ou curar a perda urinária.

              Nós iremos ajudá-lo a encontrar um profissional de saúde que entenda o seu problema e poderá indicar qual a melhor abordagem de tratamento para o seu caso.

TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA

              Existem diferentes tipos de incontinência urinária, sendo as principais:

Incontinência Urinária de esforço
              Que ocorre quando a pessoa perde urina ao rir, tossir, espirrar, exercitar-se, subir escadas, levantar peso ou exercer alguma outra forma de pressão sobre o assoalho pélvico. 
              Em muitos casos, esse tipo de incontinência pode ser ocasionado por alguma lesão nos esfíncteres (músculos) da uretra.

Incontinência de Urgência
              É uma vontade repentina de urinar, em que muitas vezes não é possível chegar a tempo ao banheiro antes que haja o vazamento de urina. 
              Isso pode acontecer mesmo quando há pouca quantidade de urina na bexiga e uma das maiores causas é a Síndrome da Bexiga Hiperativa.

Incontinência Urinária Mista
              Quando há características de mais de um tipo de incontinência.

Incontinência Urinária por transbordamento
              É quando a bexiga permanece sempre cheia ou nunca se esvazia totalmente ocorrendo vazamento ou gotejamento.

Incontinência Urinária Funcional
              Quando há perda de urina devido a problemas físicos ou intelectuais que impedem que a pessoa se desloque a tempo até o banheiro, por exemplo, pacientes acamados, pessoas com dificuldades em se deslocar, etc.


CAUSAS

              Muitas podem ser as causas das incontinências urinárias. 
              Mas, o mais importante que você deve saber é que as incontinências podem ser sintomas de doenças mais importantes, como por exemplo:

              Câncer de bexiga;
              Aumento da próstata;
              Câncer de próstata;
              Diabetes;
              Infecções do trato urinário;
              Entre outras.

              Outras condições de saúde podem colocá-lo em risco para desenvolver incontinência urinária e ou fecal:

              Gravidez e Partos;
              Cirurgias como histerectomia e prostectomia;
              Obesidade;
              Prisão de ventre;
              Infecções do trato urinário;
              Menopausa;
              Esclerose Múltipla;
              Doença de Parkinson;
              AVC;
              Alimentação;
              Envelhecimento;
              Entre outros.

              Procurar ajuda médica é muito importante para um bom prognóstico e tratamento.

PROGNÓSTICO

              Embora o impacto da grande maioria dos quadros de incontinência seja predominantemente social, quando relacionados a doenças neurológicas como:
              Lesão medular;
              Mielomeningocele;

              Ele pode se complicar, quando não tratada adequadamente, a quadros graves como:

              Insuficiência renal;
              Infecção urinária de repetição;
              E necessidade de cirurgia da reconstrução da bexiga.

BEXIGA

              A bexiga esta localizada na pelve e por ser um órgão flexível pode armazenar até 600ml de urina. A urina é produzida pelos rins e chega à bexiga através dos ureteres ficando armazenada até que esteja pronta para ser eliminada do corpo.

              O cérebro, através de mensagens irá dizer quando é para eliminar ou segurar a urina. Durante a micção os músculos da bexiga, esfíncteres urinários e o assoalho pélvico irão relaxar esvaziando a bexiga através da uretra.

Algumas dicas para você saber se sua bexiga está saudável:
  • - Ir ao banheiro fazer xixi de 4 a 8 vezes por dia, aproximadamente de 3 a 4 horas.
  • - Armazenar entre 400 e 600 ml de urina.
  • - Acordar para urinar uma vez durante à noite, ou se tiver mais de 65 anos ir até duas vezes ao banheiro durante à noite.
  • - Ter o tempo necessário para chegar ao banheiro quando sentir vontade de urinar.
  • - Esvaziar totalmente após urinar.
  • - Não perder urina.
  • - Se você estiver perdendo urina de maneira involuntária você pode estar com incontinência urinária. 
              Procure um médico ou um profissional de saúde que possa ajudá-lo!


