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09 outubro 2020

MINAS GERAIS - Ex-diretor de presídio em Minas Gerais e delegado da Polícia Civil são presos em operação da Polícia Federal contra corrupção nas penitenciárias

São cumpridos 29 mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão. Alvos são servidores públicos, advogados e detentos. Esquema foi montado para beneficiar presos por meio de pagamento de propina.



                 O ex-diretor da Penitenciária Nelson Hungria Rodrigo Clemente Malaquias, o delegado da Polícia Civil Leonardo Estevam Lopes e o advogado Fábio Piló estão entre os presos em uma operação que investiga um esquema de corrupção para beneficiar presos por meio do pagamento de propina a servidores e advogados.
                 A ocorrência foi na manhã desta Quinta-feira (201008)

                 Entre as vantagens que os detentos obtinham por meio da ação ilegal estão a permissão para mudar de alas ou pavilhões com regime mais brando e o acesso a objetos ilícitos que chegavam às unidades por meio dos envolvidos na fraude.

                 Ao todo, estão sendo cumpridos pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado - FICCO, sob coordenação pela Polícia Federal, 29 mandados de prisão e 45 de busca e apreensão contra uma organização criminosa que se instalou em unidades prisionais de Minas Gerais
                 A operação ocorre em Belo Horizonte-MG e mais 14 cidades do estado.

                 Os 29 mandados de prisão são contra 5 parentes de presos; 5 servidores públicos, 

Os policiais penais:

                 Cláudia Rezende Moreira
                 Reginaldo Santos Soares
                 Delano Augusto Alves de Oliveira
                 Rodrigo Malaquias,
                 Delegado Leonardo Estevam Lopes.

Seis advogados:

                 Patrícia Amorim Rocha
                 Jackson Ferreira Caitano
                 Fábio Marcio Piló Silva
                 Luis Astolfo Sales Bueno
                 Wesley Soares Lacerda
                 Maria Aparecida de Souza Assunção.

                 E 13 pessoas que já estavam presas. Até as 10:20 horas, faltava cumprir apenas um mandado de prisão, de um ex-detento.

                 Os alvos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e concussão. 
                 As penas podem chegar a 20 anos de reclusão.

Esquema

                 De acordo com as investigações integradas entre as polícias Civil e Penal de Minas Gerais e o Departamento Penal Federal, presos de alta periculosidade eram transferidos indevidamente de unidades após pagamento, que era dividido entre os líderes da organização criminosa.

                 Com o pagamento da propina, segundo a investigação, os detentos eram colocados em alas ou pavilhões com benefícios, como trabalho, a que não teriam direito pelas normas da execução penal. Os servidores públicos e advogados atuavam na negociação para a entrada de objetos ilícitos.

                 Os investigadores conseguiram identificar crimes praticados pela organização criminosa, principalmente em duas unidades prisionais na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem-MG, e a Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves-MG.

                 O nome da operação é "Alegria", em alusão à forma cômica como os integrantes da organização se referem à Nelson Hungria.

Mandados

                 Além da capital, os mandados são cumpridos nos municípios de :

                 Betim-MG
                 Contagem-MG
                 Fervedouro-MG
                 Francisco Sá-MG
                 Lagoa Santa-MG
                 Matozinhos-MG
                 Muriaé-MG
                 Ouro Preto-MG
                 Passos-MG
                 Patrocínio-MG
                 Ribeirão das Neves-MG
                 Uberaba-MG
                 Uberlândia-MG
                 Vespasiano-MG.

O que dizem os envolvidos
 

                 O advogado de Rodrigo Clemente Malaquias, Leandro Martins, disse que vai se manifestar após ter conhecimento dos autos do inquérito.

                 A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública - SEJUSP falou que não compactua com os desvios de conduta de seus servidores e tem atuado, com prioridade e dentro do que prevê a lei, no combate a ações criminosas. 

"Os profissionais presos nesta manhã não conjugam dos valores dos mais de 17.000 servidores que, diariamente, possuem a missão de custódia e ressocialização de cerca de 60.000 internos em Minas".

                 Segundo a SEJUSP, Rodrigo Clemente Malaquias exerceu a função de diretor-geral da Penitenciária de Contagem I - Nelson Hungria entre 171222 e 200618, quando foi destituído do cargo de chefia. 

"Policial penal de carreira, Rodrigo Malaquias encontra-se atualmente em usufruto de férias regulamentares sem alocação em unidade específica"
                 Disse a pasta.


                 A Polícia Civil foi questionada sobre a investigação de atuação do delegado na ativa Leonardo Estevam Lopes no esquema, mas respondeu apenas o seguinte: 

"A Polícia Civil de Minas Gerais - PCMG manifesta que, por meio da FICCO, realizou as investigações que culminaram na Operação Alegria, em conjunto com a PF, DEPEN Federal e DEPEN Estadual
A Corregedoria da PCMG participou do cumprimento dos mandados. Quatro policiais penais e um delegado da PCMG foram presos. A PCMG não confirma nomes, em obediência à Lei de Abuso de Autoridade."

                 O advogado, Fernando Magalhães, que faz a defesa dos advogados Fábio Piló e Luis Astolfo Sales Bueno disse que provará nos autos que a prisão de ambos é contrária a todos os preceitos legais. 

"Buscavam a tempo tratativas para oferecer esclarecimentos que envolvem os mais altos cargos afetos à gestão governamental em especial a Secretaria de Segurança Pública. 

Diante de tal, ficamos estarrecido mas permanecemos confiantes na justiça. Buscaremos a breve solução. 
Cremos ainda que a OAB-MG e Federal não silenciará diante dos fatos e preservará o direto de seus assistidos”.

                 O G1 não conseguiu contato com os demais envolvidos.

                 Com Informações de: G1.

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JISOHDE FOTOGRAFIAS

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