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07 fevereiro 2019

BRUMADINHO-MG - Mineradora tem até dia 14 para decidir destino de R$1.000.000.000,00 (1 bilhão)

                  Terminou sem solução a audiência realizada nesta Quarta-feira (190206) para tentar estabelecer um acordo com a Vale para a adoção de medidas emergenciais e reparadoras de atingidos pelo rompimento da barragem I da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho-MG, na Região Metropolitana da capital. 

                  A mineradora alegou pouco tempo para analisar a proposta, e a Justiça deu prazo até o próximo dia 14 para a empresa avaliar os pedidos. 
                  Uma nova audiência está prevista para esse dia. 

                  Mesmo sem assinar o documento, a Vale se comprometeu a repassar imediatamente ao governo do Estado R$13.000.000,00 para compensar os gastos que o Estado alega ter tido nesses 13 dias nas operações de buscas.

                  No encontro, foi proposto à Vale um Termo de Ajuste Preliminar - TAP construído em conjunto pelo Ministério Público de Minas Gerais - MPMG, pelo Ministério Público Federal - MPF, pelas Defensorias Públicas de Minas e da União e pelas Advocacias Gerais do Estado e da União, além de movimentos de atingidos por barragens e representantes de moradores. O termo faz parte do processo que resultou no bloqueio de R$1.000.000.000,00 (bilhão) nas contas da mineradora.

Agilidade

                  Segundo o promotor André Sperling, o acordo visa promover ações rápidas para “interromper os danos socioeconômicos e socioambientais provocados”

                  Conforme o promotor, o documento propõe medidas que não são indenizatórias, ou seja, servem para uma reparação inicial dos danos. Entre as obrigações que a Vale teria de cumprir com a assinatura do termo estão obras emergenciais para conter o carreamento de rejeitos, a apresentação de um plano de remoção, a recomposição da arrecadação tributária do Estado e o pagamento de salários mensais a todas as pessoas atingidas. 

                  O texto prevê ainda que, em caso de descumprimento, a mineradora terá que pagar R$20.000.000,00 (milhões) para cada item não realizado.

“Nesse termo nós não admitimos negociação. É um tratamento emergencial que a Vale não tem que questionar agora. A empresa tem simplesmente que pagar. Se o documento não for aceito na semana que vem, vai caracterizar a postura de que a mineradora não quer fazer o ressarcimento pelos crimes que tem cometido”
                  Afirmou o promotor.

                  Para o membro da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB, Joceli Andreoli, a preocupação é que o processo se arraste como na tragédia em Mariana-MG, em 2015: 

“Já se passaram 13 dias. 
Saímos preocupados pela lentidão ”.

                  Com Informações de: Minas Hoje.

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