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20 fevereiro 2020

UNAÍ-MG - CAPS quer atenção primária capaz de identificar pessoas com sofrimento mental



                 Conforme a prefeitura Municipal de Unaí-MG, não é fácil para um servidor que atua na atenção primária de saúde identificar nos pacientes, traços de sofrimento mental, para encaminhamento. Foi partindo dessa premissa que o Centro de Atenção Psicossocial - CAPS da Secretaria Municipal de Saúde, referência em Unaí para o tratamento de transtornos mentais graves e persistentes, iniciou um trabalho de aproximação entre o órgão e toda a rede de atenção primária à saúde. 

                 Esta "aproximação" do CAPS com profissionais que atuam na Estratégia de Saúde da Família - ESF, nas Unidades Básicas de Saúde - UBS, no Programa de Agentes Comunitários de Saúde, na área rural e em toda a Rede de Atenção Básica da cidade começou nesta última Terça (200218), no plenário da Câmara Municipal de Unaí.

"Hoje, estamos apresentando o funcionamento da rede psicossocial do município, viemos explicar a proposta, falar do trabalho e do papel de cada órgão, de cada profissional, para melhor desenvolvimento do trabalho"
                 Explica Karita de Oliveira, coordenadora do CAPS.


                 Ela acrescenta que o momento é propício para essa apresentação, porque houve muita renovação nas equipes de saúde, com a posse dos novos concursados. Além de Karita, participaram da apresentação a enfermeira Karen Martins e a terapeuta ocupacional Isabela Brito, ambas integrantes da equipe de multiprofissionais do CAPS Unaí, que conta ainda com médica psiquiatra, psicóloga e assistente social.

                 Esse encontro, ressalta Karita, é apenas o primeiro de uma série de outros que ocorrerão durante todo o ano. Em encontros posteriores, o CAPS vai propor estudo e discussão de casos reais. 

"Os profissionais de saúde da atenção primária vão trazer os casos que existem em seu território de cobertura, que eles têm dificuldade em lidar e não sabem como fazer, para a gente discutir, dar o suporte técnico e definir em conjunto um plano de cuidado para o paciente".

                 Karita explica que a atenção primária de saúde funciona como porta de entrada para o atendimento básico no SUS. E, nessa perspectiva, é desejável que também assim seja para o usuário da saúde mental. 

"Vamos treinar o servidor da atenção primária para saber qual o momento de permanecer com o paciente em sofrimento mental na unidade básica, se há condição de lidar com o problema, e quando encaminhar para o Caps"
                 Atualmente, os pacientes com dificuldades mentais, em sua maioria, chegam ao CAPS mais por demanda espontânea, já não aguentam lidar, sozinhos, com o próprio sofrimento e procuram ajuda, do que pela demanda referenciada pela rede de saúde.


Centro de Atenção Psicossociais

                 A portaria ministerial que regulamentou a implantação e funcionamento do CAPS foi editada no país em 2002. O Centro de Atenção Psicossocial unaiense foi instalado em 2008. Tal política pública veio substituir a prática de internação de pessoas com transtornos mentais em unidades fechadas ou em manicômios.

                 Com a política anti-manicomial, a "humanização" alcançou o atendimento das pessoas com sofrimento mental e suas múltiplas variáveis, que vão desde ansiedade e depressão até a esquizofrenia aguda e outras psicoses. 

"Antes, se colocava uma camisa de força na pessoa com transtorno mental e mandava para Brasília-DF. Esse era o tipo de tratamento"
                 Lembra Karita.


                 O CAPS Unaí é do tipo: 

                 1 - Implantado de acordo com o número de habitantes da cidade;
                 2 - População maior); 
                 3 - Com funcionamento 24 horas por dia em cidades com mais de 150.000 habitantes;
                 AD - Para atendimento de pacientes com histórico de abuso de álcool e drogas;
                 IA - Para atendimento de crianças e adolescentes.

                 A Prefeitura Municipal de Unaí faz gestões para instalação do CAPS AD na cidade, o que pode ocorrer ainda neste ano. Karita destaca que o uso e abuso de álcool e drogas é um dos fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento de doenças mentais, e são considerados graves problemas de saúde pública.

                 Em todos os casos, os pacientes da região com transtornos mentais graves e persistentes são referenciados para o CAPS Unaí, que possui equipe multiprofissional para o atendimento. Muitos desses pacientes, em casos mais críticos, são acolhidos na modalidade "permanência dia", porque ficam no CAPS durante o horário de funcionamento. 
                 O CAPS Unaí fica na Avenida Transamazônica, 395, Bairro Divineia. Funciona das 07:00 às 17:00 horas, e o telefone de contato é o 3677-2741.
                 Lá, conforme o caso, o paciente é atendido em diferentes modalidades: toma medicação estabilizadora, passa por acompanhamento psicoterápico com psicólogo, obtém atendimento com terapeuta ocupacional, passa por oficinas terapêuticas, por atendimentos coletivos. A família do paciente também obtém suporte para compreensão do caso e envolvimento no tratamento de seu ente, desde a acolhida; chegada ao CAPS pela primeira vez.


                 Para os casos mais graves de transtorno mental, no entanto, em que o paciente entra em estado de "surto psicótico" ou demonstra grande agressividade, muitas vezes ele precisa ser contido, normalmente com a ajuda do Corpo de Bombeiros, e internado no Hospital Municipal, para medicação. 

                 Em casos muito específicos, raros, o doente é encaminhado para o Hospital psiquiátrico referência para o Noroeste de Minas Gerais, que fica em Uberaba-MG.






                 Com Informações de:
PMU - UNAÍ-MG.

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