PORTEIRINHA-MG - Oficial de justiça é preso durante operação de combate à corrupção e lavagem de dinheiro

Operação Negócio Fechado foi realizada pelo Ministério Público e Polícia Militar; sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

                   Um oficial de justiça foi preso durante uma operação de combate à corrupção e lavagem de dinheiro na manhã desta Terça-feira (181127), em Porteirinha-MG, no Norte de Minas. 

                   A operação Negócio Fechado, desencadeada pela Polícia Militar e Ministério Público, cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do oficial e de pessoas que mantinham relação comercial com ele. 

                   O oficial de justiça é acusado de corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro; as investigações duraram três meses.

                   Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organização - GAECO, o oficial de justiça solicitava e recebia propinas para retardar o cumprimento de mandados de reintegração de posse, de busca e apreensão e de penhora e avaliação; os pagamentos eram feitos pelas partes envolvidas nos processos judiciais.

Modo de ação

                   Ainda segundo a investigação, o acusado agia sempre do mesmo modo. Primeiro, procurava interessados no esquema e solicitava dinheiro em espécie para atender os interesses deles. 

                   Depois, ele deixava de localizar veículos que deveriam ser apreendidos, pressionava ocupantes de áreas invadidas que seriam reintegradas ou subavaliava bens imóveis a serem penhorados. Conforme a apuração, as práticas do oficial de justiça eram conhecidas na cidade e ele aceitava o pagamento até mesmo em terras, que seriam registradas em nome de laranjas.

                   De acordo com o GAECO, durante a investigação foram realizadas interceptações telefônicas, testemunhas foram ouvidas e os agentes realizaram campanas, o que teria comprovado as propinas. 

                   Durante a ação foram apreendidas duas armas com o oficial de justiça e três com um comerciante que possivelmente está envolvido na ação criminosa. O celular de uma advogada da cidade também foi apreendido para investigação.

                   Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e preensão, e nove testemunhas foram ouvidas. O oficial de justiça foi encaminhado a um Presídio de Montes Claros-MG.

                   Com Informações de: G1.