TRATAMENTOS

              O tratamento da incontinência urinária irá depender do tipo e da gravidade, além das causas subjacentes, podendo muitas vezes, haver a necessidade de uma combinação de abordagens interdisciplinares.

Alguns tratamentos:
Técnicas Comportamentais e Fisioterapia:
  • - Exercícios para fortalecer a musculatura pélvica;
  • - Técnicas e treinamentos para a bexiga;
  • - Perda de peso;
  • - Dieta alimentar;
  • - Exercício de Kegel;
  • - Técnicas de Biofedbeeck.
Medicamentos:
  • - Anticolinérgicos;
  • - Bloqueadores Alfa;
  • - Antagonista de receptores Beta-3 Adrenérgicos;
  • - Estrogênio Tópico;
  • - Toxina Botulínica Tipo A (Botox);
Cirurgias:
  • - Esfíncteres Artificiais;
  • - Suspensão do Colo da Bexiga;
  • - Slings uretrais.
PREVENÇÃO

              Alguns casos de incontinência urinária e fecal podem ser evitados com dieta balanceada e estilo de vida saudável. 

              Aqui estão algumas dicas para você incorporar no seu dia a dia e prevenir a incontinência urinária e ou fecal e melhorar a qualidade de vida:
  • - Beber ao longo do dia 1,5 a 2 litros de água;
  • - Evitar bebidas alcoólicas e bebidas com cafeína;
  • - Fazer uma dieta balanceada;
  • - Ingerir frutas, legumes, verduras, fibras e cereais;
  • - Manter o peso ideal;
  • - Não fumar;
  • - Praticar atividade física.
A INCONTINÊNCIA URINÁRIA

              Incontinência de esforço, incontinência de urgência e perda urinária são os três tipos de disfunção que podem aparecer ao longo da menopausa. A primeira é a mais comum. A mulher tosse, espirra ou dá uma risada maior e o xixi vaza. 
              Na incontinência de urgência, a vontade bate tão forte que não dá tempo de chegar ao banheiro. Tanto o hábito da micção frequente, quanto adiar muito tempo a satisfação dessa necessidade, podem contribuir para a disfunção urinária.

              A reduçao dos níveis de estrogênio na pós-menopausa acentua o problema em mulheres que não exercitam a musculatura pélvica. As fibras de colágeno (moléculas de protéinas) responsáveis pela elasticidade e firmeza dos tecidos da região diminuem em quantidade, tamanho e qualidade sem os hormônios. A falta de exercícios compromete ainda mais a elasticidade e firmeza desses tecidos musculares que sustentam os órgãos internos da pelves, e o resultado pode ser o prolapso da bexiga (fenômeno popularmente conhecido como bexiga baixa) e o enfraquecimento dos músculos esfincterianos.

              Existe um teste de Avaliação Funcional do Aparelho Pélvico - AFA, que define o nível de incontinência com uma pontuação. As terapias para corrigir a disfunção incluem desde o treinamento da bexiga, apoiado por exercícios, ao uso de estímulos elétricos ou de pesos internos na vagina para fortalecer o assoalho pélvico, dependendo do grau de incontinência.

              Cinesioterapia é o termo técnico do conjunto de exercícios para fortalecimento do assoalho pélvico, recomendados a todas as mulheres em idade de menopausa. Eles envolvem movimentos simples, de contração e distenção da musculatura anal, que devem ser repetidos várias vezes, ao longo do dia. Outras duas atividades que fortalecem particularmente a musculatura pélvica são a yoga e o balé.

              A prática de atividade física que combine exercícios aeróbicos e de musculação, feita com a pelves posicionada corretamente, é a única forma capaz de reverter esse processo de flacidez, que leva à perdas urinárias, a longo prazo.


MUSCULATURA PODEROSA

              A musculatura do assoalho pélvico tem a forma de um funil e é composto de músculos com nomes esdrúxulos como elevador do ânus e coccígeos. A vagina, a uretra e o reto atravessam essa trama fechada de músculos para atingir a superfície. As funções fisiológicas são reguladas por músculos esfincterianos também localizados no assoalho. Os feixes musculares saem do osso sacro e do cóccix e fecham a cavidade pélvica sustentando assim os órgãos internos. 

