Defesa argumenta que Wanessa Pereira de Souza não pode responder pelos atos. Juiz determinou 'absoluta urgência' na realização dos exames.
A Justiça do Distrito Federal determinou que o Instituto Médico Legal - IML faça exames de sanidade mental na mulher acusada de atear fogo na companheira dela, em Setembro deste ano, no apartamento da dupla. Wanessa Pereira de Souza de 34 anos, é acusada de feminicídio, mas a Defensoria Pública argumenta que ela não pode responder pelos atos.
"Embora não tenha sido possível verificar, neste momento, dúvida quanto à integridade mental da acusada e do seu pleno discernimento para os atos praticados, há nos autos notícia de que ela apresentava, à época dos fatos, episódio depressivo grave com sintomas psicóticos"
Escreveu o juiz Germano de Holanda, do Tribunal do Júri de Santa Maria-DF.
A decisão é desta Segunda-feira (191216).
O magistrado determinou que o IML faça os exames de capacidade mental com "absoluta urgência". De acordo com o Código de Processo Penal, os prazos devem ser acelerados quando o réu está na cadeia. No caso de Wanessa de Souza, ela está presa preventivamente desde a época do crime.
O G1 acionou a Polícia Civil para confirmar quando a decisão será cumprida e, até a publicação desta reportagem, aguardava um posicionamento da corporação.
Vítima
A vítima, Tatiana Luz da Costa Faria, de 35 anos, teve 90% do corpo queimado e morreu no dia 30 de Setembro. Ela ficou internada sete dias no Hospital Regional da Asa Norte - HRAN, mas sofreu sete paradas cardíacas e não resistiu aos ferimentos.
A denúncia encaminhada à Justiça qualifica o caso como Feminicídio porque, segundo o Ministério Público, o crime ocorreu por razões da condição de Gênero, em contexto de violência doméstica. O MP também apresentou outras duas qualificadoras: Crueldade e Motivo Torpe.
O crime
O caso ocorreu em 23 de Setembro. À ocasião, o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender a uma ocorrência de incêndio em apartamento.
No local, os militares encontraram o fogo já controlado e as duas mulheres feridas. Wanessa Pereira também ficou com 40% do corpo queimado.
Ela foi presa em flagrante, no hospital.
Com Informações de: G1.
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