Kelly Martins, de 37 anos, estava desaparecida desde o dia 30 de setembro. Em depoimento à polícia, ela disse que fugiu pois estava sendo ameaçada.
Kelly Cristina Arruda Martins, de 37 anos, grávida que estava desaparecida desde o dia 30 de setembro, após embarcar em um carro do Uber, foi encontrada em Campinas, no interior de São Paulo, nesta Segunda-feira (161010).
À polícia, ela disse que fugiu após sofrer ameaças e não confirmou a gestação.
Segundo a delegada Alexadra Pasqualinoto, do 41° Distrito Policial, na Zona Leste da capital paulista, Kelly foi encontrada por volta das 8:30 horas, em um apartamento-flat que ela teria alugado.
A polícia chegou até o local através de informações das transações bancárias feitas por Kelly no cartão de crédito no dia 3 de outubro. No depoimento, Kelly disse que alugou o imóvel após sofrer ameaças.
“Ela alega que estava se sentindo ameaçada e quis desaparecer para que não acontecesse nada com ela e a família”
Explica Alexandra.
A delegada revela que Kelly foi deixada pelo motorista do Uber no Shopping Tatuapé, destino solicitado por ela, no dia 30 de setembro. De lá, foi até a rodoviária da Barra Funda, onde pegou um ônibus para São José do Rio Preto. Dias depois, embarcou para Campinas, e alugou um apartamento, no qual pretendia ficar até o dia 17.
Ainda de acordo com a delegada, Kelly não soube informar quem a teria ameaçado.
“Ela fala que sofria ameaça cada hora de um número de celular, mas não guardou essas mensagens.”
No depoimento, Kelly também não soube informar se está grávida. A família da mulher afirma que ela está no nono mês de gestação. À polícia, inicialmente Kelly teria dito que perdeu o bebê no início da gestação. Depois, disse não saber se está grávida.
“A princípio ela alegou que teria sofrido uma queda quando estava com 16 semanas, e teria perdido a criança. Quando foi indagado novamente, ela não soube informar se estava grávida.”
A delegada ainda afirma que Kelly deverá passar por exames para saber se sofreu algum tipo de violência e confirmar a gestação. Ela prestou depoimento e foi liberada. O caso foi registrado como desparecimento e encontro.
A denúncia
Segundo a família de Kelly, ela pegou o carro no dia 30 de setembro para ir à estação Penha do Metrô, de onde seguiria de metrô até a Vila Madalena para encontrar uma amiga.
Ela estava perto de completar nove meses de gravidez e organizava o chá de bebê na última sexta, conforme revelado ao G1 por sua mãe no dia 4 de outubro.
“Passei o dia com ela encomendando bolo, salgados, lembrancinhas e bebidas. Ela estava animada para a festa, que seria no dia seguinte”
Contou Sandra Regina Bueno de Arruda.
Após os preparativos da festa, Kelly tinha um compromisso na Sexta à noite. Ela marcou com uma amiga às 19:45 horas na estação Vila Madalena do Metrô, de onde seguiriam juntas para uma participação em uma pesquisa de mercado por R$150,00.
Como Kelly estava com o carro quebrado, recorreu ao aplicativo Uber. Sandra informou que o veículo prata modelo Ônix encostou na porta da sua casa por volta das 18:00 horas, conforme registrou a câmera de segurança de um vizinho.
Às 18:35 horas, a amiga falou pela última vez com Kelly, que disse estar chegando a estação Penha do Metrô, para de lá seguir para a Zona Oeste da cidade. Sem outras notícias de Kelly, a amiga telefonou às 20:20 horas para Sandra.
Como não mandou notícias até as 23:00 horas, a família intensificou as buscas.
“Ligamos para o SAMU, para a Polícia Militar e para os Bombeiros, mas não foram encontradas ocorrências com o nome e o RG dela”
Contou dona Sandra.
No dia 3 de outubro, a mãe de Kelly buscou informações sobre o veículo do Uber. Com o número da placa identificado pela câmera de segurança, descobriram junto ao Detran que se tratava de um veículo da empresa Localiza.
A empresa confirmou a propriedade sobre o veículo e a parceria com o Uber, e informou que ainda não foi acionada pela polícia. Sandra foi pessoalmente à Uber pedir informações sobre o condutor do veículo, mas a empresa disse que só ajudaria nas investigações sob ordem judicial.
Morte do marido
No dia 4, a mãe de Kelly contou ao G1 que consultou o obstetra da mulher para saber sua condição de saúde, e o profissional relembrou o trauma sofrido por ela após o assassinato do marido. O médico considerou a hipótese da perda repentina de memória.
“Minha filha não teve depressão nem precisou de acompanhamento quando perdeu o marido, mas realmente ficou abalada. 20 dias depois do episódio, soube que estava grávida e isso a animou”
Disse Sandra.
“Segundo obstetra, ela pode ter sofrido um surto de memória e sentado em algum lugar. Foi um baque forte no início da gestação”
Continua.
O marido de Kelly, Ivan, de 39 anos, reagiu a um assalto quando estava em seu carro e levou um tiro. O criminoso foi preso, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu.
O bebê, que também teria o nome do pai, nasceria nesta Quarta-feira (161012).
Com Informações de: G1.
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