              Quando o osso da bacia e da coluna vertebral estão mal posicionados, essa musculatura cede, ou seja, torna-se flácida, o que altera a posição dos órgãos dentro da pelves. 
              O resultado, com o tempo, é a incontinência.

              Por isso que os fisioterapeutas recomendam a correção da postura quando tratam de problemas na região. É fundamental manter estável a posição da pelves ao longo da vida e, principalmente, na menopausa.

Como prevenir incontinência urinária:

              A incontinência urinária – perda involuntária de urina – é um problema comum e muitas vezes constrangedor. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a doença atinge dez milhões de pessoas de todas as idades no Brasil, sendo duas vezes mais comuns nas mulheres. 


NOVA TÉCNICA PARA TRATAR A INCONTINÊNCIA URINÁRIA

              Uso de tela de biomaterial é menos invasiva que método convencional e já tem sido utilizada até em mutirões realizados pelo SUS

O que é o distúrbio:
              Ele acontece nas ações de esforço como tossir, espirrar ou pegar peso. O desconforto é prevalente em mulheres (nos homens a incidência é 20 vezes menor). Em 40% dos casos ela ocorre por trauma no parto ou envelhecimento, situação que atinge 35% das mulheres após a menopausa. Outras causas são a genética, obesidade e bexiga hiperativa ou “bexiga caída”. 
              Nos homens, há 5% de risco após cirurgia de próstata ou irradiação que danifique os nervos.

Como o problema é diagnosticado:
              O relato do paciente, durante atendimento clínico, é suficiente para iniciar a investigação. Alguns profissionais pedem um diário miccional, onde devem ser registradas as características e frequência da perda urinária. Outro recurso é um exame (urodinâmica) em que se avalia o funcionamento do trato urinário inferior.

Tratamentos possíveis:
              Em casos iniciais é recomendada a técnica de fisioterapia para fortalecimento pélvico e medicamento que gera aumento do tônus uretral. Já em casos nos quais a bexiga está muito fora da posição, é indicada a cirurgia. 

“A musculatura se torna tão frágil que não conseguimos reposicionar a bexiga. Há pacientes em que a bexiga aparece fora da vagina. Por isso utilizamos as telas”
              Diz Carlos Sacomani, urologista e diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia - SBU.

SINTÉTICA OU DE BIOMATERIAL?

              A tela sintética (polipropileno) tem derivados de petróleo e maior chance de expulsão, afinal não é absorvida. Ela dura anos sem ter que ser substituída. Já a de biomaterial, feita com parte do intestino de porco, induz a reconstrução natural dos tecidos, depois de absorvido pelo organismo.

              Sobre a indicação da tela de biomaterial, Sacomani defende que a técnica é nova, utilizada com frequência no exterior, e a eficácia só pode ser confirmada em resultados a longo prazo. 

“A complicação é uma infecção 
pelo próprio material. 
A discussão é se, de fato,
 a nova tela terá o mesmo efeito 
das telas tradicionais”
              Pontua.
TELAS: uma faixa sintética ou de biomaterial imita os músculos do assoalho pélvico e mantém o órgão no lugar.

              A tela pode medir entre 7 e 9 cm de comprimento e 1 cm de espessura.

ETAPAS DA CIRURGIA

              O paciente recebe anestesia local ou raque. Em posição ginecológica a tela é inserida de baixo da uretra através de uma incisão de 2 cm na pele (1, 2, 3). 
              O material segura a uretra e impede a incontinência (4). 
              A pessoa é liberada após micção espontânea.

COMO ERA FEITA NO PASSADO

              A cirurgia reconstrutiva invasiva era feita pelo abdome, em que se suturavam os tecidos fragilizados que seguram o órgão. 
              O paciente ficava internado entre cinco a sete dias.

Recuperação: rápida, porém é preciso ficar três meses sem realizar pressão abdominal.

GALERIA DE VÍDEOS SOBRE O ASSUNTO
              
              Com Informações de:

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