Mulher caiu em barranco e teve fraturas múltiplas.
A Irmandade do Hospital de Nossa Senhora das Dores, em Ponte Nova-MG, deve indenizar os filhos de uma paciente que fugiu de suas dependências e depois sofreu um acidente fatal.
O valor fixado a título de dano moral foi de R$20.000,00.
De acordo com o processo, a mãe dos autores da ação foi internada no hospital. Testemunhas disseram que ela estava muito agitada e teria utilizado um pedaço de madeira para agredir os funcionários.
No dia seguinte, ela fugiu do local e caiu em um barranco próximo. O acidente ocasionou-lhe fraturas múltiplas, tratamento em CTI e, logo depois, o óbito.
A 2ª Vara Cível da Comarca de Ponte Nova entendeu que houve negligência da irmandade e a condenou a indenizar a família por danos morais.
A instituição de saúde recorreu ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJMG, sob o argumento de que todas as intervenções médicas e medidas de contenção da paciente foram tomadas de forma adequada e no tempo devido.
O hospital sustentou que a mulher estava muito agitada e não tinha o acompanhamento de qualquer familiar.
A fuga teria se dado em um local do hospital que estava em obras.
Responsabilidade
O relator do recurso, desembargador Amorim Siqueira, entendeu que a responsabilidade pela guarda e segurança da paciente era da irmandade.
"Embora tenha engendrado esforços para cumprir suas obrigações, estes não foram suficientes para evitar o evento danoso"
Registrou em seu voto.
O magistrado ressaltou que negar o dano moral em situações onde há perda de um familiar por ato culposo de terceiro significaria rejeitar o sofrimento e a dor pela ausência de alguém muito próximo.
Mesmo entendimento tiveram os desembargadores José Arhur Filho e Pedro Bernardes, que integram a turma julgadora da 9ª Câmara Cível do TJMG.
Veja o acórdão e a movimentação processual.
Com Informações de:
TJMG - PONTE NOVA-MG.
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